Triunfo oferece deságio de 52% e arremata concessão das BR-060/153/262
Reuters
A Triunfo ofertou 0,02851 real, ante tarifa teto de 0,05940 real, para administrar por 30 anos os 1.176,50 quilômetros do trecho das três rodovias que se unem próximas do município mineiro de Campo Florido. O trecho une Betim, próxima a divisa de Minas Gerais com São Paulo, a Brasília.
"Fizemos um lance completamente conscientes. (A estrada está em) uma região importante, com muito tráfego de veículos e sem concorrência com ferrovias", disse o presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli.
O segundo maior deságio oferecido no leilão foi da Invepar, de 42,13 por cento, seguido pelos consórcios de Ecorodovias (41,19 por cento), Queiroz Galvão (37,99 por cento) e CCR (21,41 por cento).
O governo federal celebrou o resultado. A presidente Dilma Rousseff disse que o leilão foi "um sucesso". O ministro dos Transportes, Cesar Borges, disse que o governo vai buscar a modicidade tarifária para manter os leilões atrativos. No próximo dia 17 será licitado trecho da BR-163 (MS). No dia 27 irá a leilão a BR-040 (DF-GO-MG).
"O governo vai continuar nessa trilha para que tenhamos concorrência", disse ele.
A Triunfo concorreu nos dois últimos leilões de rodovias, da BR-050 (GO/MG) e da BR-163 (MT), em setembro e novembro, mas perdeu para o Consórcio Planalto, formado por empresas de pequeno e médio porte, e para a Odebrecht Transport, com deságios de 42 e 52 por cento, respectivamente.
A empresa manteve a projeção de início da cobrança de pedágio em outubro de 2015. A Odebrecht Transport disse na semana passada que vai acelerar as obras para iniciar a cobrança da tarifa antes do previsto na BR-163 (MT). As concessionárias só podem iniciar a cobrança de pedágio após concluir pelo menos 10 por cento das obras de duplicação.
Bottarelli afirmou que a empresa vai participar dos próximos leilões de rodovias, com foco na BR-040 (DF/GO/MG).
A Triunfo administra aeroportos, portos e rodovias, além de ativos de energia e possui três concessões de estradas no Sul e Sudeste, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
O deságio da Triunfo foi idêntico ao ofertado semana passada pela Odebrecht Transport para arrematar a concessão da chamada rodovia da soja, a BR-163 (MT).
A concessão desta quarta-feira consiste em explorar a infraestrutura e prestar serviços de recuperação, conservação, manutenção, e implantar melhorias e ampliar a capacidade da rodovia. Os investimentos são de 7,15 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Às 15h21, a ação da Triunfo tinha queda de 3,5 por cento na Bovespa, a 9,65 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, índice do qual a ação não faz parte, caía 0,11 por cento.
Em relatório, o BB Investimentos considerou alto o ágio oferecido. "Porém, analisando o potencial de alavancagem do projeto, com 70 por cento de dívida ao custo inferior a 7 por cento ao ano, o ativo poderá agregar valor a companhia marginalmente", afirmou a equipe de analistas.
PLANO DE INFRAESTRUTURA
Os leilões de rodovias são parte do plano do governo Dilma Rousseff de melhorar a infraestrutura logística do país, um dos principais entraves para o crescimento econômico. A iniciativa também inclui a concessão de aeroportos, ferrovias e portos.
Em setembro, o governo licitou a BR-050 (GO-MG) e fracassou com a BR-262 (ES-MG), que não recebeu propostas. Em novembro, o governo também leiloou os aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) ao setor privado, arrecadando 20,8 bilhões de reais.
Sobre as duas próximas licitações, Borges disse manter o otimismo. "(As rodovias) têm as mesmas atratividades de crescimento futuro. Têm muito tráfego".
Questionado sobre os planos do governo para o próximo ano, o ministro repetiu que o governo avalia se fará leilões ou parcerias público-privadas (PPP) em alguns trechos, mas que o foco principal será a licitação de ferrovias.
"Além das quatro (rodovias já incluídas no programa de concessão), vamos prospectar novas rodovias. Vamos tentar identificar trechos menores, mas que sejam importantes. Vamos dar prioridade para as ferrovias, porque é importante para a competitividade do agronegócio brasileiro", disse.
Segundo ele, das quatro rodovias cujos leilões não foram marcados, a BR-153 (GO/TO) deve ser concedida, enquanto as outras três, o governo estuda se fará Parceria Público-Privada (PPP) ou concessão.
"Tem uma que entra como concessão no ano que vem, a BR-153; o resto estamos vendo", afirmou, adiantando que o governo provavelmente fará alguma mudança na proposta, pois há trechos com baixo volume de tráfego em que há chance de uso de PPPs.
