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Justiça proibe catraca livre

Rodoviários denunciaram que foram impedidos de sair das garagens para trabalhar no dia da paralisação


A Justiça Estadual concedeu ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) liminar proibindo que a categoria dos rodoviários realize, hoje, o movimento denominado "catraca livre" na capital. No último dia 10, os trabalhadores do sistema deflagraram uma greve ilegal que deixou cerca de 500 mil pessoas sem transporte em Manaus.



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Agora, impedidos pela Justiça do Trabalho de realizarem nova greve sob pena de pagarem multa diária de R$ 50 mil, eles apelariam para a liberação das catracas à população, causando prejuízo às empresas que atuam no sistema de transporte coletivo convencional.

Segundo o assessor jurídico da entidade, Fernando Borges, com a decisão, uma equipe irá às garagens das empresas que detêm o serviço de transporte coletivo convencional da capital, para informar sobre a liminar. São oito no total (duas no Lírio do Vale, uma na avenida Danilo Areosa – Bola da Suframa -, Cidade Nova, avenida Autaz Mirin – Grande Circular -, Coroado e outras duas na Compensa. O pedido de liminar também solicita a aplicação de multa no caso de descumprimento da decisão.

A greve realizada no último dia 10 deixou 500 mil usuários sem transporte coletivo em Manaus e foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho, já que paralisou 95% da frota da capital.

Em 2007, um movimento parecido se estabeleceu na cidade, deixando a população sem transporte coletivo durante duas greves e, em seguida, liberando a catraca para que os usuários utilizassem o serviço de graça e os proprietários das empresas tivessem prejuízo financeiro. À época, as reivindicações também eram trabalhistas, como hoje, e o movimento foi encabeçado pelo então presidente do Sindicato Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Amazonas, Josildo Oliveira, que hoje tenta retornar ao cargo.


As principais reivindicações da categoria atualmente são: regularização de direitos trabalhistas como INSS, FGTS, banco de horas, plano de saúde. Eles denunciam, ainda, que sofrem assédio moral nas empresas. O acrítica.com tentou contato com o presidente da Comissão de Negociação dos trabalhadores rodoviários, William Enoch, bem como com a presidência do Sindicato dos Rodoviários do Amazonas, mas não obteve sucesso.

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