Em entrevista a revista Topviewel Rosângela Moro,conta que “O pior tribunal é a internet” e desabafa “Algumas limitações impostas incomodam. Aprendi a ser mais paciente e mais tolerante. Um exemplo é que você vê as redes sociais e todo mundo está falando o que bem quer, então eu aprendi a lidar com isso e estou bem mais tolerante”. dispara Rosângela Moro em entrevista EXCLUSIVA!
Logo no primeiro contato, ela deixou claro que a entrevista não seria com a esposa do juiz da Lava Jato. Rosângela Wolff Moro, dona de uma personalidade forte e de um sorriso que surge fácil, não se recusou a falar de como a maior operação de combate à corrupção da história do país mudou a sua rotina e a de sua família, mas fez questão de mostrar que tem vida e luz próprias. À frente de um escritório especializado no terceiro setor, a advogada tem atuação profissional intensa e usou essa rotina pesada de trabalho para driblar os holofotes que vieram com as investigações da Petrobras. Filha de uma alfabetizadora de escola pública e de um mestre de obras, ela teve uma infância simples e escolheu a profissão a pedido do pai, que queria uma filha doutora. Foi na universidade, aliás, que conheceu o marido, então seu professor de Constitucional. Em 2018, o casamento com Sérgio Moro atingiu a maioridade. Além das teses jurídicas dos clientes, Rosângela também se preocupa em cuidar da família, em manter seu estilo clássico e com o destino do país – como respondeu, com uma gostosa risada, sobre um possível futuro na política.
“Todas as minhas conquistas profissionais até aqui foram fruto de outras coisas, não do meu casamento.”
O fato de ser uma pessoa famosa ajuda ou prejudica a rotina de seu escritório?
A notoriedade do meu marido não faz de mim uma pessoa famosa. As pessoas passaram a ter interesse em saber quem é a esposa e o que ela faz. Eu e Sérgio sempre separamos muito as nossas atividades, um não interfere no trabalho do outro, em nada. Nós conversamos muito, trocamos ideias sobre questões jurídicas, mas sem nenhuma interferência. Se você for ao gabinete dele, não encontrará um porta-retrato com a minha foto e vice-versa. É o espaço único de cada um. Todas as minhas conquistas profissionais até aqui foram fruto de outras coisas, não do meu casamento.
Houve mudanças na Rosângela depois da exposição na Lava Jato?
Sim.
Quando você percebeu que esse caso era diferente de todos os outros que o seu marido já julgou?
Foi naquele domingo de agosto [2013], em que eu vi as pessoas na rua. Ali, a ficha caiu.
O que você pensou na hora?
“Que legal, o Sérgio está contribuindo. É uma das engrenagens que estão contribuindo para um país melhor. Está fazendo o trabalho dele, que sirva de inspiração para todo mundo fazer o seu.”
Em março, a Lava Jato completou quatro anos. A exposição ainda a incomoda? O que você aprendeu nesse período?
Algumas limitações impostas incomodam. Aprendi a ser mais paciente e mais tolerante. Um exemplo é que você vê as redes sociais e todo mundo está falando o que bem quer, então eu aprendi a lidar com isso e estou bem mais tolerante. Durante esses quatro anos, o que eu mais fiz, até para ficar mais alheia a tudo e manter a minha sanidade, foi mergulhar em trabalho. Eu nunca trabalhei tanto na minha vida como nesses últimos quatro anos.
Por que “manter a sanidade”? É insana a rotina?
Não. A nossa rotina não é insana, insano é tudo o que você vê acontecendo, a repercussão que teve, os cuidados que você tem que tomar, a [equipe de] segurança que tem que passar a usar. É como se jogassem uma bola na sua mão e falassem: “segura essa”.
“A insatisfação é a força propulsora de mudança. Cabe à sociedade ir atrás dessas mudanças.”
Você já foi vítima de fake news?
