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IPG dá calote em médicos que atuaram no Hospital de Campanha de Santarém (PA)

O IPG (Instituto Panamericano de Gestão), que foi contratado pelo governo do Estado para administrar o Hospital de Campanha, alega que ainda não recebeu todos os recursos referente a administração de campanha e por isso o pagamento não foi realizado.

São 17 médicos que estão com 3 meses de salários atrasados e recorreram à Justiça

Fotografo: Reprodução

Eis o que restou do Hospital de Campanha de Santarém: uma tenda rasgada

São três meses de salários atrasados a alguns profissionais de saúde de Santarém, referente aos meses de julho, agosto e setembro deste ano. São 17 médicos que foram contratados e até o momento não receberam esses pagamentos.

O IPG (Instituto Panamericano de Gestão), que foi contratado pelo governo do Estado para administrar o Hospital de Campanha, alega que ainda não recebeu todos os recursos referente a administração de campanha e por isso o pagamento não foi realizado.

A Ação foi movida por 17 médicos que trabalharam no Hospital de Campanha. Existem outros médicos que também não receberam, mas até o momento não entraram com ação na Justiça.

A advogada dos profissionais de saúde, Dra. Gyanny Dantas, em contato com nossa reportagem, disse que “infelizmente não foi localizado até agora nenhum valor suficiente para pagar os médicos, que trabalharam no Hospital de Campanha de abril a setembro, mas só receberam até junho. Desde então a Ação continua paralisada e estamos aguardando por um posicionamento da Justiça. O IPG alega que não recebeu o valor suficiente para pagar os médicos e a empresa Golden Vida Serviços Médicos Ltda Eirele, que foi contratada, só repassa para os médicos após receber do IPG. Esse é o impasse que está tendo, de um lado a Sespa alega que já pagou o IPG até julho, e de outro lado a empresa diz que não recebeu. O jurídico da empresa informou que iria repassar parcialmente o valor de julho e parte de setembro no início de setembro, mas não foi cumprido”.

A advogada diz que a responsabilidade de pagamento é da empresa contratante. “O contrato por cooparticipação, que é diferente, pode sim existir cláusulas que condicionam o pagamento. Se eles não receberam da Sespa, vão ter que buscar um meio de pagar os profissionais de saúde”, declarou Dra. Gyanny Dantas.

Segundo as últimas informações, o jurídico da empresa Golden informou que a Sespa faria o repasse de julho e parte de setembro, mas na sexta-feira (05) os médicos foram informados que não seria mais pago. Sem qualquer justificativa.

“Lembro de quantas vezes passei em frente e vi famílias orando pela cura dos familiares internados, a alegria, os abraços e homenagens aos pacientes recuperados, assim como a angústia e dor pelos que se foram. Mas após 3 meses do seu fechamento, o legado deixado pelo hospital é de abandono e descaso. Não só́ da estrutura física, mas principalmente para com alguns dos profissionais de saúde que ali dedicaram meses de trabalho e, pasmem, até hoje estão sem receber. São 6 meses de cobranças, desculpas e injustiças. Enquanto o número de casos da COVID-19 aumenta, os governantes simplesmente viraram as costas para a inadimplência dos 3 últimos meses de prestação de serviço. Sim, isso mesmo. Alguns profissionais da saúde, não recebem desde julho de 2020. Até parece que o Hospital de Campanha foi mais uma das obras usadas EM PROL DA CAMPANHA. Passada a eleição, os heróis da pandemia foram mais uma vez esquecidos. Chega de desculpas, os profissionais merecem respeito”, disse a advogada Gyanny Dantas.

Fonte: Portal Santarém


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