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Plano Dubai para substituir a zona franca

O senador amazonense Omar Aziz retrucou a noticia de que o Governo Bolsonaro tem um plano para acabar com a Zona Franca e substituí-la por outros modelos de desenvolvimento até 2073, inspirados em modelos econômicos de Dubai



A notícia de que o Governo Bolsonaro tem um plano para acabar com a Zona Franca e substituí-la por outros modelos de desenvolvimento até 2073, inspirados em modelos econômicos de Dubai, no Emirados Árabes, foi rebatida pelo senador Omar Aziz. Líder da bancada do Amazonas e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, disse ao secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos da Costa, homem forte do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Querer comparar o Brasil com Dubai, aí passou de brincadeira. Até 2014, foram investidos em Dubai, veja esse número, dois trilhões de dólares. É muito mais do que o PIB do Brasil. O Amazonas não é areia”.

TIRO NO PÉ

A isenção tributária de R$ 25 bilhões por ano causa coceira além das fronteiras do Amazonas. Interesses de grupos poderosos pressionam o Governo a acabar com a ZFM e o Governo Federal está disposto a ceder. Paulo Guedes já chamou a Zona Franca de “fábrica de xaropinho”. Mas a cada tentativa a tribo Baré reage com força. “O plano Dubai é baseado em pontos que já praticamos no estado do Amazonas, mas que não substitui a Zona de Franca de Manaus hoje, nem daqui a dez anos, nem daqui a vinte anos”, disse Omar. “Que sejam bem-vindas outras atividades econômicas, mas temos que preservar a zona franca não é só agora, amanhã, depois de amanhã, daqui a 50 anos, mas sim porque é uma atividade sustentável que deu certo no Brasil e preservou as nossas florestas”.

A FLORESTA

Omar também levantou um argumento dos mais fortes. A preservação da Floresta Amazônica, um patrimônio ambiental sem igual no mundo. “Nós não vamos explorar os minérios da Amazônia do dia para a noite. Até porque onde está nossa mineração são terras indígenas”, finaliza Omar. Lembrando que Bolsonaro é a favor de uma diminuição drástica nas terras indígenas, o que sugere mais um embate entre a bancada do Amazonas e as ideias do capitão de Brasília.

(Com Informações do Maskate- Manaus)

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