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Senador deixa PF 'São todos maiores de idade', sobre prisões de parentes

Senador prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta terça-feira e negou envolvimento em esquema que, segundo a Polícia Federal, desviou recursos da Saúde do Amazonas

  

(Foto: Junio Matos)

O senador Omar Aziz (PSD) negou participação em esquema criminoso que, segundo a Polícia Federal, desviou milhões em recursos da Saúde no Amazonas. Aziz depôs, por cerca de 40 minutos, na tarde desta terça-feira, quatro dias após a prisão de seus irmãos - Amin, Murad e Mansur Aziz - e de sua esposa, Nejmi Aziz.

Os familiares de Omar foram presos na Operação Vertex - a quinta fase da operação Maus Caminhos, deflagrada em 2016, e que apura crimes como corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa na terceirização de empresas para administrar unidades de saúde no Estado. "Todos são maiores de idade", afirmou Omar, sobre a prisão de seus irmãos e da esposa. Ele está proibido de falar com os presos, segundo a PF, e também não pode deixar o País.

Após prestar depoimento ao delegado Alexandre Teixeira, que preside o inquérito, Omar afirmou que o momento é de esclarecimentos. "Os fatos suscitados são de 2015, 2016, quando eu já estava senador da República. É o momento de eu deixar as pessoas próximas a mim tranquilas e dizer que não há a menor chance de eu ter me envolvido", declarou ele.

Foi durante a gestão de Omar, que foi governador de 2010 a 2014, que o Instituto Novos Caminhos (INC) passou a prestar serviços para o Estado. O INC é figura central de todo o esquema de desvios de recursos descoberto pela operação. De acordo com o delegado Max Ribeiro, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Federal, a "posição topográfica da caneta", em referência ao posto de governador ocupado por Omar, "possibilitou ou não evitou que esses crimes fossem perpetrados".

Ingadado sobre a desconfiança da participação dos familiares e da esposa no esquema do Instituto Novos Caminhos, Omar respondeu que "há centenas de empresas que prestam serviço. Governador e Senador da República não têm influência". "Pode perguntar pra diretor de unidade, para secretário se fiz alguma ligação oferecendo vantagens. Você é beneficiado quando oferta vantagens e não pratiquei isso com ninguém. E nunca me neguei a responder nada (à PF). A Justiça irá tirar as conclusões", enfatizou.


( Com informações Nícolas Marreco/Acritima- Manaus )

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