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Consumo de cosméticos avança nas classes populares

O Brasil está mais cheiroso. O aumento do poder aquisitivo das classes C e D em 2007 colocou o país na posição de segundo maior consumidor mundial de desodorantes, produtos para cabelos, higiene bucal, perfumaria e cosméticos masculinos e para crianças. Os produtos mais comercializados no último ano foram os cremes anti-sinais, maquiagem e perfumes.

'A classe C está entrando com um enorme força nesse mercado. Não que esses consumidores estejam começando agora a usar produtos de higiene e beleza; eles já usavam, mas para ocasiões especiais. A novidade é que os estão incorporando ao dia-a-dia', diz João Carlos Basílio da Silva, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

O país já ocupa, desde 2006, a terceira posição entre os maiores mercados de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos do mundo, perdendo apenas para Estados Unidos, o maior mercado, e Japão. Com um faturamento de US$ 22,23 bilhões, essa indústria registrou um crescimento de 22,6% em 2007, segundo dados do Euromonitor, empresa de pesquisa de mercado. Só nos primeiros seis meses de 2008, essa indústria cresceu 7,73% em vendas em relação ao mesmo período do ano passado.

A pujança desse mercado já faz com que grandes empresas, como a Avon e Unilever, aumentem os investimentos para atender à crescente demanda. O Brasil já é o segundo maior em vendas para a multinacional Avon, que acaba de anunciar o investimento de US$ 150 milhões na construção de um novo centro de distribuição, na cidade de Cabreúva, a 80 km de São Paulo - será o maior da empresa no mundo. Dentre os cem países onde a companhia está presente, o Brasil tem também a maior força de vendas: 1,2 milhão de revendedoras.
G1

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