Arhur Neto recebeu R$ 300 mil em propina da Odebrecht, diz delator Atual prefeito de Manaus recebeu o valor na campanha de 2010 e era conhecido como 'Kimono', conforme relatos de executivo da companhia ao MPF a informação e da acritica.com
Artur ganhou o apelido porque é faixa vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial
O prefeito Artur Neto recebeu R$ 300 mil em propinas da construtora Odebrecht durante a campanha para o Senado Federal em 2010. A revelação foi feita pelo diretor de relações institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho, em delação premiada entregue à Força-Tarefa da Operação Lava-Jato.
Conforme o delator, Artur Neto era conhecido como 'Kimono' - o político amazonense é faixa-vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial. O prefeito negou as acusações e disse que vai processar o delator.
A íntegra do conteúdo da delação de Melo Filho foi revelada pelas revistas IstoÉ e Veja, em edições que circulam neste fim de semana. Na lista, Artur aparece em uma ampla lista de políticos que teriam recebido doações ilegais de campanha, como o atual presidente Michel Temer, os atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o atual presidente do Senado Renan Calheiros, entre outros.
De acordo com o delator, a doação a Artur para disputar a campanha de reeleição ao Senado se justificava porque ele "certamente seria um parlamentar de expressão no Congresso Nacional". Melo Filho afirma que fez essa doação na condição de um mensageiro, "pois não tinha proximidade com esse agente político".
" Arthur Virgílio (AM) [“Kimono”], no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Ex-líder do PSDB, político importante, atual prefeito de Manaus/AM, sabia, caso eleito – o que não ocorreu – certamente seria um parlamentar de expressão no Congresso Nacional, o que justifica o pagamento a pretexto de contribuição de campanha, do qual participei como mensageiro da Odebrecht, pois não tinha relação de proximidade com esse agente político. O candidato não foi eleito;"
A citação nominal a Artur Neto aparece na página 71 da delação de Melo Filho, no item 4.18, no qual ele detalha "pagamentos realizados a outros agentes políticos no ano de 2010. Antes de citar os nomes, Melo Filho afirma que lista, no anexo, "pagamentos feitos pela empresa que foram realizados sem declaração à Justiça Eleitoral".
CONFIRA A ÍNTEGRA DA DELAÇÃO, PUBLICADA PELA ISTOÉ
Antes de citar os nomes dos políticos, onde fala de Artur, o delator afirma que os pagamentos foram feitos "por aprovação dos presidentes das empresas ou de Marcelo Odebrecht", e destaca ainda a real motivação das doações. "Esses pagamentos foram operacionalizados pela relação regional com os políticos e pela expectativa que se tinha de que, caso fossem eleitos, atendessem a pleitos nossos que surgissem durante os seus mandatos".
No item onde Artur é citado por Melo Filho, constam 13 políticos. Destes, apenas um - Jutahy Magalhães Júnior , o 'Moleza', teria recebido mais que o atual prefeito de Manaus: R$ 350 mil. Segundo o delator, o montante ao político da Bahia justificou-se por ele ser " historicamente ligado à Odebrecht, inclusive por meio de amizades e relações familiares". Jutahy é do PSDB, mesmo partido de Artur Neto.
Além de Artur, apenas mais um parlamentar, José Carlos Aleluia, deputado federal pelo DEM-BA, foi agraciado com o mesmo montante de R$ 300 mil. O valor que segundo o delator foi repassado aos outros políticos varia de R$ 50 mil a R$ 200 mil, o que coloca Artur em uma relação de prestígio perante a companhia, conforme as denúncias do ex-diretor da Odebrecht.
Versão
Em nota oficial, publicada em seu Facebook, o prefeito de Manaus afirmou que recebeu, na campanha de 2010, "de modo legal e com o devido registro na Justiça Eleitoral, R$ 80 mil, a título de colaboração da empresa Odebrecht, através de sua subsidiária Leyroz de Caixias Indústria, Comércio e Logística". De acordo com ele, "esta é a verdade única". "Daí porque recebi, surpreso e revoltado, a notícia de que o delator Claudio Melo teria me citado como suposto beneficiário de R$300 mil nessa mesma eleição. Lembro que, em março deste ano, “vazou” outra lista, daquela vez me atribuindo R$100 mil e misturando doações legais com aquelas feitas à margem da legislação eleitoral".
Artur afirmou, ainda, que durante os 20 anos de atuação parlamentar, como senador ou deputado federal, jamais apresentou "uma emenda sequer ao Orçamento, que beneficiasse a Odebrecht ou outra empresa qualquer". Ele afirmou ainda que o distanciamento com a empresa foi mantido nos seus anos como prefeito de Manaus. "Sou prefeito de Manaus pela terceira vez. E nas minhas gestões, a Odebrecht jamais construiu um único centímetro de meio fio. Nunca trabalhou comigo ou para mim, ao longo dos meus 38 anos de vida pública".
O prefeito afirmou, ainda, que irá tomar medidas judiciais contra o delator. "Para mim, o mais relevante é defender meu nome e minha trajetória política, indo sem subterfúgios, à opinião pública. Mas anunciando também que processarei o sr. Claudio Melo e a empresa Odebrecht, no criminal e no cível, completando uma primeira etapa de reação a um quadro intolerável de difamação e perversa leviandade".
