Cris Guimarães Cirino da Silva apresentou trabalho com o tema ‘A Bolsonarização da Esfera Pública: Uma Análise Foulcatiana Sobre (RE) Produção de Memes A Partir dos Discursos de Ódio nas Falas de Bolsonaro’
Manaus – O deputado federal e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro, usou o Twitter, na noite de sexta-feira (22), para comentar o trabalho da mestranda Cris Guimarães Cirino da Silva, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Alguém me diga que isso é mentira… Não sei se dou risada ou se choro”, escreveu ele.
A frase diz respeito ao trabalho da estudante federal que tem como tema ‘A Bolsonarização da Esfera Pública: Uma Análise Foulcatiana Sobre (RE) Produção de Memes A Partir dos Discursos de Ódio nas Falas de Bolsonaro’ e viralizou nas redes sociais, nesta sexta. O trabalho teve orientação do professor doutor Leonard Christy Souza Costa.
Resposta
O professor usou sua página, no Facebook, para comentar o assunto. “Fui surpreendido com uma foto do primeiro slide de apresentação da minha orientada que pesquisa sobre Bolsonaro, fake news e memes viralizando na internet. Na divulgação das mídias sociais, algumas pessoas interpretaram que havia uma defesa de dissertação de mestrado. Não ainda. Foi uma apresentação em um seminário de metodologia promovido pelo Mestrado em Letras da Ufam”, esclareceu ele.
Segundo Leonard, em 2019, Cris Guimarães deve qualificar a dissertação para somente depois se preparar a defesa, em 2020. “Ela é uma ótima aluna e o trabalho caminha muito bem. Por que tanta repercussão? Porque o trabalho lembra as fake news do presidente Bolsonaro. A técnica não é difícil. Coletam-se posts onde o discurso de ódio está presente, assim como fake news também. Após fazer isso, se busca explicação analítica dentro do pensamento de Foucault. É uma pesquisa no âmbito da Análise do Discurso”. escreveu.
E continuou: “Parece que o resultado de tanta reverberação se deve ao fato de, supostamente, estarmos doutrinando pessoas. Espalhando o marxismo através de mecanismos vis para fazer que, assim, o PT retorne ao poder, implementemos uma República Bolivariana e, então, o comunismo chegue de vez ao planalto. Ora, além dessa visão ser absurda e nonsense, ela é facilmente desmontável. Procurei demonstrar o autoritarismo e o lado fake news em um artigo escrito em coautoria com meu amigo Éderson Silveira intitulado ‘Efeito Bolsonaro. Anatomia do Autoritarismo'”.
E finaliza: “É preciso falar, se posicionar, criticar, caso não queiramos ver o Brasil ter uma Constituição feita, não por motivos jurídicos, mas por motivos autoritários. A Democracia é mais importante que a direita e a esquerda. A violência é uma lâmina que fere a quem recebe a facada, tanto quanto quem a utiliza. Mais debate sem xingamento, em violência e sem ameaça. Desconfiem daqueles que pregam a violência para fazer justiça, quando na verdade querem se vingar. Discursar contra a imprensa, a universidade e intelectuais não constrói nenhum país; na verdade, só os destrói”.
Bolsonaro
No início deste mês, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também questionou o tema de um trabalho do psicólogo, sexólogo e ex-BBB, Mahmoud Baydoun. As críticas foram feitas em seu Twitter. “Coréia do Sul lidera mundialmente o investimento em pesquisas e desenvolvimento de projetos (startups), enquanto que os mesmos setores, no Brasil, (investem) em simpósios de como fazer sexo anal sem sentir dor. Se depender de mim, a prioridade e seriedade terão outro direcionamento em breve”, publicou ele, compartilhando, em seguida, uma foto de Mahmoud ao lado de seu trabalho.
O psicólogo e ex-BBB respondeu ao post do presidente da República.“Eu nem sabia que o presidente tinha tweetado meu trabalho sobre anodispareunia, resultado de uma pesquisa realizada no curso de sexologia da USP. O trabalho foi apresentado em Campinas e em Praga no Congresso Internacional de Saúde Sexual. E você presidente, se formou onde?!”, escreveu Mahmoud em seu Twitter.
