Segundo titular da Seap, o que ocorreu não foi uma rebelião, mas sim uma briga interna que resultou nas mortes
Foto: Nilton Ricardo
Em coletiva realizada no começo da noite deste domingo (26), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), o secretário de Administração Penitenciária, coronel Marcos Vinicius Almeida, descartou a classificação de “rebelião” no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e que o ato não foi motivado por disputas entre grupos criminosos que atuam nas penitenciárias.
“O Estado não reconhece a existência de facções”, declarou. Segundo o titular da Seap, a briga interna começou por volta das 11h da manhã de hoje. O diretor da unidade acionou o recém-criado Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP) que, com o apoio da Polícia Militar, controlou a movimentação em cerca de quarenta minutos.
Os detentos utilizaram estoques produzidos com escovas de dentes como armas. Outros detentos morreram por asfixia. No total, 10 presos do pavilhão 5 e 5 no pavilhão 3.
“É a primeira vez que um ato desse tipo ocorre no período de visitas, na presença das próprias famílias, o que é proibido na ética do crime. Além disso, havia mortos em celas fechadas”, observou Almeida. Nenhum policial, familiar ou agente penitenciário foi ferido.
O titular afirmou também que as visitas no regime fechado serão temporariamente suspensas. As visitas nos demais setores continuam normalmente, e uma investigação será instaurada com o auxílio de imagens do circuito interno do Compaj.
“A ação do estado foi rápida e cirúrgica. No entanto, devemos ter a maturidade de reconhecer que, em qualquer prisão do mundo, haverá mortos em situações parecidas”, afirmou.
O coronel classificou de “fake news” as imagens de cadáveres atribuídas à ocorrência de domingo que circulam nas redes sociais e aplicativos de bate-papo. “Não houve fugas, e os tiros disparados por PMs dentro de helicópteros foram de contenção, sem a intenção de atingir os presos”, acrescentou.
( Com Informações de Daniel Amorim Acritica amazonas )
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