O interino Michel Temer, que deve entregar um rombo fiscal superior a R$
180 bilhões neste ano, já provoca a desconfiança do mercado e de seus
porta-vozes mais influentes; "A marca do governo Temer é a ambiguidade.
Ele fala em ajuste e amplia gastos", escreveu a colunista Miriam Leitão;
"O pouco crédito que começa a ser dado ao governo pode se estiolar em
breve. Basta que alguém grite que o rei está nu"; na prática, Temer
aumenta gastos no presente para tentar comprar sua permanência no poder,
enquanto promete reformas, que ninguém sabe se serão aprovadas, no
futuro – ou seja, o golpe parlamentar está custando muito caro ao País
247 – "O rei está nu", diz a colunista Miriam Leitão, uma das principais porta-vozes da ortodoxia econômica, sobre a ambiguidade da política econômica do interino Michel Temer .
"A marca do governo Temer é a ambiguidade. Ele fala em ajuste e amplia gastos. Acusa o governo Dilma de ter sido gastador e provocado o rombo e solta uma nota dizendo que na administração da presidente afastada houve queda das despesas com salários de funcionários em proporção ao PIB. Anuncia como meta fiscal uma cifra astronômica e mesmo assim precisa recorrer à reserva de emergência", diz ela (leia aqui). "O pouco crédito que começa a ser dado ao governo pode se estiolar em breve. Basta que alguém grite que o rei está nu."
Neste ano, com o ritmo dos gastos determinado por Temer para comprar sua permanência no poder, seja com agradados ao Congresso ou ao funcionalismo, o rombo fiscal deverá bater em R$ 180 bilhões (leia mais aqui).
Miriam Leitão diz ainda que Temer gasta à vista o que promete enxugar a prazo. "De concreto, o que ele propõe são reformas a prazo e aumento de gastos à vista. As propostas de reformas irão ao Congresso em algum momento no futuro, e delas pouco se sabe. Apenas intenções. A única mudança apresentada é o teto de despesas que ainda tramita, pode ser alterado, e exigirá, para ficar de pé, uma reforma da previdência. Do contrário, o país achatará todas as despesas enquanto a conta com os aposentados vai continuar crescendo."
O que ela não afirma, no entanto, é que essa política fiscal é consequência do golpe de 2016. Como Temer não foi eleito, não tem legitimidade e é interino, ele amplia os gastos justamente para se manter no poder, prometendo que, no futuro, será capaz de reformar o Estado. Teria saído muito mais barato para o País rechaçar a aventura golpista e apoiar a presidente Dilma Rousseff no ajuste proposto no início de seu segundo mandato. Quem apostou no "quanto pior, melhor", começa a se dar conta de que o golpe de 2016 arrombou ainda mais as contas públicas.
247 – "O rei está nu", diz a colunista Miriam Leitão, uma das principais porta-vozes da ortodoxia econômica, sobre a ambiguidade da política econômica do interino Michel Temer .
"A marca do governo Temer é a ambiguidade. Ele fala em ajuste e amplia gastos. Acusa o governo Dilma de ter sido gastador e provocado o rombo e solta uma nota dizendo que na administração da presidente afastada houve queda das despesas com salários de funcionários em proporção ao PIB. Anuncia como meta fiscal uma cifra astronômica e mesmo assim precisa recorrer à reserva de emergência", diz ela (leia aqui). "O pouco crédito que começa a ser dado ao governo pode se estiolar em breve. Basta que alguém grite que o rei está nu."
Neste ano, com o ritmo dos gastos determinado por Temer para comprar sua permanência no poder, seja com agradados ao Congresso ou ao funcionalismo, o rombo fiscal deverá bater em R$ 180 bilhões (leia mais aqui).
Miriam Leitão diz ainda que Temer gasta à vista o que promete enxugar a prazo. "De concreto, o que ele propõe são reformas a prazo e aumento de gastos à vista. As propostas de reformas irão ao Congresso em algum momento no futuro, e delas pouco se sabe. Apenas intenções. A única mudança apresentada é o teto de despesas que ainda tramita, pode ser alterado, e exigirá, para ficar de pé, uma reforma da previdência. Do contrário, o país achatará todas as despesas enquanto a conta com os aposentados vai continuar crescendo."
O que ela não afirma, no entanto, é que essa política fiscal é consequência do golpe de 2016. Como Temer não foi eleito, não tem legitimidade e é interino, ele amplia os gastos justamente para se manter no poder, prometendo que, no futuro, será capaz de reformar o Estado. Teria saído muito mais barato para o País rechaçar a aventura golpista e apoiar a presidente Dilma Rousseff no ajuste proposto no início de seu segundo mandato. Quem apostou no "quanto pior, melhor", começa a se dar conta de que o golpe de 2016 arrombou ainda mais as contas públicas.
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