Nossa, muitas vezes! Chateia mais quando veiculam matérias falsas sobre a minha família e os meus amigos. Eles não têm nada a ver com as consequências da Operação Lava Jato, que é o verdadeiro alvo das fake news. A Lava Jato sacudiu a cultura da impunidade e, como familiares e amigos do juiz, ficamos sujeitos às notícias falsas. Eu sou absolutamente a favor da liberdade de expressão e lido bem com as críticas. Acho que as diferenças são importantes e promovem um debate saudável. Como lida com isso? Não costumo responder às críticas ou a fake news, salvo uma vez que tentaram me vincular a partidos políticos e tuitei dizendo que não era de partido nenhum. Foi um momento de fúria, me senti injustiçada. Depois, ao longo desses quase quatro anos, aprendi muito. Aprendi a ouvir as críticas que considero construtivas, que não adiantaria bater de frente com falsos jornalistas ou debater com quem não quer um debate, só quer ofender. Poderia processar todo mundo? Sim, poderia. Mas não quero dedicar meu tempo a isso, a pessoas ruins, rancorosas e com ódio. Demanda, toma tempo, consome energia e a minha eu direciono à família, ao trabalho e a amigos, nessa ordem.
E quanto à repercussão das fake news?
A discussão é outra. Se, de um lado, as redes sociais aproximam pessoas, de outro, abrem portas para todo mundo se achar jornalista, blogueiro e difundir suas opiniões e julgamentos em geral. As pessoas julgam e julgam muito mal quando veem uma foto, quando leem uma manchete e acham que compreenderam a matéria. As pessoas julgam e julgam muito mal quando replicam notícias sem sequer checar a fonte. O pior tribunal é a internet. É como se a leitura do primeiro capítulo de um livro fosse suficiente para compreender toda a obra e é óbvio que não é. Mas isso está na cultura da população. Como se muda a cultura de um povo? A mim, parece que só existe uma resposta: investir na educação e formar indivíduos que saibam tirar as suas próprias conclusões, ainda que destoem do pensamento da maioria, porque serão opiniões legítimas e não replicadas.
Atuando com o terceiro setor, as pessoas confundem o seu trabalho com caridade?
Sim, na maioria das vezes. Meu trabalho é com as entidades do terceiro setor. O primeiro setor é o Estado, o segundo é o mercado competitivo e o terceiro é a atuação das entidades sem finalidade lucrativa, que exercem finalidades públicas com recursos públicos, as conhecidas ONGs. O fato é que elas não exercem políticas assistencialistas, mas defesa de direitos e prestação de serviços públicos. Os recursos públicos nos regimes de parceria não vão para as entidades acumularem riquezas para si ou para seus dirigentes, mas para custear um serviço de interesse público e social, como educação, saúde e assistência social, que poderia ser prestado pelo Estado, que, por sua vez, optou por fazer por meio do regime de parceria. Se essa dinâmica for bem compreendida, fica claro que as entidades são verdadeiras parceiras do Estado e prestam relevantes serviços. Claro que, onde há ser humano, haverá falhas, e haverá falhas graves, mas o ordenamento possui mecanismos de controle do correto uso do dinheiro público e medidas coercitivas para punir a malversação.
Como você define seu estilo?
(Risos) [A jornalista] Maria Rita Alonso me definiu com precisão: clássica sim, careta não. Sou mesmo clássica no modo de me vestir, nas atitudes e nos relacionamentos. A moda, para mim, é compreender o que cai bem em cada um e, se for seguir uma tendência, que seja com bom senso. O espelho é o melhor amigo. Eu não sou fiel a nenhuma grife, mas não abro mão de roupas de bom corte. Menos quantidade e mais qualidade, esse é meu lema em se tratando de roupas. E também de amizades.
Você costuma repetir roupas?
Não há nada de errado em repetir, mas, para ser usada várias vezes, precisa ter qualidade. Aquelas roupas que duram uma temporada ou roupas fast fashion não são a minha opção. As pessoas, hoje, consomem alimentos saudáveis e orgânicos, pagam a mais por eles, porque se preocupam com a saúde e com a sustentabilidade ambiental. Com as roupas, precisamos ter o mesmo raciocínio. A indústria da moda consome recursos do meio ambiente e é responsabilidade de todos nós preservá-los. Privilegiar a moda sustentável e adquirir o necessário é, na minha opinião, sinônimo de elegância, beleza e estilo.
“Eu teria muito que aprender para ter alguma pretensão política pela frente.”
E nas suas atitudes, você também é clássica?
