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Empresários do ramo de combustíveis são presos durante operação da Polícia Civil

 Objetivo é desarticular esquema de roubo de combustíveis. Até o momento já foram apreendidos mais de 6 mil litros de materiais ilícitos

A maioria dos alvos são donos de pontões que já tempo vinham praticando o crime (Foto: Reprodução Internet)


Joana QueirozManaus (AM)


Policiais da Delegacia Especializada em Roubos Furtos e Defraudações (DERFD) deflagraram na manhã desta terça-feira (6), a "Operação Alfeu", com objetivo de desarticular um esquema de roubo de combustível. Três empresários do ramo foram presos. Até o momento já foram apreendidos mais de 6 mil litros de combustível roubados.

De acordo com o titular da Derfd, Adriano Félix, os policiais estão indo de helicóptero para o município de Manicoré para dar cumprimento a outros mandados de prisões. Félix explicou que a maioria dos alvos são donos de pontões que há tempo vinham praticando essa espécie de crime.

Conforme o delegado, mais pessoas deveriam ter sido presas, mas a justiça indeferiu três pedidos de prisões. Após a apreensão do material, os policiais vão se encaminhar para a unidade policial em Manaus.

Maior desvio de combustíveis

Segundo o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas (Sindarma), a quadrilha investigada durante a operação furtou 642 mil litros de gasolina em novembro de 2017. O produto foi furtado de balsa e transportado em pequenas embarcações. O esquema gerou um prejuízo de cerca de R$ 2.000.000,00

O Sindarma também informou que a gasolina foi furtada durante três dias de uma balsa. A embarcação estava atracada em um porto da empresa que transporta combustíveis. O terminal portuário fica na margem do Rio Negro, nas proximidades do Porto da Ceasa, na Zona Sul de Manaus.

A quadrilha furtou a carga antes que ela fosse transportada para Santarém e Itaituba no Pará. Os desvios do combustível ocorreram durante a madrugada e contou com conivência de um vigilante da empresa de transporte aquaviário, que saia do local no momento que os criminosos agiam.

Polícia começou a investigar

Ainda conforme o Sindarma, o desvio foi percebido quando os trabalhadores da empresa de navegação abriram a balsa e detectaram que a carga estava incompleta. O proprietário da empresa procurou a Polícia Civil e registrou Boletim de Ocorrência. A DERFD iniciou investigações ainda no ano passado. O vigia da empresa confessou que recebeu R$ 1.500 para facilitar o furto da carga de combustíveis.

O órgão informou que a Polícia Civil com autorização da justiça monitorou com escutas telefônicas os suspeitos de participação no furto e na receptação do combustível. O Sindarma auxiliou nas investigações.

“As quadrilhas que furtam e roubam combustíveis nos rios da região têm atuado com frequência. A ação criminosa gera prejuízos para empresas e transportadoras, além de fomentar um comércio ilegal de combustíveis, que gera sonegação de impostos e outros tipos de crimes. A atuação da polícia em combater esse maior furto de combustível registrado no Amazonas é importante e inibirá a prática criminosa”, afirmou o presidente do Sindarma, Galdino Alencar Júnior.

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