Com informações de Bruno Mazieri-diarioam.com.
Manaus – O deputado federal e filho do presidente da República, Flávio Bolsonaro, usou o Twitter, na noite de sexta-feira (22), para comentar o trabalho da mestranda Cris Guimarães Cirino da Silva, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Alguém me diga que isso é mentira… Não sei se dou risada ou se choro”, escreveu ele.
A frase diz respeito ao trabalho da estudante federal que tem como tema ‘A Bolsonarização da Esfera Pública: Uma Análise Foulcatiana Sobre (RE) Produção de Memes A Partir dos Discursos de Ódio nas Falas de Bolsonaro’ e viralizou nas redes sociais, nesta sexta. O trabalho teve orientação do professor doutor Leonard Christy Souza Costa.
Resposta
O professor usou sua página, no Facebook, para comentar o assunto. “Fui surpreendido com uma foto do primeiro slide de apresentação da minha orientada que pesquisa sobre Bolsonaro, fake news e memes viralizando na internet. Na divulgação das mídias sociais, algumas pessoas interpretaram que havia uma defesa de dissertação de mestrado. Não ainda. Foi uma apresentação em um seminário de metodologia promovido pelo Mestrado em Letras da Ufam”, esclareceu ele.
Segundo Leonard, em 2019, Cris Guimarães deve qualificar a dissertação para somente depois se preparar a defesa, em 2020. “Ela é uma ótima aluna e o trabalho caminha muito bem. Por que tanta repercussão? Porque o trabalho lembra as fake news do presidente Bolsonaro. A técnica não é difícil. Coletam-se posts onde o discurso de ódio está presente, assim como fake news também. Após fazer isso, se busca explicação analítica dentro do pensamento de Foucault. É uma pesquisa no âmbito da Análise do Discurso”. escreveu.
E continuou: “Parece que o resultado de tanta reverberação se deve ao fato de, supostamente, estarmos doutrinando pessoas. Espalhando o marxismo através de mecanismos vis para fazer que, assim, o PT retorne ao poder, implementemos uma República Bolivariana e, então, o comunismo chegue de vez ao planalto. Ora, além dessa visão ser absurda e nonsense, ela é facilmente desmontável. Procurei demonstrar o autoritarismo e o lado fake news em um artigo escrito em coautoria com meu amigo Éderson Silveira intitulado ‘Efeito Bolsonaro. Anatomia do Autoritarismo'”.
E finaliza: “É preciso falar, se posicionar, criticar, caso não queiramos ver o Brasil ter uma Constituição feita, não por motivos jurídicos, mas por motivos autoritários. A Democracia é mais importante que a direita e a esquerda. A violência é uma lâmina que fere a quem recebe a facada, tanto quanto quem a utiliza. Mais debate sem xingamento, em violência e sem ameaça. Desconfiem daqueles que pregam a violência para fazer justiça, quando na verdade querem se vingar. Discursar contra a imprensa, a universidade e intelectuais não constrói nenhum país; na verdade, só os destrói”.
Bolsonaro
No início deste mês, o presidente da República, Jair Bolsonaro, também questionou o tema de um trabalho do psicólogo, sexólogo e ex-BBB, Mahmoud Baydoun. As críticas foram feitas em seu Twitter. “Coréia do Sul lidera mundialmente o investimento em pesquisas e desenvolvimento de projetos (startups), enquanto que os mesmos setores, no Brasil, (investem) em simpósios de como fazer sexo anal sem sentir dor. Se depender de mim, a prioridade e seriedade terão outro direcionamento em breve”, publicou ele, compartilhando, em seguida, uma foto de Mahmoud ao lado de seu trabalho.
O psicólogo e ex-BBB respondeu ao post do presidente da República.“Eu nem sabia que o presidente tinha tweetado meu trabalho sobre anodispareunia, resultado de uma pesquisa realizada no curso de sexologia da USP. O trabalho foi apresentado em Campinas e em Praga no Congresso Internacional de Saúde Sexual. E você presidente, se formou onde?!”, escreveu Mahmoud em seu Twitter.
Com informações de Bruno Mazieri-diarioam.com.
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