O então deputado Jair Bolsonaro durante ato de filiação ao PSL, na Câmara, em Brasília.
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress
Novo projeto de poder de Bolsonaro, a Aliança pelo Brasil é o primeiro partido neofascista do país
Bolsonaro alugou um partido nanico, ajudou a transformá-lo em um dos maiores partidos do Brasil e agora o abandona após uma tentativa fracassada de golpe para tomar o seu controle e abocanhar o fundo partidário. Pela ótica da dinâmica política tradicional, esse jogo é uma loucura que levaria ao enfraquecimento e isolamento do governo. Mas não é assim que pensa quem tem como objetivo destruir a democracia como a conhecemos.
O presidente da República já mostrou que não tem nenhum interesse em formar uma maioria no Congresso que o ajude a governar. É um governo que renega as mediações democráticas e busca a radicalização para atingir seus objetivos. Desde a posse, a família Bolsonaro vem implodindo grandes aliados construídos durante a campanha. Bebianno, Alexandre Frota, Joice Hasselmann, Witzel, João Doria e Luciano Bivar são alguns nomes que foram expurgados de maneira desleal. A tropa de choque bolsonarista vai ficando cada vez mais reduzida e isso não parece ser um problema para a família Bolsonaro. Ao que tudo indica, a intenção é ir empurrando o governo com a barriga, rezar para a economia sair do buraco e continuar apostando na fidelização da sua militância alucinada nas redes sociais. Não é novidade que este é um governo preocupado exclusivamente em agradar um séquito de reacionários e lunáticos catequizados por Olavo de Carvalho.
Leia mais em A Aliança pelo Brasil pode ser classificada com tranquilidade como o primeiro partido neofascista do Brasil. Sim, neofascista.
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