Senado aprovou em dois turnos a proposta de emenda à Constituição que
prevê que a União dividirá com estados e municípios parte dos recursos
oriundos de leilões de petróleo. O Pará vai receber ao todo cerca de R$ 1
bilhão, sendo R$ 714 milhões para o Estado outros R$ 384 milhões para
serem divididos entre os 144 municípios. A votação ocorreu ontem, após
acordo das lideranças partidárias. Como houve modificação no texto
original, a PEC 98/2019 volta para ser revista pela Câmara dos
Deputados, onde também já há acordo para acelerar a votação.
Da Redação
Agência Senado
O acordo da chamada ‘cessão onerosa’ foi fechado pela Petrobras com a União em 2010 e permitiu à estatal explorar cinco bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal na Bacia de Santos (SP), sem licitação. Em troca, a empresa pagou R$ 74,8 bilhões ao governo federal. Porém, a estimativa é que a área cedida pode render mais de seis bilhões de barris, o que vai permitir o leilão desse excedente para diversos fins, incluindo repasse a estados e municípios por meio dos fundos de Participação dos Estados (FPE) e de Participação dos Municípios (FPM).
“Hoje, estamos aqui em Brasília a comemorar esta que é uma grande conquista para todos”, festejou o senador Jader Barbalho (MDB), logo após registrar seu voto favorável à PEC nos dois turnos. O senador defende que recursos oriundos de exploração do petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos sejam distribuídos de forma igualitária entre todos os entes federados nacionais.
“Com essa conquista, o parlamento brasileiro garante o fortalecimento de estados e municípios, além de socorrer, prioritariamente, regiões mais necessitadas, já que adotamos como critério de distribuição aqueles usados pelos fundos de participação dos estados e municípios [FPE e FPM], que distribuem de forma justa de acordo com as necessidades sociais de cada região”, completou Jader Barbalho.
O senador explicou, ainda, que os entes federativos deverão, obrigatoriamente, usar o dinheiro para obras e investimentos ou para a composição de fundos previdenciários destinados a reduzir o deficit do setor. Segundo os termos da proposta, R$ 10,5 bilhões (15% da arrecadação com a cessão onerosa) serão destinados aos municípios, e outros R$ 10,5 bilhões, aos estados e ao Distrito Federal. Essas fatias serão distribuídas entre os entes federativos a partir dos critérios que regem os fundos de participação (FPM e FPE). Assim, serão privilegiados os estados e municípios com as menores rendas per capita.
O texto anterior, votado na Câmara dos Deputados, previa repasse de 15% dos recursos a estados e mais 15% a municípios, mas foi modificado para que o Rio de Janeiro, produtor de petróleo, ficasse com parcela maior. A bancada do Rio apresentou emenda para destinar 3% aos estados onde estão localizadas as jazidas de petróleo. A emenda foi acolhida e aprovada.
A PEC define que os recursos devem ser usados em investimentos e em aportes em fundos previdenciários. Não é permitida a utilização para quitação da folha de pagamentos. A PEC que trata da cessão onerosa é uma das iniciativas do chamado ‘pacto federativo’, uma série de medidas que permitem a flexibilização dos orçamentos públicos e a transferência de recursos da União a estados e municípios.
(Com Informações da Agência Senado )
Da Redação
Agência Senado
O acordo da chamada ‘cessão onerosa’ foi fechado pela Petrobras com a União em 2010 e permitiu à estatal explorar cinco bilhões de barris de petróleo em campos do pré-sal na Bacia de Santos (SP), sem licitação. Em troca, a empresa pagou R$ 74,8 bilhões ao governo federal. Porém, a estimativa é que a área cedida pode render mais de seis bilhões de barris, o que vai permitir o leilão desse excedente para diversos fins, incluindo repasse a estados e municípios por meio dos fundos de Participação dos Estados (FPE) e de Participação dos Municípios (FPM).
“Hoje, estamos aqui em Brasília a comemorar esta que é uma grande conquista para todos”, festejou o senador Jader Barbalho (MDB), logo após registrar seu voto favorável à PEC nos dois turnos. O senador defende que recursos oriundos de exploração do petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos sejam distribuídos de forma igualitária entre todos os entes federados nacionais.
“Com essa conquista, o parlamento brasileiro garante o fortalecimento de estados e municípios, além de socorrer, prioritariamente, regiões mais necessitadas, já que adotamos como critério de distribuição aqueles usados pelos fundos de participação dos estados e municípios [FPE e FPM], que distribuem de forma justa de acordo com as necessidades sociais de cada região”, completou Jader Barbalho.
O senador explicou, ainda, que os entes federativos deverão, obrigatoriamente, usar o dinheiro para obras e investimentos ou para a composição de fundos previdenciários destinados a reduzir o deficit do setor. Segundo os termos da proposta, R$ 10,5 bilhões (15% da arrecadação com a cessão onerosa) serão destinados aos municípios, e outros R$ 10,5 bilhões, aos estados e ao Distrito Federal. Essas fatias serão distribuídas entre os entes federativos a partir dos critérios que regem os fundos de participação (FPM e FPE). Assim, serão privilegiados os estados e municípios com as menores rendas per capita.
O texto anterior, votado na Câmara dos Deputados, previa repasse de 15% dos recursos a estados e mais 15% a municípios, mas foi modificado para que o Rio de Janeiro, produtor de petróleo, ficasse com parcela maior. A bancada do Rio apresentou emenda para destinar 3% aos estados onde estão localizadas as jazidas de petróleo. A emenda foi acolhida e aprovada.
A PEC define que os recursos devem ser usados em investimentos e em aportes em fundos previdenciários. Não é permitida a utilização para quitação da folha de pagamentos. A PEC que trata da cessão onerosa é uma das iniciativas do chamado ‘pacto federativo’, uma série de medidas que permitem a flexibilização dos orçamentos públicos e a transferência de recursos da União a estados e municípios.
(Com Informações da Agência Senado )
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