Por Redação O Antagonista
Reprodução
A cirurgiã-dentista Fernanda Costa (MDB), filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, toma posse hoje como vereadora na Câmara de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Suplente do vereador reeleito Sandro Lelis, ela assume a cadeira após a nomeação do titular como secretário Municipal de Serviços Públicos de Washington Reis (MDB).
Fernanda já foi suplente de Chiquinho Grandão (PP), que chegou a ser preso por ligação com a milícia e não conseguiu a reeleição agora.
Uma outra filha, Thuany Moraes da Costa, também integrou o gabinete da vereadora Maria Landerleide de Assis, a Leide, reeleita agora pelo Republicanos – mesmo partido de Flávio e Carlos Bolsonaro.
Em 2018, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nomeação de nove parentes do traficante por quatro diferentes vereadores.
Em entrevista à TV Record em 2019, o líder do Comando Vermelho disse que seu envolvimento com a política de Duque de Caxias é antigo.
“Nós somos envolvidos com a política há mais de 40 anos. A minha família trabalha na Câmara há mais de 30 anos. Por que só agora vem falar?”, afirmou.
Ele também explicou o toma lá, dá cá:
“Se você é um candidato à deputado estadual, por Duque de Caxias, você vai procurar na comunidade que eu nasci e me criei. Para você entrar ali, os traficantes que estão lá, alguns, são meus amigos. A verdade é o seguinte: você só entra se tiver um conhecimento que te leve lá dentro. Depois que você é eleito, você tem que manter aquilo, que é sua base de apoio. Como você mantém aquilo? Você escolhe uma pessoa da comunidade e dá um cargo para aquela pessoa.”
A influência de Beira-Mar não se restringe a Duque de Caxias, obviamente.
Em novembro do ano passado, por exemplo, a PF deflagrou operação contra Flávio Braga da Silva (MDB), o Hulk, eleito suplente de vereador em Barra do Garças (Mato Grosso).
A organização criminosa suspeita de financiar candidatos políticos foi alvo de uma operação da Polícia Federal na semana passada em Barra do Garças. A PF apura ainda a suposta propagação de informações falsas sobre as eleições pelo grupo.
Um dos alvos presos, Maria das Graças Vieira Fernandes, conhecida como Malévola, tentou destruir o celular dela enquanto os policiais cumpriam o mandado contra ela. Os advogados dos suspeitos não quiseram se pronunciar.
“Nós trabalhamos no crime. Nós só temos três caminhos a seguir: a igreja, cadeia e cemitério. E eu não quero ir para nenhum dos três”, diz ela em uma conversa por áudio no celular.
As investigações apontam que ela é uma das chefes da quadrilha em Barra do Garças. Em 2004 ela foi candidata a vereadora em nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Nos áudios enviados para os comparsas, ela diz que, caso ele seja eleito, ele poderá enfrentar a polícia e o poder público ajudando a quadrilha.
Os membros da quadrilha ameaçaram moradores exigindo que eles votassem no Hulk.
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A cirurgiã-dentista Fernanda Costa (MDB), filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, toma posse hoje como vereadora na Câmara de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Suplente do vereador reeleito Sandro Lelis, ela assume a cadeira após a nomeação do titular como secretário Municipal de Serviços Públicos de Washington Reis (MDB).
Fernanda já foi suplente de Chiquinho Grandão (PP), que chegou a ser preso por ligação com a milícia e não conseguiu a reeleição agora.
Uma outra filha, Thuany Moraes da Costa, também integrou o gabinete da vereadora Maria Landerleide de Assis, a Leide, reeleita agora pelo Republicanos – mesmo partido de Flávio e Carlos Bolsonaro.
Em 2018, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nomeação de nove parentes do traficante por quatro diferentes vereadores.
Em entrevista à TV Record em 2019, o líder do Comando Vermelho disse que seu envolvimento com a política de Duque de Caxias é antigo.
“Nós somos envolvidos com a política há mais de 40 anos. A minha família trabalha na Câmara há mais de 30 anos. Por que só agora vem falar?”, afirmou.
Ele também explicou o toma lá, dá cá:
“Se você é um candidato à deputado estadual, por Duque de Caxias, você vai procurar na comunidade que eu nasci e me criei. Para você entrar ali, os traficantes que estão lá, alguns, são meus amigos. A verdade é o seguinte: você só entra se tiver um conhecimento que te leve lá dentro. Depois que você é eleito, você tem que manter aquilo, que é sua base de apoio. Como você mantém aquilo? Você escolhe uma pessoa da comunidade e dá um cargo para aquela pessoa.”
A influência de Beira-Mar não se restringe a Duque de Caxias, obviamente.
Em novembro do ano passado, por exemplo, a PF deflagrou operação contra Flávio Braga da Silva (MDB), o Hulk, eleito suplente de vereador em Barra do Garças (Mato Grosso).
A organização criminosa suspeita de financiar candidatos políticos foi alvo de uma operação da Polícia Federal na semana passada em Barra do Garças. A PF apura ainda a suposta propagação de informações falsas sobre as eleições pelo grupo.
Um dos alvos presos, Maria das Graças Vieira Fernandes, conhecida como Malévola, tentou destruir o celular dela enquanto os policiais cumpriam o mandado contra ela. Os advogados dos suspeitos não quiseram se pronunciar.
“Nós trabalhamos no crime. Nós só temos três caminhos a seguir: a igreja, cadeia e cemitério. E eu não quero ir para nenhum dos três”, diz ela em uma conversa por áudio no celular.
As investigações apontam que ela é uma das chefes da quadrilha em Barra do Garças. Em 2004 ela foi candidata a vereadora em nova Iguaçu, no Rio de Janeiro.
Nos áudios enviados para os comparsas, ela diz que, caso ele seja eleito, ele poderá enfrentar a polícia e o poder público ajudando a quadrilha.
Os membros da quadrilha ameaçaram moradores exigindo que eles votassem no Hulk.
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