O estado do Pará registrou nove assassinatos de pessoas lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transsexuais (LGBT) em 2016. O levantamento foi
feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e divulgado na quarta-feira (25).
De acordo com o relatório, 2016 foi considerado como o mais violento desde 1970 contra pessoas LGBTs. Os dados revelam que 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil.
(Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Leia mais: Homofobia: um ato de ódio que machuca a vítima
São Paulo lidera o triste ranking com 49 homicídios. Em seguida, vem a Bahia com 32 casos. Rio de Janeiro (30 mortes) e Amazonas (28 mortes) também aparecem entre os estados com maior número de crimes.
Entre as capitais, Manaus, com 25 mortes, foi a que registrou o maior número de assassinatos em termos absolutos. Belém registrou três homicídios de LGBTs no ano passado.
A região Norte, aliás, lidera o número de assassinatos por habitantes, que há décadas pertencia à região Nordeste. Em 2016, foram computados 3,02 homicídios a cada um milhão de habitantes no Norte, seguido pelo Centro-Oeste (2,56), Nordeste (1,94), Sul (1,24) e Sudeste (1,19).
CRUELDADE
Segundo o relatório, os crimes registrados no Pará tiveram requintes de crueldade, como o assassinato do comerciante Wagner Pereira, de Belém, morto com 80 facadas, da travesti Brenda, espancada e jogada de cima de uma passarela em Castanhal, nordeste do Estado, e o de um menino de 10 anos, violentado e espancado até a morte em Curuá, oeste paraense.
Segundo o antropólogo Luiz Mott, responsável pelo site ‘Quem a homofobia matou hoje’, os números são “alarmantes”, mas representam apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue. “Não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, tais números são sempre subnotificados já que nosso banco de dados se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais. A falta de estatísticas oficiais, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, é prova da incompetência e homofobia governamental, já que a Presidenta Dilma prometeu aprovar, mas mandou arquivar o projeto de lei de criminalização e equiparação da homofobia ao racismo.”
O GGb aponta ainda que somente em 17% desses homicídios o criminoso foi identificado (60 de 343), e menos de 10% das ocorrências resultou em abertura de processo e punição dos assassinos. A impunidade acaba estimulando novos ataques.
De acordo com o relatório, 2016 foi considerado como o mais violento desde 1970 contra pessoas LGBTs. Os dados revelam que 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil.
(Foto: Tânia Rêgo/ABr)
Leia mais: Homofobia: um ato de ódio que machuca a vítima
São Paulo lidera o triste ranking com 49 homicídios. Em seguida, vem a Bahia com 32 casos. Rio de Janeiro (30 mortes) e Amazonas (28 mortes) também aparecem entre os estados com maior número de crimes.
Entre as capitais, Manaus, com 25 mortes, foi a que registrou o maior número de assassinatos em termos absolutos. Belém registrou três homicídios de LGBTs no ano passado.
A região Norte, aliás, lidera o número de assassinatos por habitantes, que há décadas pertencia à região Nordeste. Em 2016, foram computados 3,02 homicídios a cada um milhão de habitantes no Norte, seguido pelo Centro-Oeste (2,56), Nordeste (1,94), Sul (1,24) e Sudeste (1,19).
CRUELDADE
Segundo o relatório, os crimes registrados no Pará tiveram requintes de crueldade, como o assassinato do comerciante Wagner Pereira, de Belém, morto com 80 facadas, da travesti Brenda, espancada e jogada de cima de uma passarela em Castanhal, nordeste do Estado, e o de um menino de 10 anos, violentado e espancado até a morte em Curuá, oeste paraense.
Segundo o antropólogo Luiz Mott, responsável pelo site ‘Quem a homofobia matou hoje’, os números são “alarmantes”, mas representam apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue. “Não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, tais números são sempre subnotificados já que nosso banco de dados se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais. A falta de estatísticas oficiais, diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, é prova da incompetência e homofobia governamental, já que a Presidenta Dilma prometeu aprovar, mas mandou arquivar o projeto de lei de criminalização e equiparação da homofobia ao racismo.”
O GGb aponta ainda que somente em 17% desses homicídios o criminoso foi identificado (60 de 343), e menos de 10% das ocorrências resultou em abertura de processo e punição dos assassinos. A impunidade acaba estimulando novos ataques.
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