O Ministério Público denunciou vinte criminosos do Sistema Penitenciário do Amazonas acusados de promoverem a rebelião que deixou quatro mortos em janeiro de 2017
João Pedro Rodrigues, o ‘Paulista’, comeu dois corações de vítimas e ainda pediu sal. Foto: Divulgação
Joana Queiroz Manaus (AM)
Vinte criminosos do Sistema Penitenciário do Amazonas foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), acusados de promoverem a rebelião que resultou em quatro mortes e sete tentativas de homicídios na extinta cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoal, em janeiro do ano passado. À época, a unidade havia sido reativada provisoriamente para receber detentos que estavam ameaçados de morte, após o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Para o MP-AM, os crimes foram classificados como cruéis e macabros. Na denúncia constam detalhes de como começou a rebelião e a participação de cada interno, principalmente nas mortes e tortura dos alvos eles.
Conforme a denúncia, além de torturar, matar, degolar, e esquartejar as vítimas, os criminosos também arrancaram os órgãos delas. O detento João Pedro de Oliveira Rosa, o “Paulista”, chegou a comer o coração de duas vítimas.
O promotor de justiça Armando Gurgel Maia disse que os responsáveis pela rebelião foram denunciados pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificado, motim de pessoas e vilipendio de cadáver.
A rebelião na Vidal Pessoa aconteceu oito dias depois da chacina no regime fechado do Compaj e foi promovida por determinação dos representantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) como retaliação ao massacre. De acordo com o promotor, os rebelados da Vidal tinham como objetivo eliminar os dissidentes da facção Família do Norte (FDN), estupradores, filhos de policiais, “piratas de rios” e traidores da FDN.
Autores intelectuais
Os detentos Janderson de Lima Rolim, o “Passarinho”, Fabrício Duarte Araújo, Rômulo Brasil da Costa, o “LH”, e João Pedro de Oliveira Rosa Rodrigues, o “Paulista”, foram considerados como os autores intelectuais da rebelião. Os demais foram os executores.
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Conforme apurado pela polícia, a ideia inicial era matar os traficantes Márcio Pessoa da Silva, o “Marcinho Matador”, Omar Melo Filho, o “Omarzinho”, e Anderson Gustavo da Silva, o “Godofredo”. Uma disputa entre Passarinho e Marcinho Matador pelo comando da cadeia também teria motivado as mortes.
Denúncia detalha crueldade de rebelados
Segundo o Ministério Público, Fernando Gomes da Silva, o “Pedra”, Rubiron Cardoso de Carvalho, o “Pato”, Rildo Silva do Nascimento e Tássio Caster de Souza foram assassinados de forma cruel. Pedra, Pato e Rildo tiveram as suas cabeças e membros arrancados, assim como tiveram vários órgãos extraídos. Gerson G3, Etelvino Barbosa, o “Dieury” e Jones dos Remédios Martins, o “Bactéria”, armados com barras de ferro conseguiram ferir os presos as cela 5. Rildo foi o primeiro a ser morto com uma paulada e foi decapitado. Rômulo abriu a vítima e retirou o coração dele.
Rebelião na cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa aconteceu oito dias após o massacre do Compaj. Foto: Divulgação
Já Pedra foi morto por Edgar de Souza Ribeiro. Outros rebelados também participaram da morte de Pedra e lhe arrancaram o coração. Paulista segurou a vítima e comeu parte do coração dele, depois de ter pedido sal.
Luciano Pedrosa o “Gugu”, arrancou o fígado da vítima e entregou para João Pedro que, de acordo com testemunhas, só não o comeu porque não havia sal. “Ele esbravejava porque não tinha sal”, contou uma testemunha.
Os rebelados também mataram Rubiron Cardoso o “Pato”. De acordo com a denúncia, Passarinho gritava para os demais: “vamos servir a mesa. Vamos comer pato sem tucupi”.
João Pedro Rodrigues, o ‘Paulista’, comeu dois corações de vítimas e ainda pediu sal. Foto: Divulgação
Joana Queiroz Manaus (AM)
Vinte criminosos do Sistema Penitenciário do Amazonas foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), acusados de promoverem a rebelião que resultou em quatro mortes e sete tentativas de homicídios na extinta cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoal, em janeiro do ano passado. À época, a unidade havia sido reativada provisoriamente para receber detentos que estavam ameaçados de morte, após o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Para o MP-AM, os crimes foram classificados como cruéis e macabros. Na denúncia constam detalhes de como começou a rebelião e a participação de cada interno, principalmente nas mortes e tortura dos alvos eles.
Conforme a denúncia, além de torturar, matar, degolar, e esquartejar as vítimas, os criminosos também arrancaram os órgãos delas. O detento João Pedro de Oliveira Rosa, o “Paulista”, chegou a comer o coração de duas vítimas.
O promotor de justiça Armando Gurgel Maia disse que os responsáveis pela rebelião foram denunciados pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio triplamente qualificado, motim de pessoas e vilipendio de cadáver.
A rebelião na Vidal Pessoa aconteceu oito dias depois da chacina no regime fechado do Compaj e foi promovida por determinação dos representantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) como retaliação ao massacre. De acordo com o promotor, os rebelados da Vidal tinham como objetivo eliminar os dissidentes da facção Família do Norte (FDN), estupradores, filhos de policiais, “piratas de rios” e traidores da FDN.
Autores intelectuais
Os detentos Janderson de Lima Rolim, o “Passarinho”, Fabrício Duarte Araújo, Rômulo Brasil da Costa, o “LH”, e João Pedro de Oliveira Rosa Rodrigues, o “Paulista”, foram considerados como os autores intelectuais da rebelião. Os demais foram os executores.
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Conforme apurado pela polícia, a ideia inicial era matar os traficantes Márcio Pessoa da Silva, o “Marcinho Matador”, Omar Melo Filho, o “Omarzinho”, e Anderson Gustavo da Silva, o “Godofredo”. Uma disputa entre Passarinho e Marcinho Matador pelo comando da cadeia também teria motivado as mortes.
Denúncia detalha crueldade de rebelados
Segundo o Ministério Público, Fernando Gomes da Silva, o “Pedra”, Rubiron Cardoso de Carvalho, o “Pato”, Rildo Silva do Nascimento e Tássio Caster de Souza foram assassinados de forma cruel. Pedra, Pato e Rildo tiveram as suas cabeças e membros arrancados, assim como tiveram vários órgãos extraídos. Gerson G3, Etelvino Barbosa, o “Dieury” e Jones dos Remédios Martins, o “Bactéria”, armados com barras de ferro conseguiram ferir os presos as cela 5. Rildo foi o primeiro a ser morto com uma paulada e foi decapitado. Rômulo abriu a vítima e retirou o coração dele.
Rebelião na cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa aconteceu oito dias após o massacre do Compaj. Foto: Divulgação
Já Pedra foi morto por Edgar de Souza Ribeiro. Outros rebelados também participaram da morte de Pedra e lhe arrancaram o coração. Paulista segurou a vítima e comeu parte do coração dele, depois de ter pedido sal.
Luciano Pedrosa o “Gugu”, arrancou o fígado da vítima e entregou para João Pedro que, de acordo com testemunhas, só não o comeu porque não havia sal. “Ele esbravejava porque não tinha sal”, contou uma testemunha.
Os rebelados também mataram Rubiron Cardoso o “Pato”. De acordo com a denúncia, Passarinho gritava para os demais: “vamos servir a mesa. Vamos comer pato sem tucupi”.
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