Reflexos da Copa no Amazonas Postado por Luiz Reis em dezembro 05, 2011 Gerar link Facebook X Pinterest E-mail Outros aplicativos *Por Marcelo Ramos O debate sobre a Lei Geral da Copa está centrado em três temas: limitação à lei da meia-entrada de estudantes; restrições à lei de gratuidade dos idosos e liberação da venda de bebidas nos estádios. Fica óbvio que estas preocupações estão relacionadas a quem vai entrar no estádio para ver os jogos. Agora vejamos. A Arena Amazônia terá capacidade para 45 mil pessoas e teremos 4 jogos em Manaus. Portanto, se, num cenário absurdo, o estádio ficasse lotado nos 4 jogos só com amazonenses, sem que nenhum assistisse a mais de 1 jogo, – isso é impossível já que parte dos ingressos nem chegará aqui já que serão vendidos pela própria FIFA – teríamos 180 mil amazonenses vendo os jogos, ou seja, 10% dos manauaras e menos de 5% dos amazonenses. Os números indicam que, se muito, 1% dos amazonenses assistirão a um jogo na Arena. Ou seja, 99% dos amazonenses assistirão aos jogos da Copa como sempre assistiram, pela televisão.Parece absurdo, mas isso mesmo. Haverá uma festa na sua casa (Manaus), mas você não é convidado!Nesse cenário, Importante mesmo, para nós, é discutir os reflexos da Copa para os 99% de amazonenses que ficarão do lado de fora do estádio. Para esses, o que importa são as obras do aeroporto, do porto, o reordenamento do centro histórico de Manaus e, principalmente, as obras de mobilidade urbana (Monotrilho e BRT). Acontece que, as obras de infraestrutura que deixariam um legado urbanístico e social pra todo o povo do Amazonas continuam paralisadas pela burocracia, pela incompetência e, em alguns casos, pela improbidade dos gestores. No caminho que vai, a Copa em Manaus será a diversão para menos de 1% da população e uma dívida bilionária para todo o povo pagar com o suor do trabalho de várias gerações de amazonenses. Esse não é um artigo contra a Copa. É um artigo para que os amazonenses estejam atentos à conduta dos seus governantes e cobrem a execução das obras urbanísticas relacionadas ao evento. Senão, depois restará chorar e pagar! *Marcelo Ramos é advogado e deputado estadual pelo PSB. Comentários
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