Eduardo Braga foi citado em delação premiada como um dos beneficiados de desvios de verbas na construção da Arena Amazônia
Atual líder do MDB no Senado, Eduardo Braga foi citado em delação premiada como um dos beneficiados de desvios de verbas na construção da Arena AmazôniaEM TEMPO
Foto: divulgação
Manaus - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal contestando a decisão da Corte em enviar a investigação contra o senador Eduardo Braga (MDB-AM) para a Justiça Estadual do Amazonas. No recurso, Dodge defende que o político se beneficiou de verbas federais e, portanto, deve ser investigado no âmbito federal.
Atual líder do MDB no Senado, Eduardo Braga foi citado em delação premiada como um dos beneficiados de desvios de verbas na construção da Arena Amazônia, em Manaus, em 2010. Na época, o emedebista era governador do Amazonas.
Recursos do BNDES
No último mês, o ministro Ricardo Lewandowski entendeu que não houve prejuízo à União e, portanto, encaminhou o caso para a Justiça Estadual do Amazonas, responsável pelas investigações de crimes cometidos pelos governadores. Dodge, porém, contesta a decisão, entendendo que, se o recurso saia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lesou o País.
Arena da Amazônia
Construída para a Copa do Mundo, a Arena Amazônia custou R$ 669,5 milhões. | Foto: Marinho Ramos / Semcom
Construída para a Copa do Mundo, a Arena Amazônia custou R$ 669,5 milhões. Em 2012, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou um superfaturamento de R$ 86,5 milhões nas obras. Na época em que o contrato foi assinado, Eduardo Braga era governador do Estado.
Defesa
Em nota, o advogado Fabiano Silveira, que representa Eduardo Braga, afirmou: "O Senador Eduardo Braga tem a convicção absoluta de que o inquérito em questão será arquivado ante sua extrema fragilidade, seja pela Justiça Estadual, seja pela Justiça Federal. Cabe observar que nenhum ramo do Poder Judiciário é melhor, mais capaz ou mais íntegro do que outro.
A lei estabelece os critérios prévios de fixação de competência, e tais critérios legais foram seguidos rigorosamente na decisão do eminente Ministro Ricardo Lewandowski. A decisão do Ministro Lewandowski está correta na medida em que os fatos apurados não envolvem recursos federais, conforme vários precedentes do TCU sobre a matéria".
Eduardo Braga, que é senador e foi ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff, afirmou anteriormente, que a denúncia é "absurda"
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