Nas atitudes, também sou clássica, no sentido de conservadora. E nos relacionamentos também. Se um garoto de 20 anos abrir a porta do carro para uma menina, uma amiga ou crush, pode virar motivo de piada. Eu? Eu acho o máximo.
Um ícone de estilo…
Michelle Obama.
Você já fez plástica?
Não, só de reparação das orelhas.
Você é religiosa?
Sim. Tenho enorme fé em Deus. Não costumo ir a missas, prefiro ir à Igreja quando ela está em silêncio.
Quem é o seu grande conselheiro?
Eu e meu marido conversamos muito e acredito que mutuamente nos aconselhamos.
O segredo para um casamento duradouro…
Cumplicidade. Respeito. E muitas risadas.
O que prioriza na hora de educar seus filhos? Você os protege como?
Estudar é a prioridade. Se as notas são ruins, é preciso avaliar se é dificuldade ou estudo insuficiente. Se é dificuldade, é preciso ajudar a superar; se é estudo insuficiente, aí eu sou bem mais rígida. E os protejo como toda mãe.
Como você vê o Brasil do futuro para seus filhos?
É preciso ter esperança. Eu vejo uma sociedade mais consciente e mais intolerante com a má gestão dos interesses públicos. Eu vejo uma sociedade insatisfeita com a atuação estatal nas áreas básicas de educação, saúde, segurança, economia, empregabilidade. E a insatisfação é a força propulsora de mudança. Cabe à sociedade ir atrás dessas mudanças.
Em uma mensagem de fim de ano, você insistiu na questão do voto consciente. Pretende fazer dessa a sua causa para este ano eleitoral?
Não. Em relação às eleições gerais, eu somente desejo que os brasileiros votem de maneira consciente – ou a multidão que vimos nas ruas e que entusiasmou o Brasil perdeu o seu tempo.
Já teve alguma pretensão política?
(Risos) Eu tenho muito o que aprender. Por trabalhar com o terceiro setor, a gente acaba tendo muito contato com pessoas do poder público para discutir a implementação de políticas públicas e, às vezes, eu me deparo com algumas coisas com as quais não concordo e penso: “nossa, eu poderia fazer muito melhor”. Mas eu teria muito que aprender para ter alguma pretensão política pela frente.
Seria um sonho?
Não, não chega a ser nem sonho.
Logo no primeiro contato, ela deixou claro que a entrevista não seria com a esposa do juiz da Lava Jato. Rosângela Wolff Moro, dona de uma personalidade forte e de um sorriso que surge fácil, não se recusou a falar de como a maior operação de combate à corrupção da história do país mudou a sua rotina e a de sua família, mas fez questão de mostrar que tem vida e luz próprias. À frente de um escritório especializado no terceiro setor, a advogada tem atuação profissional intensa e usou essa rotina pesada de trabalho para driblar os holofotes que vieram com as investigações da Petrobras. Filha de uma alfabetizadora de escola pública e de um mestre de obras, ela teve uma infância simples e escolheu a profissão a pedido do pai, que queria uma filha doutora. Foi na universidade, aliás, que conheceu o marido, então seu professor de Constitucional. Em 2018, o casamento com Sérgio Moro atingiu a maioridade. Além das teses jurídicas dos clientes, Rosângela também se preocupa em cuidar da família, em manter seu estilo clássico e com o destino do país – como respondeu, com uma gostosa risada, sobre um possível futuro na política.
“Todas as minhas conquistas profissionais até aqui foram fruto de outras coisas, não do meu casamento.”
O fato de ser uma pessoa famosa ajuda ou prejudica a rotina de seu escritório?
A notoriedade do meu marido não faz de mim uma pessoa famosa. As pessoas passaram a ter interesse em saber quem é a esposa e o que ela faz. Eu e Sérgio sempre separamos muito as nossas atividades, um não interfere no trabalho do outro, em nada. Nós conversamos muito, trocamos ideias sobre questões jurídicas, mas sem nenhuma interferência. Se você for ao gabinete dele, não encontrará um porta-retrato com a minha foto e vice-versa. É o espaço único de cada um. Todas as minhas conquistas profissionais até aqui foram fruto de outras coisas, não do meu casamento.
