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Desaparecidos em Humaitá foram mortos a tiros por índios.

Policia Federal pede prisão temporária de cinco indigenas por possível envolvimento na morte dos desaparecidos.

Familiares dos três homens desaparecidos na reserva Tenharim pediram nesta sexta-feira (31) que a Justiça cumpra seu papel e não deixe o caso ser esquecido. Eles afirmaram à reportagem do EM TEMPO Online que pretendem fazer uma manifestação pacífica neste fim de semana para pedir que as investigações não terminem até que sejam apurados todos os detalhes do caso.

Escrito por Henrique Xavier


“O próprio delegado responsável pela investigação nos disse isso”, disse a parente de um deles – foto do leitor

Parentes e amigos do representante comercial Luciano Ferreira Freire, do professor Stef Pinheiro e do funcionário da Eletrobras, Aldeney Ribeiro Salvador, afirmaram que já não esperam que sejam encontrados vivos, mas que os investigadores ao menos elucidem as circunstâncias em que se deu o fato.

A cunhada de Luciano, Darlem Rodrigues, revelou à reportagem que a família foi procurada na noite de ontem (30) pelo delegado da Polícia Federal, Alexandre Alves, responsável pelas operações de busca, o qual informou que a morte dos três havia sido confirmada nas investigações, inclusive dando detalhes do caso.

“Ele nos disse que o Luciano e o Stef foram mortos com vários tiros disparados à queima-roupa ainda dentro do carro. Ele disse também que o Aldeney ainda tentou mostrar o crachá da empresa, mas foi decapitado pelos agressores”, afirmou ao EM TEMPO Online.

Os irmãos Gilson e Ivan Tenharim, filhos do cacique morto Ivan Tenharim, Adaumiceno Silva, além de dois outros cujos nomes não foram divulgados foram presos na ação deflagrada ontem (30) pelos agentes federais nas aldeias Marmelo, Taboca e Campinho, localizadas a cerca de 150 quilômetros de Humaitá.

Em nota, a Polícia Federal em Rondônia informou que os cinco indígenas tiveram prisão temporária expedida em razão de possível envolvimento na morte dos desaparecidos. De acordo com a informação encaminhada aos jornalistas, “até o momento, foram percorridos cerca de 270 hectares, e encontradas, no interior da terra indígena, peças do veículo ocupado pelos desaparecidos”.

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