O cenário agora é de mais secas no sul da Amazônia nos próximos anos e chuvas mais intensas no norte
A floresta amazônica ficará mais quente e com eventos naturais extremos, como grandes secas ou inundações, cada vez mais comuns. Esse tipo de projeção já vinha aparecendo em pesquisas anteriores. Mas o cenário pessimista foi corroborado agora por um modelo climático mais sofisticado, levando em conta características específicas da Amazônia.
O trabalho, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Hadley, do Reino Unido, também incorporou na análise o ciclo do carbono e a dinâmica da vegetação diante das mudanças climáticas registradas.
"Os modelos anteriores consideravam uma vegetação estática, que não reagia às alterações no clima", explica o climatologista do Inpe José Marengo, um dos autores. Por exemplo, na seca de 2010, estima-se que a mortalidade das árvores tenha liberado cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
O cenário agora é de mais secas no sul da Amazônia nos próximos anos e chuvas mais intensas no norte da floresta. Além disso, a mata deve ficar mais rala e aberta, processo que é chamado de savanização.
Tudo isso, claro, será agravado se o desmatamento não for contido. "Se o desmate aumentar, os impactos na floresta também ficarão mais intensos", diz José Marengo.
Os resultados dos novos modelos sugerem que, quando o desmatamento atingir mais de 40% da extensão original da floresta amazônica, a precipitação diminuirá de forma significativa no leste. Isso provocaria um aquecimento de mais de 4ºC na parte oriental da floresta, com redução significativa das precipitações (chuva).
De acordo com Marengo, há muitas dúvidas na produção de cenários futuros. Isso porque não sabemos como funcionarão as políticas de redução dos impactos de mudanças climáticas.
"Os tomadores de decisão precisam saber dessas previsões. É preciso reconhecer que o problema pode ter impactos na economia e sociedade", diz o climatologista do Inpe.
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A floresta amazônica ficará mais quente e com eventos naturais extremos, como grandes secas ou inundações, cada vez mais comuns. Esse tipo de projeção já vinha aparecendo em pesquisas anteriores. Mas o cenário pessimista foi corroborado agora por um modelo climático mais sofisticado, levando em conta características específicas da Amazônia.
O trabalho, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Centro Hadley, do Reino Unido, também incorporou na análise o ciclo do carbono e a dinâmica da vegetação diante das mudanças climáticas registradas.
"Os modelos anteriores consideravam uma vegetação estática, que não reagia às alterações no clima", explica o climatologista do Inpe José Marengo, um dos autores. Por exemplo, na seca de 2010, estima-se que a mortalidade das árvores tenha liberado cerca de 5 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
O cenário agora é de mais secas no sul da Amazônia nos próximos anos e chuvas mais intensas no norte da floresta. Além disso, a mata deve ficar mais rala e aberta, processo que é chamado de savanização.
Tudo isso, claro, será agravado se o desmatamento não for contido. "Se o desmate aumentar, os impactos na floresta também ficarão mais intensos", diz José Marengo.
Os resultados dos novos modelos sugerem que, quando o desmatamento atingir mais de 40% da extensão original da floresta amazônica, a precipitação diminuirá de forma significativa no leste. Isso provocaria um aquecimento de mais de 4ºC na parte oriental da floresta, com redução significativa das precipitações (chuva).
De acordo com Marengo, há muitas dúvidas na produção de cenários futuros. Isso porque não sabemos como funcionarão as políticas de redução dos impactos de mudanças climáticas.
"Os tomadores de decisão precisam saber dessas previsões. É preciso reconhecer que o problema pode ter impactos na economia e sociedade", diz o climatologista do Inpe.
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Vamos colocar mais agente forestal para guarnecer nossa floresta.
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