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Assassino de Flávio cria grupo de oração e louvor em cela

Mayc afirma que considera como "irmãos" seus companheiros de cela, pois também "oram" e "louvam" juntos


Foto: Winnetou Almeida
 
 Mayc Vinicius Teixeira Parede durante transferência para cela no CDPM 2.

Com Informação de Rafael Seixas


 Mayc Vinicius Teixeira Parede, que assumiu ter matado Flávio Rodrigues dos Santos, criou um grupo de oração e de louvor com outros dois internos quando estava custodiado em uma cela nas dependências da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). A informação consta em um termo de declaração assinado pelo delegado Guilherme de Andrade, onde Mayc afirma que considera como "irmãos" seus companheiros de cela, identificados como Liandro e Liendrew, pois também "oram" e "louvam" juntos. Mayc é um dos seis investigados presos temporariamente no caso que apura a morte do engenheiro.

Datado do dia 14 de outubro, período em que estava custodiado na DEHS, o documento destaca que Mayc informou não sofrer nenhum tipo de abuso por parte dos agentes da Polícia Civil. O material foi anexado nos autos do processo pelo delegado Paulo Martins, titular da DEHS e responsável pelo Caso Flávio, para tentar impedir uma nova transferência de Mayc.

Sobre a chegada até a DEHS, após ser transferido da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), Mayc informou que chegou a ser confundido com policial militar. Inclusive, segundo consta, um preso de uma cela à frente da sua, de apelido "Calango", ficou o "marcando". Mas, em seguida, policiais civis teriam dito ao interno que Mayc era militar, porém do Exército.

Conforme consta no termo, de acordo com Mayc, Calango posteriormente deu entrada no sistema prisional, não ocasionando mais problemas. O investigado afirmou ainda que, por causa da sua postura no dia a dia, a população o confundia com policial militar, mas que, na verdade, atuou como sargento temporário do Exército.

Do pedido da sua defesa para ser transferido, ele destacou, à época, que não conhecia o sistema penitenciário e que tinha dúvidas se gostaria realmente de ser transferido para um presídio. Ele iria conversar com o seu advogado sobre o caso.

Atualmente, Mayc está encarcerado na "cela de seguro" do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) 2, localizado no quilômetro 8 da BR-174, após sua defesa alegar abusos por parte de autoridade policial e por temer a integridade física e psicológica do investigado. A transferência foi determinada pela juíza Ana Paula Medeiros Braga Bussulo, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri.


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