Eclipse desta sexta-feira terá fenômeno. Lua de sangue é vermelha pela mesma razão que faz o céu ser azul
Tudo tem a ver com as cores (do arco-íris) e sua capacidade de se espalhar na atmosfera.
Lua de sangue do dia 31 de janeiro de 2018, na Califórnia, nos Estados Unidos (Foto: Mike Blake/Reuters)
Na próxima sexta-feira (27), o planeta Terra vai passar pelo mais longo eclipse lunar do século. Será 1h42 de fase total – quando o satélite ficará inteiro "escurinho" – acompanhado de um fenômeno chamado "Lua de sangue". Esse fenômeno, que dá à Lua um tom avermelhado, é provocado pelos mesmos fatores que fazem o céu ser azul.
No eclipse, Sol, Terra e Lua ficarão alinhados, e nosso planeta bloqueará a passagem dos raios solares até o satélite. A forma como as cores são "desviadas" ao passar pela atmosfera e a posição dos astros criarão o tom vermelho.
Como é um eclipse lunar total (Foto: Karina Almeida e Alexandre Mauro/G1)
Para entender a "Lua de sangue" é importante saber como os raios solares se comportam na atmosfera. A luz solar é a soma de todas as cores. Quando essa luz chega na camada de ar da Terra, cada cor se espalha de uma forma. Vale lembrar da sequência de cores do arco-íris:
violeta
anil
azul
verde
amarelo
laranja
vermelho
Nessa escala, quanto mais perto do violeta, mais se espalha na atmosfera. Quanto mais perto do vermelho, menos se espalha.
"As cores da luz do Sol são afetadas de maneira diferente. A luz mais azul é muito mais afetada, mais espalhada à medida que vai passando", explica Thiago Signorini Gonçalves, da Sociedade Astronômica Brasileira.
Por isso, quando estamos na Terra e olhamos para cima o céu é azul. A cor azul se "espalhou" por toda a atmosfera. A percepção dos nossos olhos também influencia. Temos mais facilidade para perceber o azul e o verde. Por isso, o céu é azul para nós. Nesse caso, tem a ver com a nossa fisiologia também.
Nesta sexta-feira, durante o eclipse, a lua de sangue acontecerá assim:
A Terra vai bloquear os raios do Sol
Alguns deles passarão pela atmosfera
A cor azul se espalhará na camada de ar da Terra
E os raios vermelhos, que se espalham menos, passarão
A Lua refletirá então esses raios e ficará "de sangue"
O fenômento da Lua de Sangue (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Outro ponto de vista
E como seria para um astronauta ver a Terra na superfície Lua em dia de eclipse? Como seria um eclipse "terráqueo" total?
A agência espacial americana (Nasa) já pensou nisso e divulgou uma ilustração. Ver a Terra da perspectiva da Lua em dia de eclipse é ver um grande anel vermelho onde tem a atmosfera:
Ilustração mostra como seria observar o eclipse da perspectiva da Lua (Foto: Hana Gartstein )
O eclipse no Brasil
Na última sexta-feira (20), o G1 explicou que o eclipse lunar total vai ser o mais longo do século. O eclipse começa às 16h30, mas a Lua não terá nascido no Brasil ainda. A partir das 17h15 ela aparece no Recife, a capital brasileira com mais tempo para admirar a fase total, que termina às 18h13 minutos. A parcial, quando a Lua está só um pedaço coberta pela sombra, ocorre até 19h19 e poderá ser vista em todo o país.
Para observar, a melhor saída é ir para um lugar aberto e o mais perto da costa do Brasil possível. Vale checar o horário que nasce a Lua em cada região e ver qual será a janela de tempo para apreciar. Consigo ver na avenida Paulista? Difícil. O horizonte é tomado por prédios, muitas luzes. O ideal é ir para um campo aberto, onde geralmente é bom para observar as estrelas, segundo o Thiago Signorini Gonçalves, da Sociedade Astronômica Brasileira.
Horário do nascer da Lua no dia 27 de julho
CIDADE HORÁRIO
JOÃO PESSOA 17H16
BELO HORIZONTE 17h34
BRASÍLIA 17h57
CURITIBA 17h47
FLORIANÓPOLIS 17h40
FORTALEZA 17h36
NATAL 17h19
PORTO ALEGRE 17h46
RECIFE 17h15
RIO DE JANEIRO 17h26
SALVADOR 17h22
SÃO PAULO 17h39
VITÓRIA 17h18
Fonte: Gustavo Rojas - SAB
Um ponto positivo do eclipse da Lua é que, ao contrário da versão solar, não é necessário um óculos especial para admirar. Vale conseguir um binóculo ou uma luneta. O melhor é ir logo na hora que a Lua nascer na cidade, assim dá para aproveitar a versão de sangue.
