Informatica

Deputado tem o celular clonado e amigos acabam transferindo dinheiro para 'hacker'



Celular de Hissa Abrahão é clonado e amigos acabam transferindo dinheiro para 'hacker'

acritica.com Manaus (AM)

Infrator usou WhatsApp com o número do deputado federal amazonense e conseguiu convencer amigos do parlamentar a transferir dinheiro a uma conta bancária


O deputado federal Hissa Abrahão teve o telefone celular clonado e amigos dele acabaram caindo em um golpe, transferindo dinheiro para contas bancárias a pedido do 'hacker', que fingia ser o parlamentar.

O golpe foi revelado pelo próprio deputado, em nota enviada à imprensa na tarde desta quinta-feira. De acordo com ele, o caso já foi registrado na Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e está sob a investigação do delegado Guilherme Torres.

Hissa relatou, na nota, que o infrator, usando o número de WhatsApp do deputado, acessou grupos de trabalho e pediu que os participantes enviassem quantias em dinheiro a uma determinada conta sob a justificativa de que o limite diário havia sido excedido. O valor seria, segundo o criminoso, devolvido no dia seguinte, o que acabava não acontecendo.



Segundo Hissa, alguns funcionários e amigos caíram no golpe e não perceberam que a conta para o qual o dinheiro era transferido sequer era do parlamentar. O deputado afirmou, na nota, que o golpe só veio à tona na manhã desta quinta-feira (11), quando se deparou com ao menos quatro pessoas cobrando o valor das transferências.

Na nota, o deputado pede a quem recebeu mensagens pelo número (092) 99152-7939 que não responda e denuncie o caso à polícia. A quem foi vítima, Hissa solicita que o cidadão se dirija ao DRCO, que fica na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil, bairro Dom Pedro, Zona Oeste, para denunciar o caso.

Investigações

De acordo com o delegado, crimes envolvendo o WhatsApp no Amazonas ainda não são tão comuns. "Estamos investigando, se o criminoso utilizou de redes de Wi-Fi para conseguir ter as informações do telefone. Os crimes dentro da internet estão evoluindo a cada dia”, disse.

Conforme Guilherme, os criminosos quando forem encontrados devem responder por estelionato. “O crime é antigo. O que muda é a forma que ele é praticado. Os criminosos entraram no WhatsApp do deputado e pediram para que seus amigos depositassem uma quantidade de dinheiro em diferentes contas fora do estado.Queremos encontrar essas contas, para tentarmos fazer com que as vítimas sejam ressarcidas”, comentou o delegado, acrescentando que a cautela é fundamental para prevenção de situações parecidas.

“Ainda não sabemos se o crime envolvendo o deputado foi realizado por uma organização criminosa. Estamos investigando. Mas se alguém receber esse tipo de mensagem, é importante que a pessoa ligue para o amigo que está solicitando o dinheiro. Não é bom confiar em mensagens recebidas por aplicativos de mensagens, que podem ser hackeados. ”, completou.

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