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Saiba porque 15 de novembro é feriado nacional

O que você sabe sobre a Proclamação da República? Sabe dizer por que o dia 15 de novembro é feriado? Se prepare para uma rápida aula de História.

Por Thamyris Fernandes

O Brasil é um país cheios de feriados e é difícil de se lembrar a razão de todos eles, não é verdade? Por exemplo, você sabe por qual razão o dia 15 de novembro é considerado um feriado nacional?

Para que você entenda melhor o contexto é preciso mergulhar em uma rápida aula de História. Isso porque o dia 15 de novembro só se tornou memorável a partir do ano de 1889.



Nessa data, a monarquia finalmente teve um fim e nosso país deixou de ser colônia de Portugal.
15 de novembro de 1889

Para isso, o Marechal Deodoro da Fonseca, militar e político brasileiro naquela época, tomou coragem e proclamou a derrubada da monarquia constitucional parlamentaria do Império do Brasil e proclamou a República Brasileira. Por isso, o dia 15 de novembro é conhecido como o Dia da Proclamação da República.

O anúncio feito pelo Marechal aconteceu na Praça da Aclamação, atualmente chamada de Praça da República, na cidade do Rio de Janeiro, capital do país na ocasião.



Nesse mesmo dia, o Brasil ganhou um novo governo provisório com Marechal Deodoro como presidente e, como vice, o Marechal Floriano Peixoto.


Por que a República foi proclamada?

De acordo com especialistas, a Proclamação da República aconteceu 67 anos, dois meses e nove dias depois do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil foi declarado independente da Coroa Portuguesa pelo então príncipe Dom Pedro I. Depois disso, ainda tivemos mais 6 décadas de monarquia.

Conforme registros históricos, o sistema monárquico de Dom Pedro II, filho de Dom Pedro I, começou a demonstrar fragilidade logo depois da Guerra do Paraguai, que teve fim em 1870. Antes disso o Império já estava com o prestígio em queda livre diante da elite econômica local e da Igreja e o problema ficou ainda mais sério depois do conflito devido às dívidas e a crise econômica que se deflagou.



Outros dois fatos também pesaram bastante quando o grupo de militares republicanos resolveram “dar o golpe”: o fim da escravidão no país um ano antes e o fato de Dom Pedro II não ter filhos ou filhas. Esse segundo detalhe faria com que o trono brasileiro voltasse para países estrangeiros, já que sua herdeira direta seria a princesa Isabel, casada com o francês Gastão de Orléans.

Isso, claro, sem contar que o Brasil já começava a ser visto com maus olhos pelos países vizinhos da América Latina por ser o último da região com o governo monárquico.
Apoio e revoltas

Embora a população brasileira tenha aceitado a República sem resistência em um primeiro momento, logo depois dos primeiros anos revoltas começaram a surgir por toda parte, como a Guerra de Canudos.

Isso aconteceu porque os militares, na verdade, estavam implantando uma ditadura que não dava a mínima para os ideais de justiça social que haviam sido prometidos.



Só quando finalmente os militares saem do poder e Prudente de Morais assume o governo como o primeiro presidente civil do país é que o modelo passa a ser realmente voltado para a democracia.



Fonte: Univérsia Brasil, Gazeta do Povo

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