Por Carolina Dantas, G1
Lua de sangue do dia 31 de janeiro de 2018, na Califórnia, nos Estados Unidos (Foto: Mike Blake/Reuters)
Na próxima sexta-feira (27), o planeta Terra vai passar pelo mais longo eclipse lunar do século. Será 1h42 de fase total – quando o satélite ficará inteiro "escurinho" – acompanhado de um fenômeno chamado "Lua de sangue". Esse fenômeno, que dá à Lua um tom avermelhado, é provocado pelos mesmos fatores que fazem o céu ser azul.
No eclipse, Sol, Terra e Lua ficarão alinhados, e nosso planeta bloqueará a passagem dos raios solares até o satélite. A forma como as cores são "desviadas" ao passar pela atmosfera e a posição dos astros criarão o tom vermelho.
Como é um eclipse lunar total (Foto: Karina Almeida e Alexandre Mauro/G1)
Para entender a "Lua de sangue" é importante saber como os raios solares se comportam na atmosfera. A luz solar é a soma de todas as cores. Quando essa luz chega na camada de ar da Terra, cada cor se espalha de uma forma. Vale lembrar da sequência de cores do arco-íris:
violeta
anil
azul
verde
amarelo
laranja
vermelho
Nessa escala, quanto mais perto do violeta, mais se espalha na atmosfera. Quanto mais perto do vermelho, menos se espalha.
"As cores da luz do Sol são afetadas de maneira diferente. A luz mais azul é muito mais afetada, mais espalhada à medida que vai passando", explica Thiago Signorini Gonçalves, da Sociedade Astronômica Brasileira.
Por isso, quando estamos na Terra e olhamos para cima o céu é azul. A cor azul se "espalhou" por toda a atmosfera. A percepção dos nossos olhos também influencia. Temos mais facilidade para perceber o azul e o verde. Por isso, o céu é azul para nós. Nesse caso, tem a ver com a nossa fisiologia também.
Nesta sexta-feira, durante o eclipse, a lua de sangue acontecerá assim:
A Terra vai bloquear os raios do Sol
Alguns deles passarão pela atmosfera
A cor azul se espalhará na camada de ar da Terra
E os raios vermelhos, que se espalham menos, passarão
A Lua refletirá então esses raios e ficará "de sangue"
O fenômento da Lua de Sangue (Foto: Alexandre Mauro/G1)
Outro ponto de vista
E como seria para um astronauta ver a Terra na superfície Lua em dia de eclipse? Como seria um eclipse "terráqueo" total?
A agência espacial americana (Nasa) já pensou nisso e divulgou uma ilustração. Ver a Terra da perspectiva da Lua em dia de eclipse é ver um grande anel vermelho onde tem a atmosfera:
Ilustração mostra como seria observar o eclipse da perspectiva da Lua (Foto: Hana Gartstein )
O eclipse no Brasil
Na última sexta-feira (20), o G1 explicou que o eclipse lunar total vai ser o mais longo do século. O eclipse começa às 16h30, mas a Lua não terá nascido no Brasil ainda. A partir das 17h15 ela aparece no Recife, a capital brasileira com mais tempo para admirar a fase total, que termina às 18h13 minutos. A parcial, quando a Lua está só um pedaço coberta pela sombra, ocorre até 19h19 e poderá ser vista em todo o país.
Para observar, a melhor saída é ir para um lugar aberto e o mais perto da costa do Brasil possível. Vale checar o horário que nasce a Lua em cada região e ver qual será a janela de tempo para apreciar. Consigo ver na avenida Paulista? Difícil. O horizonte é tomado por prédios, muitas luzes. O ideal é ir para um campo aberto, onde geralmente é bom para observar as estrelas, segundo o Thiago Signorini Gonçalves, da Sociedade Astronômica Brasileira.
Horário do nascer da Lua no dia 27 de julho
CIDADE HORÁRIO
JOÃO PESSOA 17H16
BELO HORIZONTE 17h34
BRASÍLIA 17h57
CURITIBA 17h47
FLORIANÓPOLIS 17h40
FORTALEZA 17h36
NATAL 17h19
PORTO ALEGRE 17h46
RECIFE 17h15
RIO DE JANEIRO 17h26
SALVADOR 17h22
SÃO PAULO 17h39
VITÓRIA 17h18
Fonte: Gustavo Rojas - SAB
Um ponto positivo do eclipse da Lua é que, ao contrário da versão solar, não é necessário um óculos especial para admirar. Vale conseguir um binóculo ou uma luneta. O melhor é ir logo na hora que a Lua nascer na cidade, assim dá para aproveitar a versão de sangue.
Por Carolina Dantas, G1
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