Houve mudanças na Rosângela depois da exposição na Lava Jato?
Sim.
Quando você percebeu que esse caso era diferente de todos os outros que o seu marido já julgou?
Foi naquele domingo de agosto [2013], em que eu vi as pessoas na rua. Ali, a ficha caiu.
O que você pensou na hora?
“Que legal, o Sérgio está contribuindo. É uma das engrenagens que estão contribuindo para um país melhor. Está fazendo o trabalho dele, que sirva de inspiração para todo mundo fazer o seu.”
Em março, a Lava Jato completou quatro anos. A exposição ainda a incomoda? O que você aprendeu nesse período?
Algumas limitações impostas incomodam. Aprendi a ser mais paciente e mais tolerante. Um exemplo é que você vê as redes sociais e todo mundo está falando o que bem quer, então eu aprendi a lidar com isso e estou bem mais tolerante. Durante esses quatro anos, o que eu mais fiz, até para ficar mais alheia a tudo e manter a minha sanidade, foi mergulhar em trabalho. Eu nunca trabalhei tanto na minha vida como nesses últimos quatro anos.
Por que “manter a sanidade”? É insana a rotina?
Não. A nossa rotina não é insana, insano é tudo o que você vê acontecendo, a repercussão que teve, os cuidados que você tem que tomar, a [equipe de] segurança que tem que passar a usar. É como se jogassem uma bola na sua mão e falassem: “segura essa”.
“A insatisfação é a força propulsora de mudança. Cabe à sociedade ir atrás dessas mudanças.”
Você já foi vítima de fake news?
Nossa, muitas vezes! Chateia mais quando veiculam matérias falsas sobre a minha família e os meus amigos. Eles não têm nada a ver com as consequências da Operação Lava Jato, que é o verdadeiro alvo das fake news. A Lava Jato sacudiu a cultura da impunidade e, como familiares e amigos do juiz, ficamos sujeitos às notícias falsas. Eu sou absolutamente a favor da liberdade de expressão e lido bem com as críticas. Acho que as diferenças são importantes e promovem um debate saudável. Como lida com isso? Não costumo responder às críticas ou a fake news, salvo uma vez que tentaram me vincular a partidos políticos e tuitei dizendo que não era de partido nenhum. Foi um momento de fúria, me senti injustiçada. Depois, ao longo desses quase quatro anos, aprendi muito. Aprendi a ouvir as críticas que considero construtivas, que não adiantaria bater de frente com falsos jornalistas ou debater com quem não quer um debate, só quer ofender. Poderia processar todo mundo? Sim, poderia. Mas não quero dedicar meu tempo a isso, a pessoas ruins, rancorosas e com ódio. Demanda, toma tempo, consome energia e a minha eu direciono à família, ao trabalho e a amigos, nessa ordem.
E quanto à repercussão das fake news?
A discussão é outra. Se, de um lado, as redes sociais aproximam pessoas, de outro, abrem portas para todo mundo se achar jornalista, blogueiro e difundir suas opiniões e julgamentos em geral. As pessoas julgam e julgam muito mal quando veem uma foto, quando leem uma manchete e acham que compreenderam a matéria. As pessoas julgam e julgam muito mal quando replicam notícias sem sequer checar a fonte. O pior tribunal é a internet. É como se a leitura do primeiro capítulo de um livro fosse suficiente para compreender toda a obra e é óbvio que não é. Mas isso está na cultura da população. Como se muda a cultura de um povo? A mim, parece que só existe uma resposta: investir na educação e formar indivíduos que saibam tirar as suas próprias conclusões, ainda que destoem do pensamento da maioria, porque serão opiniões legítimas e não replicadas.
Atuando com o terceiro setor, as pessoas confundem o seu trabalho com caridade?