Artur ganhou o apelido porque é faixa vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial
O prefeito Artur Neto recebeu R$ 300 mil em propinas da construtora Odebrecht durante a campanha para o Senado Federal em 2010. A revelação foi feita pelo diretor de relações institucionais da empresa, Cláudio Melo Filho, em delação premiada entregue à Força-Tarefa da Operação Lava-Jato.
Conforme o delator, Artur Neto era conhecido como 'Kimono' - o político amazonense é faixa-vermelha de jiu-jitsu, a maior graduação da arte marcial. O prefeito negou as acusações e disse que vai processar o delator.
A íntegra do conteúdo da delação de Melo Filho foi revelada pelas revistas IstoÉ e Veja, em edições que circulam neste fim de semana. Na lista, Artur aparece em uma ampla lista de políticos que teriam recebido doações ilegais de campanha, como o atual presidente Michel Temer, os atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o atual presidente do Senado Renan Calheiros, entre outros.
De acordo com o delator, a doação a Artur para disputar a campanha de reeleição ao Senado se justificava porque ele "certamente seria um parlamentar de expressão no Congresso Nacional". Melo Filho afirma que fez essa doação na condição de um mensageiro, "pois não tinha proximidade com esse agente político".
" Arthur Virgílio (AM) [“Kimono”], no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). Ex-líder do PSDB, político importante, atual prefeito de Manaus/AM, sabia, caso eleito – o que não ocorreu – certamente seria um parlamentar de expressão no Congresso Nacional, o que justifica o pagamento a pretexto de contribuição de campanha, do qual participei como mensageiro da Odebrecht, pois não tinha relação de proximidade com esse agente político. O candidato não foi eleito;"
A citação nominal a Artur Neto aparece na página 71 da delação de Melo Filho, no item 4.18, no qual ele detalha "pagamentos realizados a outros agentes políticos no ano de 2010. Antes de citar os nomes, Melo Filho afirma que lista, no anexo, "pagamentos feitos pela empresa que foram realizados sem declaração à Justiça Eleitoral".
CONFIRA A ÍNTEGRA DA DELAÇÃO, PUBLICADA PELA ISTOÉ
Antes de citar os nomes dos políticos, onde fala de Artur, o delator afirma que os pagamentos foram feitos "por aprovação dos presidentes das empresas ou de Marcelo Odebrecht", e destaca ainda a real motivação das doações. "Esses pagamentos foram operacionalizados pela relação regional com os políticos e pela expectativa que se tinha de que, caso fossem eleitos, atendessem a pleitos nossos que surgissem durante os seus mandatos".
No item onde Artur é citado por Melo Filho, constam 13 políticos. Destes, apenas um - Jutahy Magalhães Júnior , o 'Moleza', teria recebido mais que o atual prefeito de Manaus: R$ 350 mil. Segundo o delator, o montante ao político da Bahia justificou-se por ele ser " historicamente ligado à Odebrecht, inclusive por meio de amizades e relações familiares". Jutahy é do PSDB, mesmo partido de Artur Neto.
Além de Artur, apenas mais um parlamentar, José Carlos Aleluia, deputado federal pelo DEM-BA, foi agraciado com o mesmo montante de R$ 300 mil. O valor que segundo o delator foi repassado aos outros políticos varia de R$ 50 mil a R$ 200 mil, o que coloca Artur em uma relação de prestígio perante a companhia, conforme as denúncias do ex-diretor da Odebrecht.
Versão
Em nota oficial, publicada em seu Facebook, o prefeito de Manaus afirmou que recebeu, na campanha de 2010, "de modo legal e com o devido registro na Justiça Eleitoral, R$ 80 mil, a título de colaboração da empresa Odebrecht, através de sua subsidiária Leyroz de Caixias Indústria, Comércio e Logística". De acordo com ele, "esta é a verdade única". "Daí porque recebi, surpreso e revoltado, a notícia de que o delator Claudio Melo teria me citado como suposto beneficiário de R$300 mil nessa mesma eleição. Lembro que, em março deste ano, “vazou” outra lista, daquela vez me atribuindo R$100 mil e misturando doações legais com aquelas feitas à margem da legislação eleitoral".
Artur afirmou, ainda, que durante os 20 anos de atuação parlamentar, como senador ou deputado federal, jamais apresentou "uma emenda sequer ao Orçamento, que beneficiasse a Odebrecht ou outra empresa qualquer". Ele afirmou ainda que o distanciamento com a empresa foi mantido nos seus anos como prefeito de Manaus. "Sou prefeito de Manaus pela terceira vez. E nas minhas gestões, a Odebrecht jamais construiu um único centímetro de meio fio. Nunca trabalhou comigo ou para mim, ao longo dos meus 38 anos de vida pública".
O prefeito afirmou, ainda, que irá tomar medidas judiciais contra o delator. "Para mim, o mais relevante é defender meu nome e minha trajetória política, indo sem subterfúgios, à opinião pública. Mas anunciando também que processarei o sr. Claudio Melo e a empresa Odebrecht, no criminal e no cível, completando uma primeira etapa de reação a um quadro intolerável de difamação e perversa leviandade".
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