Empurrador que conduzia nove balsas que colidiram com navio foi identificado por scanner.
Acidente aconteceu na última quarta (2) no Pará.
Uma semana após a colisão entre duas embarcações de grande porte no rio Amazonas, no município do Óbidos, no Pará, as nove pessoas que estavam a bordo ainda não foram localizadas. O empurrador da empresa Bertolini, que naufragou depois do acidente, também continua submerso.
Mesmo com uma força-tarefa formada por mergulhadores do Corpo de Bombeiros, agentes das polícias Federal e Militar , além de embarcações regionais, a operação tem se mostrado complexa devido a falta de nitidez das águas do rio Amazonas, além da forte correnteza. De acordo com a Marinha do Brasil, as buscas pelos sete tripulantes e dois passageiros continuam.
Para auxiliar as buscas, a Capitania Fluvial de Santarém solicitou apoio de Manaus, do Navio Hidroceanográfico Fluvial “Rio Branco”, que possui equipamento de alta precisão, para conseguir recuperar o empurrador. O Navio-Patrulha Bocaina, de Belém (PA), também apoia a operação.
Nesta segunda-feira (7), os agentes conseguiram identificar com um scanner o local que a embarcação está naufragada, mas como se tratar de uma região de difícil acesso, ainda não foi possível removê-la. A Marinha também informou que a empresa Mercosul, dona do navio mercante, entregou as gravações do Voyage Data Recorder (VDR) que auxiliarão na conclusão do Inquérito Administrativo já instaurado pela Capitania.
Com VDR será possível obter diversas informações do navio, incluindo rumo, velocidade, posição pelo GPS (Sistema de Posicionamento Global), regime das máquinas e gravação das conversas na torre de comando. As causas do acidente só serão divulgadas depois da conclusão do inquérito.
Sentidos opostos
O acidente aconteceu na última quarta-feira, por volta das 4h30 quanto o empurrador de um comboio de balsas da Bertolini colidiu com o navio mercante Mercosul Santos. Segundo o comandante da Capitania de Santarém, Ricardo Barbosa, o comboio da Bertolini saiu de Porto Velho (RO) com destino à Santarém, e transportava uma carga de milho. Já o navio mercante, saiu do porto de Suape, em Recife (PE), com destino à Manaus. A embarcação transportava carga geral em containeres.
Apesar da proporção do naufrágio, a capitania informou que não há informações sobre vazamento de óleo ou qualquer outro dano ambiental causado após o acidente. E, de acordo com o Corpo de Bombeiros, a região onde aconteceu o acidente o rio Amazonas tem profundidade de até 70 metros, o que pode dificultar as buscas.
Famílias
Os familiares das vítimas acompanham o andamento das buscas, em Óbidos. De acordo com a Marinha, uma comissão de quatro pessoas (familiares das vítimas) foi formada para receberem informações diariamente dos órgãos envolvidos.
O comandante da Capitania Fluvial de Santarém, Ricardo Barbosa, explicou que se, em alguns momentos os familiares que acompanham as buscas não veem os bombeiros e nem a lancha da capitania, isso se deve ao fato de que a varredura está sendo feita em vários pontos, conforme o sentido da correnteza.
O comandante do 4º Grupamento de Bombeiros Militar, tenente-coronel Luiz Cláudio, também disse que a falta de nitidez da água e a forte correnteza dificulta no trabalho das buscas.
Com informações de Kelly Melo jornal A Crítica
Foto – Marcos Cantuário/Site Jeso Carneiro
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