Comoção e pedido de justiça no enterro do Advogado Wilson de Lima Justo Filho, morto pelo delegado Gustavo Sotero, no Porão do Alemão.
Fabíola acompanhou enterro sentada por conta de ferimento na perna esquerda. Ela também foi baleada pelo delegado Gustavo Sotero (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Fabíola acompanhou enterro sentada por conta de ferimento na perna esquerda. Ela também foi baleada pelo delegado Gustavo Sotero (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Esposa se despede em enterro de advogado morto em bar de Manaus: 'Vamos ter justiça'
Corpo foi sepultado na manhã deste domingo (26). Esposa também foi baleada
Corpo foi sepultado na manhã deste domingo (26). Esposa também foi baleada
O corpo do advogado Wilson de Lima Justo Filho, morto com um tiro no bar Porão do Alemão, foi enterrado na manhã deste domingo (26), no cemitério São João Batista, no Centro de Manaus. A despedida emocionou amigos e familiares do advogado, que tinha 35 anos. A esposa de Wilson, Fabíola Rodrigues, que também foi baleada, pediu por justiça. O delegado Gustavo Sotero foi preso pelo crime. "Nós vamos te representar. Dou aqui a minha palavra. Eu garanto que você vai ter justiça, a justiça que você merece, a justiça que você lutava", disse Fabíola para o caixão com o corpo do marido.
Corpo do advogado Wilson Justo é enterrado em Manaus (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Após as falas de Fabíola, de uma tia de Wilson e de dois amigos da vítima, o caixão foi coberto por coroas de flores.
Amigos emocionados no enterro de Wilson Justo (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
O servidor público e amigo próximo de Wilson, Marcelo Dias, de 39 anos, lembrou momentos com o advogado.
“O Wilson foi enterrado como uma celebridade. Ele não tinha desavença com ninguém. Era pai de família, era sempre muito conciliador e ético. Estudei com ele na escola e faculdade, ele era meu advogado. Ele estava sempre disponível, era sempre o mais alegre, mais sorridente. Esse tipo de pessoa contagia”, comentou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy, disse que a entidade vai participar ativamente do processo de acusação de Gustavo Sotero. "Esperamos que o delegado vá a júri popular. Não se atira a esmo em uma direção sem assumir o risco pelo resultado morte. A OAB pediu a oitiva de mais uma testemunha no inquérito", explicou.
Ainda de acordo com Choy, a Ordem pediu a proibição de entrada de policiais armados em festas e bares fora de horário de serviço. "A morte do Wilson tem que ser emblemática não apenas porque morreu um advogado", sintetizou.
Vítimas
O advogado Wilson de Lima Justo Filho, de 35 anos, morreu depois ser baleado dentro da casa noturna, por volta das 2h. Ainda ficaram feridos a esposa do advogado, Fabiola Rodrigues Pinto de Oliveira, de 31 anos, que foi atingida na perna esquerda.
Yuri Paiva, de 45 anos, foi baleado no abdômen e Maurício Rocha, 35, foi atingido no dorso esquerdo.
Procedimento administrativo
A corregedora geral do Sistema de Segurança Pública, Iris Trevisan, afirmou que um procedimento administrativo em torno da ação do delegado já foi instaurado por ela.
“Nesta situação, já determinei pela instauração de um procedimento administrativo disciplinar (Pad), por ser algo mais sério. Que pode culminar, inclusive, na demissão a bem do serviço público. O prazo de processamento deste Pad é de 90 dias, podendo ser prorrogado, dependendo do volume de diligências que ele exija”, disse.
Em nota, o Porão do Alemão informou que lamenta o ocorrido. "Todos sabem o quanto prezamos pela segurança, revistando, abordando e nunca permitindo que civis adentrem a casa armados. Porém muitos não conhecem a Lei 10.826/03 (https://goo.gl/izqze) bem como a Portaria Normativa N.º 09/2013-GDG/PC que permite que policiais estejam armados, inclusive em casas noturnas, eventos públicos ou privados. O policial passou pelo nosso rigoroso sistema de revista e registro, tendo sua arma cautelada".
Corpo do advogado Wilson Justo é enterrado em Manaus (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
Após as falas de Fabíola, de uma tia de Wilson e de dois amigos da vítima, o caixão foi coberto por coroas de flores.
Amigos emocionados no enterro de Wilson Justo (Foto: Patrick Marques/G1 AM)
O servidor público e amigo próximo de Wilson, Marcelo Dias, de 39 anos, lembrou momentos com o advogado.
“O Wilson foi enterrado como uma celebridade. Ele não tinha desavença com ninguém. Era pai de família, era sempre muito conciliador e ético. Estudei com ele na escola e faculdade, ele era meu advogado. Ele estava sempre disponível, era sempre o mais alegre, mais sorridente. Esse tipo de pessoa contagia”, comentou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB-AM), Marco Aurélio Choy, disse que a entidade vai participar ativamente do processo de acusação de Gustavo Sotero. "Esperamos que o delegado vá a júri popular. Não se atira a esmo em uma direção sem assumir o risco pelo resultado morte. A OAB pediu a oitiva de mais uma testemunha no inquérito", explicou.
Ainda de acordo com Choy, a Ordem pediu a proibição de entrada de policiais armados em festas e bares fora de horário de serviço. "A morte do Wilson tem que ser emblemática não apenas porque morreu um advogado", sintetizou.
Vítimas
O advogado Wilson de Lima Justo Filho, de 35 anos, morreu depois ser baleado dentro da casa noturna, por volta das 2h. Ainda ficaram feridos a esposa do advogado, Fabiola Rodrigues Pinto de Oliveira, de 31 anos, que foi atingida na perna esquerda.
Yuri Paiva, de 45 anos, foi baleado no abdômen e Maurício Rocha, 35, foi atingido no dorso esquerdo.
Procedimento administrativo
A corregedora geral do Sistema de Segurança Pública, Iris Trevisan, afirmou que um procedimento administrativo em torno da ação do delegado já foi instaurado por ela.
“Nesta situação, já determinei pela instauração de um procedimento administrativo disciplinar (Pad), por ser algo mais sério. Que pode culminar, inclusive, na demissão a bem do serviço público. O prazo de processamento deste Pad é de 90 dias, podendo ser prorrogado, dependendo do volume de diligências que ele exija”, disse.
Em nota, o Porão do Alemão informou que lamenta o ocorrido. "Todos sabem o quanto prezamos pela segurança, revistando, abordando e nunca permitindo que civis adentrem a casa armados. Porém muitos não conhecem a Lei 10.826/03 (https://goo.gl/izqze) bem como a Portaria Normativa N.º 09/2013-GDG/PC que permite que policiais estejam armados, inclusive em casas noturnas, eventos públicos ou privados. O policial passou pelo nosso rigoroso sistema de revista e registro, tendo sua arma cautelada".
Tucuximy/ com informações do Por G1 AM
Comentários
Postar um comentário
Seja bem vindo
que você achou?
Meta o dedo
Deixe seu comentário