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Desmatamento da Amazônia voltou a crescer

Para o Greenpeace, que também monitora o desmatamento na Amazônia usando imagens de satélite, sobrevoos e investigações em campo, não há mais dúvida: a taxa oficial do desmatamento anual deverá ultrapassar bastante os 6.451 km2 do ano passado.

Nesta quarta-feira, o Inpe divulgou que o desmatamento da Amazônia no mês de julho, medido pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) foi de 224,94 quilômetros quadrados. Esse número eleva para 2.654 km2 o total do desmatamento apurado pelo Deter nos últimos 12 meses. Isso representa um aumento de 15% em relação aos 12 meses anteriores.

Embora o Deter seja um sistema de alerta e não de medição precisa do desmatamento (o INPE usa outro sistema para isso, o Prodes), já é possível afirmar sem sombra de dúvida que a taxa anual de desmatamento da Amazônia voltou a crescer, depois de alguns anos de celebrada queda.

Essa taxa é apurada pelo Prodes, com base no estudo de imagens de satélite muito mais precisas do que as utilizadas pelo Deter (e por isso, de análise mais demorada), e obtidas entre agosto de um ano e julho do ano seguinte. Ela é, em geral, divulgada no final do ano como estimativa e, completada a análise, confirmada no ano seguinte como número oficial.

Para o Greenpeace, que também monitora o desmatamento na Amazônia usando imagens de satélite, sobrevoos e investigações em campo, não há mais dúvida: a taxa oficial do desmatamento anual deverá ultrapassar bastante os 6.451 km2 do ano passado. “Comparando as variações anuais entre Deter e Prodes nos últimos anos com os dados do SAD, sistema da ONG Imazon, dá para estimar que a taxa anual será por volta de 7.500 quilômetros”, diz Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace.

Fonte: Greenpeace Brasil

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