A Triunfo Participações venceu nesta quarta-feira o leilão de trechos as BR-060/153/262 com oferta de deságio de 52 por cento, em mais uma etapa do programa do governo federal de concessões de infraestrutura logística.
Reuters
A Triunfo ofertou 0,02851 real, ante tarifa teto de 0,05940 real, para administrar por 30 anos os 1.176,50 quilômetros do trecho das três rodovias que se unem próximas do município mineiro de Campo Florido. O trecho une Betim, próxima a divisa de Minas Gerais com São Paulo, a Brasília.
"Fizemos um lance completamente conscientes. (A estrada está em) uma região importante, com muito tráfego de veículos e sem concorrência com ferrovias", disse o presidente da Triunfo, Carlo Bottarelli.
O segundo maior deságio oferecido no leilão foi da Invepar, de 42,13 por cento, seguido pelos consórcios de Ecorodovias (41,19 por cento), Queiroz Galvão (37,99 por cento) e CCR (21,41 por cento).
O governo federal celebrou o resultado. A presidente Dilma Rousseff disse que o leilão foi "um sucesso". O ministro dos Transportes, Cesar Borges, disse que o governo vai buscar a modicidade tarifária para manter os leilões atrativos. No próximo dia 17 será licitado trecho da BR-163 (MS). No dia 27 irá a leilão a BR-040 (DF-GO-MG).
"O governo vai continuar nessa trilha para que tenhamos concorrência", disse ele.
A Triunfo concorreu nos dois últimos leilões de rodovias, da BR-050 (GO/MG) e da BR-163 (MT), em setembro e novembro, mas perdeu para o Consórcio Planalto, formado por empresas de pequeno e médio porte, e para a Odebrecht Transport, com deságios de 42 e 52 por cento, respectivamente.
A empresa manteve a projeção de início da cobrança de pedágio em outubro de 2015. A Odebrecht Transport disse na semana passada que vai acelerar as obras para iniciar a cobrança da tarifa antes do previsto na BR-163 (MT). As concessionárias só podem iniciar a cobrança de pedágio após concluir pelo menos 10 por cento das obras de duplicação.
Bottarelli afirmou que a empresa vai participar dos próximos leilões de rodovias, com foco na BR-040 (DF/GO/MG).
A Triunfo administra aeroportos, portos e rodovias, além de ativos de energia e possui três concessões de estradas no Sul e Sudeste, segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
O deságio da Triunfo foi idêntico ao ofertado semana passada pela Odebrecht Transport para arrematar a concessão da chamada rodovia da soja, a BR-163 (MT).
A concessão desta quarta-feira consiste em explorar a infraestrutura e prestar serviços de recuperação, conservação, manutenção, e implantar melhorias e ampliar a capacidade da rodovia. Os investimentos são de 7,15 bilhões de reais, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Às 15h21, a ação da Triunfo tinha queda de 3,5 por cento na Bovespa, a 9,65 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, índice do qual a ação não faz parte, caía 0,11 por cento.
Em relatório, o BB Investimentos considerou alto o ágio oferecido. "Porém, analisando o potencial de alavancagem do projeto, com 70 por cento de dívida ao custo inferior a 7 por cento ao ano, o ativo poderá agregar valor a companhia marginalmente", afirmou a equipe de analistas.
PLANO DE INFRAESTRUTURA
Os leilões de rodovias são parte do plano do governo Dilma Rousseff de melhorar a infraestrutura logística do país, um dos principais entraves para o crescimento econômico. A iniciativa também inclui a concessão de aeroportos, ferrovias e portos.
Em setembro, o governo licitou a BR-050 (GO-MG) e fracassou com a BR-262 (ES-MG), que não recebeu propostas. Em novembro, o governo também leiloou os aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) ao setor privado, arrecadando 20,8 bilhões de reais.
Sobre as duas próximas licitações, Borges disse manter o otimismo. "(As rodovias) têm as mesmas atratividades de crescimento futuro. Têm muito tráfego".
Questionado sobre os planos do governo para o próximo ano, o ministro repetiu que o governo avalia se fará leilões ou parcerias público-privadas (PPP) em alguns trechos, mas que o foco principal será a licitação de ferrovias.
"Além das quatro (rodovias já incluídas no programa de concessão), vamos prospectar novas rodovias. Vamos tentar identificar trechos menores, mas que sejam importantes. Vamos dar prioridade para as ferrovias, porque é importante para a competitividade do agronegócio brasileiro", disse.
Segundo ele, das quatro rodovias cujos leilões não foram marcados, a BR-153 (GO/TO) deve ser concedida, enquanto as outras três, o governo estuda se fará Parceria Público-Privada (PPP) ou concessão.
"Tem uma que entra como concessão no ano que vem, a BR-153; o resto estamos vendo", afirmou, adiantando que o governo provavelmente fará alguma mudança na proposta, pois há trechos com baixo volume de tráfego em que há chance de uso de PPPs.
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