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Mãe troca bebê de 5 meses por cachaça e diz que não se arrepende

A pequena Ana Beatriz Freitas Marques, de 5 meses, que encontrava-se desaparecida, foi encontrada na manhã desta quarta-feira (27), pela equipe da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), em uma casa na avenida Magalhães, comunidade Nova vitória, bairro Gilberto Mestrinho, na Zona Leste. A criança, segundo a mãe biológica, foi trocada por uma dose de corote (cachaça). A mulher que estava com a criança nega a informação.
De acordo com a auxilar de serviços gerais, Rosilene da Costa Assunção, de 32 anos, que estava com a menina, há dois meses, ela teria encontrado Analice de Freitas Marques, de 35 anos, completamente bêbada, na Manaus Moderna, com a criança no colo. Preocupada com o bebê, Rosilene contou que se aproximou da mulher e perguntou se ela queria lhe dar a criança. Sem contestar, Analice entregou a menina.


Rosilene cuidava do bebê e aguarda decisão da justiça para ter guarda definitiva – Foto: Janailton Falcao

A auxiliar de serviços gerais contou ainda que voltou à Manaus Moderna para procurar por Analice na tentativa de regularizar a situação da criança, entretanto não encontrou mais a mulher. “Hoje ela é a minha filha. Amo muito essa menina”, disse a mulher aos prantos, dizendo que deu à menina, o nome de Maria Vitória. “A Maria Vitória é um presente de Deus na minha vida”, acrescentou.

Versão da mãe adotiva

Analice contou à reportagem, que trocou a criança por uma dose de cachaça. Segundo a mulher, no dia do fato, ela estava em um bar na Manaus Moderna, com a filha, quando Rosilene se aproximou e teria perguntado se ela queria trocar a bebê por uma dose de corote. Analice disse que aceitou a proposta e entregou a criança.

A mãe disse ainda que não se arrepende do ato e que a menina tem que ficar mesmo com Rosilene. “Não sinto falta dela e não estou arrependida. Ela tem que ficar com a Rosilene mesmo”, falou a mulher, sem aparentar arrependimento.

De acordo com a delegada, Juliana Tuma, titular da Depca, a mulher foi indiciada pelo artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa. Porém, a delegada disse que não descarta a possibilidade de pedir a prisão preventiva da mulher.

Analice chegou a informar à polícia que estaria gravida de cinco meses, porém, segundo a delegada, a mulher fez um exame na maternidade Moura Tapajós e o resultado e deu negativo.

Ainda conforme explicou a delegada, a criança irá para um abrigo até que a Defensoria Pública responda a uma solicitação da Polícia Civil para que a mulher que cuidava da criança fique com a guarda definitiva da criança.

Mara Magalhães
Com informações de Ana Sena

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