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Ao menos 30 alunas acusam professores do Ifam de assédio sexual



Nayara Felizardo

Pelo menos 30 estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas já acusaram professores da instituição de assédio sexual desde 2013. Os casos foram relatados à direção do Ifam, umas das principais instituições de ensino médio e ensino profissionalizante do estado, e envolvem 18 professores. Algumas denúncias também foram levadas ao Conselho Tutelar, à polícia e ao Ministério Público estadual e federal. Ao todo, as acusações abrangem nove dos 16 campi do instituto, espalhados por oito municípios. As estudantes, todas entre 15 e 18 anos, relataram terem sido assediadas no ambiente escolar e fora dele. Desde então, seis professores foram demitidos, um não teve o contrato temporário de trabalho renovado e outros 11 seguem dando aulas ou foram temporariamente afastados.

Apesar dos casos de assédios serem frequentes, as punições aos professores são raras. Das 18 denúncias que apurei, apenas seis resultaram em demissão e duas nem sequer foram oficialmente investigadas pelo Ifam. Entre os professores demitidos, apenas um respondeu a processo criminal e acabou condenado ao pagamento de quatro salários-mínimos e a 485 horas de trabalho comunitário.

Leia mais em ‘O assédio às adolescentes sempre foi conhecido por todos do Ifam, mas combatido por poucos.’

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