Sim, na maioria das vezes. Meu trabalho é com as entidades do terceiro setor. O primeiro setor é o Estado, o segundo é o mercado competitivo e o terceiro é a atuação das entidades sem finalidade lucrativa, que exercem finalidades públicas com recursos públicos, as conhecidas ONGs. O fato é que elas não exercem políticas assistencialistas, mas defesa de direitos e prestação de serviços públicos. Os recursos públicos nos regimes de parceria não vão para as entidades acumularem riquezas para si ou para seus dirigentes, mas para custear um serviço de interesse público e social, como educação, saúde e assistência social, que poderia ser prestado pelo Estado, que, por sua vez, optou por fazer por meio do regime de parceria. Se essa dinâmica for bem compreendida, fica claro que as entidades são verdadeiras parceiras do Estado e prestam relevantes serviços. Claro que, onde há ser humano, haverá falhas, e haverá falhas graves, mas o ordenamento possui mecanismos de controle do correto uso do dinheiro público e medidas coercitivas para punir a malversação.
Como você define seu estilo?
(Risos) [A jornalista] Maria Rita Alonso me definiu com precisão: clássica sim, careta não. Sou mesmo clássica no modo de me vestir, nas atitudes e nos relacionamentos. A moda, para mim, é compreender o que cai bem em cada um e, se for seguir uma tendência, que seja com bom senso. O espelho é o melhor amigo. Eu não sou fiel a nenhuma grife, mas não abro mão de roupas de bom corte. Menos quantidade e mais qualidade, esse é meu lema em se tratando de roupas. E também de amizades.
Você costuma repetir roupas?
Não há nada de errado em repetir, mas, para ser usada várias vezes, precisa ter qualidade. Aquelas roupas que duram uma temporada ou roupas fast fashion não são a minha opção. As pessoas, hoje, consomem alimentos saudáveis e orgânicos, pagam a mais por eles, porque se preocupam com a saúde e com a sustentabilidade ambiental. Com as roupas, precisamos ter o mesmo raciocínio. A indústria da moda consome recursos do meio ambiente e é responsabilidade de todos nós preservá-los. Privilegiar a moda sustentável e adquirir o necessário é, na minha opinião, sinônimo de elegância, beleza e estilo.
“Eu teria muito que aprender para ter alguma pretensão política pela frente.”
E nas suas atitudes, você também é clássica?
Nas atitudes, também sou clássica, no sentido de conservadora. E nos relacionamentos também. Se um garoto de 20 anos abrir a porta do carro para uma menina, uma amiga ou crush, pode virar motivo de piada. Eu? Eu acho o máximo.
Um ícone de estilo…
Michelle Obama.
Você já fez plástica?
Não, só de reparação das orelhas.
Você é religiosa?
Sim. Tenho enorme fé em Deus. Não costumo ir a missas, prefiro ir à Igreja quando ela está em silêncio.
Quem é o seu grande conselheiro?
Eu e meu marido conversamos muito e acredito que mutuamente nos aconselhamos.
O segredo para um casamento duradouro…
Cumplicidade. Respeito. E muitas risadas.
O que prioriza na hora de educar seus filhos? Você os protege como?
Estudar é a prioridade. Se as notas são ruins, é preciso avaliar se é dificuldade ou estudo insuficiente. Se é dificuldade, é preciso ajudar a superar; se é estudo insuficiente, aí eu sou bem mais rígida. E os protejo como toda mãe.
Como você vê o Brasil do futuro para seus filhos?
É preciso ter esperança. Eu vejo uma sociedade mais consciente e mais intolerante com a má gestão dos interesses públicos. Eu vejo uma sociedade insatisfeita com a atuação estatal nas áreas básicas de educação, saúde, segurança, economia, empregabilidade. E a insatisfação é a força propulsora de mudança. Cabe à sociedade ir atrás dessas mudanças.
Em uma mensagem de fim de ano, você insistiu na questão do voto consciente. Pretende fazer dessa a sua causa para este ano eleitoral?
Não. Em relação às eleições gerais, eu somente desejo que os brasileiros votem de maneira consciente – ou a multidão que vimos nas ruas e que entusiasmou o Brasil perdeu o seu tempo.
Já teve alguma pretensão política?
(Risos) Eu tenho muito o que aprender. Por trabalhar com o terceiro setor, a gente acaba tendo muito contato com pessoas do poder público para discutir a implementação de políticas públicas e, às vezes, eu me deparo com algumas coisas com as quais não concordo e penso: “nossa, eu poderia fazer muito melhor”. Mas eu teria muito que aprender para ter alguma pretensão política pela frente.
Seria um sonho?
Não, não chega a ser nem sonho.
Por Marc Sousa
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