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Juiz determina afastamento de Antonio Rocha da presidência da Câmara

Afastamento é de 180 dias. Além de Antônio Rocha (MDB), mais quatro pessoas foram denunciadas por peculato, incluindo o diretor geral da Casa Legislativa.

Câmara de Vereadores em Santarém — Foto: Adonias Silva/G1

A Justiça de Santarém, no oeste do Pará, determinou medidas cautelares nesta sexta-feira (14), após ter sido protocolada denúncia contra o atual presidente da Câmara de Vereadores, Antônio Rocha (MDB), e o diretor geral da Casa Legislativa, Sandro Lopes. A denúncia ainda não foi aceita. Os denunciados serão notificados para apresentar defesa prévia.

As cautelares concedidas pela Justiça determinam o afastamento das funções, por 180 dias, do vereador Antônio Rocha e de Sandro Lopes, e sequestro de bens de Bruna Torselli no valor de R$ 13.450. Também foram denunciados Bruna Figueira Torselli, Esequiel Aquino de Azevedo e Pedro Gilson Valério de Oliveira, por crime de peculato na modalidade continuada.

Com a decisão judicial, o cargo de presidente do legislativo santareno fica sob responsabilidade do vereador Junior Tapajós (PR) até 1º de janeiro de 2018, quando o presidente eleito para o biênio 2019-2020, vereador Emir Aguiar passa a assumir o cargo.


Nas investigações, segundo o Ministério Público, em decorrência da operação Perfuga, deu-se a conhecer que Bruna Figueira Torselli, inicialmente identificada como “aquela do PMDB”, estava trabalhando no escritório do PMDB, todavia recebendo como se na Câmara dos Vereadores estivesse dando expediente.


Os áudios dão conta que Esequiel Aquino entrou em contato com seu tio, o vereador Antônio Rocha, para tratar acerca de Bruna Figueira Torselli, sobre a possibilidade que esta permanecesse ou não como lotada no gabinete do parlamentar presidente.


Ainda de acordo com o MPPA, na ocasião, tio e sobrinho passaram demonstrar essa preocupação com a lotação de Bruna, eis que o Órgão Ministerial havia solicitado informações, através de ofício, sobre a quantidade de servidores lotados naquela casa legislativa.


O Ministério Público contatou, em relação ao denunciado Pedro Gilson, que ele havia lotado a mãe como servidora pública na Câmara de Vereadores. As ações se deram com anuência do ex-presidente da Câmara Reginaldo Campos, eis que a inserção como servidora se deu desde 2015. Na atual gestão, que teve início em 2017, a inserção se deu com anuência de Sandro Tarcito Lopes, diretor da Câmara Municipal, o qual, segundo o MP, concordou com a conduta.



*Com informações do MPPA e G1

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