Encontrado morto em um shopping no centro de Florianópolis, o reitor
afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos
Cancellier de Olivo, carregava no bolso apenas sua Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) e um bilhete, segundo a assessoria da Polícia Civil.
"Eu decretei a minha morte no dia da minha prisão pela Polícia Federal",
escreveu no papel, segundo a polícia.
(Foto: Reprodução)
O reitor foi preso em 14 de setembro na Operação Ouvidos Moucos, acusado de tentar obstruir investigações internas na universidade sobre irregularidades na aplicação de recursos para o Ensino a Distância (EaD). Por volta das 10h30 desta segunda-feira (02), o corpo de Cancellier foi encontrado no vão central do Beiramar Shopping. A principal suspeita é de que ele tenha se jogado das escadas do sétimo andar e caído no pátio central do prédio.
"Ele estava usando uma camiseta da UFSC debaixo da jaqueta e o bilhete no bolso", descreve o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Santa Catarina, Rodinei Tenorio.
Morte
A notícia da morte pegou de surpresa membros da administração da universidade, professores e alunos. Uma paralisação no câmpus central foi decretada às 11 horas, e os funcionários de todos os centros de ensino e secretarias da universidade foram dispensados das atividades. A universidade decretou luto oficial de três dias, período em que a universidade ficará sem aulas.
O anúncio oficial da morte foi feito pela vice-reitora, Alacoque Erdmann, em um auditório lotado por cerca de 200 pessoas na sede da reitoria. Durante a tarde desta segunda-feira, estudantes, professores e técnicos administrativos permaneciam no hall do prédio à espera de informações sobre as homenagens.
Às 17 horas, o corpo chegou ao hall da reitoria para o velório. "Inclusive adversários políticos do Cancelier estavam presentes", contou o servidor técnico-administrativo e estudante do curso de Serviço Social Hélio Rodak.
Depressão
Segundo pessoas próximas a Cancellier, o reitor afastado iniciou um tratamento psicológico logo após deixar a penitenciária, no dia seguinte à sua prisão, para tratar sintomas de depressão. A Justiça Federal havia decidido permitir, no sábado, 30, que o reitor voltasse a frequentar o Centro de Ciências Jurídicas das 15 horas às 18 horas para acompanhar orientandos em bancas de apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso. Por causa da decisão favorável, amigos avaliavam que ele poderia melhorar no tratamento.
"Ninguém esperava, até porque o relato que se tinha era que, pouco a pouco, o Cancellier estava se recuperando", diz Rodak. "Ele tinha uma relação que estabeleceu com os estudantes que era muito próxima e se reunia com membros de centros acadêmicos, empresas juniores e (associações) atléticas."
Cencellier foi o primeiro reitor a ser preso na história da universidade. Entidades estudantis, centros de ensino e a associação de professores divulgaram notas de pesar sobre a morte.
"Em momentos de luto é preciso deixar de lado divergências políticas e eventuais desafetos, em respeito àqueles que ficam e a quem parte. Não é momento para discussões que não tragam conforto à quem precisa de paz neste momento", disse a nota do Centro Acadêmico XI de Fevereiro, composto por alunos do curso de Direito, no qual Cancellier era professor.
(Com informações do Estadão e MSN)
(Foto: Reprodução)
O reitor foi preso em 14 de setembro na Operação Ouvidos Moucos, acusado de tentar obstruir investigações internas na universidade sobre irregularidades na aplicação de recursos para o Ensino a Distância (EaD). Por volta das 10h30 desta segunda-feira (02), o corpo de Cancellier foi encontrado no vão central do Beiramar Shopping. A principal suspeita é de que ele tenha se jogado das escadas do sétimo andar e caído no pátio central do prédio.
"Ele estava usando uma camiseta da UFSC debaixo da jaqueta e o bilhete no bolso", descreve o diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Santa Catarina, Rodinei Tenorio.
Morte
A notícia da morte pegou de surpresa membros da administração da universidade, professores e alunos. Uma paralisação no câmpus central foi decretada às 11 horas, e os funcionários de todos os centros de ensino e secretarias da universidade foram dispensados das atividades. A universidade decretou luto oficial de três dias, período em que a universidade ficará sem aulas.
O anúncio oficial da morte foi feito pela vice-reitora, Alacoque Erdmann, em um auditório lotado por cerca de 200 pessoas na sede da reitoria. Durante a tarde desta segunda-feira, estudantes, professores e técnicos administrativos permaneciam no hall do prédio à espera de informações sobre as homenagens.
Às 17 horas, o corpo chegou ao hall da reitoria para o velório. "Inclusive adversários políticos do Cancelier estavam presentes", contou o servidor técnico-administrativo e estudante do curso de Serviço Social Hélio Rodak.
Depressão
Segundo pessoas próximas a Cancellier, o reitor afastado iniciou um tratamento psicológico logo após deixar a penitenciária, no dia seguinte à sua prisão, para tratar sintomas de depressão. A Justiça Federal havia decidido permitir, no sábado, 30, que o reitor voltasse a frequentar o Centro de Ciências Jurídicas das 15 horas às 18 horas para acompanhar orientandos em bancas de apresentação de Trabalhos de Conclusão de Curso. Por causa da decisão favorável, amigos avaliavam que ele poderia melhorar no tratamento.
"Ninguém esperava, até porque o relato que se tinha era que, pouco a pouco, o Cancellier estava se recuperando", diz Rodak. "Ele tinha uma relação que estabeleceu com os estudantes que era muito próxima e se reunia com membros de centros acadêmicos, empresas juniores e (associações) atléticas."
Cencellier foi o primeiro reitor a ser preso na história da universidade. Entidades estudantis, centros de ensino e a associação de professores divulgaram notas de pesar sobre a morte.
"Em momentos de luto é preciso deixar de lado divergências políticas e eventuais desafetos, em respeito àqueles que ficam e a quem parte. Não é momento para discussões que não tragam conforto à quem precisa de paz neste momento", disse a nota do Centro Acadêmico XI de Fevereiro, composto por alunos do curso de Direito, no qual Cancellier era professor.
(Com informações do Estadão e MSN)
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