Resultado desse quadro, pode ser um reflexo do aumento do número de UTIs para pacientes com Covid-19 nas unidades estaduais
Por Carol Givone
Equipe do 28 de Agosto comemorou Sala Rosa mais um dia vazia | Foto: Reprodução
Manaus – Circulam nas redes sociais neste domingo (17), imagens de profissionais da saúde comemorando a redução do número de pacientes internados em hospitais da rede pública, por conta do novo coronavírus (Covid19).
Uma das equipes médicas do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto publicou uma foto na "Sala Rosa", com leitos vazios. Esse espaço da unidade hospitalar é destinado para tratamento de pacientes que testaram positivo para Covid-19. Na legenda, a postagem diz: "Sala Rosa: Ganhamos +1 Dia de Vitória”.
Uma das profissionais que preferiu não se identificar, afirma que existem pelo menos três situações que explicam o fenômeno de baixa procura nos hospitais de entrada como o 28 de Agosto. Para ela, os hospitais de referência Nilton Lins, Delphina Aziz e Gilberto Mestrinho, estariam conseguindo ampliar o número de atendimentos.
“A primeira hipótese que acreditamos, é de alguns pacientes com quadro leve preferem ser medicados em casa. Muita gente tem medo de vir até os hospitais, e busca tratamento em casa, sem confirmação de nada, aumentando o índice de subnotificação. Na terceira possibilidade, os pacientes estariam conseguindo ser enviados aos hospitais de referência”, explica.
Apesar da aparente melhoria do cenário, a profissional reitera que a preocupação permanece entre os funcionários dos hospitais. “Continuamos apreensivos e com medo, não sabemos quem tem ou não o vírus, por que nem todos os pacientes são testados. Para o profissional é difícil, o medo de ser infectado e transmitir a Covid para nossos familiares é real. Acredito que os testes já deveriam ser ampliados a mais pessoas. Só assim, conseguiríamos ter confiança dentro dos ambulatórios”, finaliza.
Balanço do governo
O resultado desse quadro, pode ser um reflexo do aumento do número de UTIs para pacientes com Covid-19, nas unidades estaduais, que evoluiu de 107, no início da pandemia, para 243, uma alta de 127%, conforme último balanço da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Os leitos clínicos saltaram de 532 para 816, aumento de 53%.
Na capital, são 1.138 leitos para Covid-19, sendo 816 leitos clínicos, 243 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 79 de Sala Vermelha. O aumento foi de 65,7% comparado com os 639 leitos do início da pandemia.
De acordo com números consolidados pela equipe técnica da Susam, até às 11h de sexta-feira (15), dos 243 leitos UTI disponíveis na rede pública estadual de saúde para pacientes com Covid-19, 82% estavam ocupados. Dos 816 leitos clínicos, a ocupação estava em 63%.
Por Carol Givone
Equipe do 28 de Agosto comemorou Sala Rosa mais um dia vazia | Foto: Reprodução
Manaus – Circulam nas redes sociais neste domingo (17), imagens de profissionais da saúde comemorando a redução do número de pacientes internados em hospitais da rede pública, por conta do novo coronavírus (Covid19).
Uma das equipes médicas do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto publicou uma foto na "Sala Rosa", com leitos vazios. Esse espaço da unidade hospitalar é destinado para tratamento de pacientes que testaram positivo para Covid-19. Na legenda, a postagem diz: "Sala Rosa: Ganhamos +1 Dia de Vitória”.
Uma das profissionais que preferiu não se identificar, afirma que existem pelo menos três situações que explicam o fenômeno de baixa procura nos hospitais de entrada como o 28 de Agosto. Para ela, os hospitais de referência Nilton Lins, Delphina Aziz e Gilberto Mestrinho, estariam conseguindo ampliar o número de atendimentos.
“A primeira hipótese que acreditamos, é de alguns pacientes com quadro leve preferem ser medicados em casa. Muita gente tem medo de vir até os hospitais, e busca tratamento em casa, sem confirmação de nada, aumentando o índice de subnotificação. Na terceira possibilidade, os pacientes estariam conseguindo ser enviados aos hospitais de referência”, explica.
Apesar da aparente melhoria do cenário, a profissional reitera que a preocupação permanece entre os funcionários dos hospitais. “Continuamos apreensivos e com medo, não sabemos quem tem ou não o vírus, por que nem todos os pacientes são testados. Para o profissional é difícil, o medo de ser infectado e transmitir a Covid para nossos familiares é real. Acredito que os testes já deveriam ser ampliados a mais pessoas. Só assim, conseguiríamos ter confiança dentro dos ambulatórios”, finaliza.
Balanço do governo
O resultado desse quadro, pode ser um reflexo do aumento do número de UTIs para pacientes com Covid-19, nas unidades estaduais, que evoluiu de 107, no início da pandemia, para 243, uma alta de 127%, conforme último balanço da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Os leitos clínicos saltaram de 532 para 816, aumento de 53%.
Na capital, são 1.138 leitos para Covid-19, sendo 816 leitos clínicos, 243 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 79 de Sala Vermelha. O aumento foi de 65,7% comparado com os 639 leitos do início da pandemia.
De acordo com números consolidados pela equipe técnica da Susam, até às 11h de sexta-feira (15), dos 243 leitos UTI disponíveis na rede pública estadual de saúde para pacientes com Covid-19, 82% estavam ocupados. Dos 816 leitos clínicos, a ocupação estava em 63%.
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