Movimentos sociais retomam protestos em Manaus pela saída de Michel Temer
Manifestação ocorreu na tarde desta terça-feira (12) no Largo São Sebastião. Diversos movimentos marcaram presença, que faz alusão aos dois meses de afastamento de Dilma Rousseff da Presidência
Oswaldo NetoManaus (AM)
Mais de 200 integrantes de diversos movimentos realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (12) no Largo São Sebastião, Centro. Os manifestantes defendem a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB) e o retorno da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ao poder. O ato foi pacífico e não registrou ocorrências.
O protesto faz referência aos dois meses de afastamento de Dilma do governo, aprovado no Senado Federal no dia 12 de maio. O afastamento teve 55 votos a favor e 22 contra. Desde lá, Michel Temer tem ocupado o cargo de presidente.
No Largo São Sebatião, mais de 20 movimentos estudantis, LGBT, sociais, de moradia, sindicatos e partidos de esquerda defenderam a saída de Temer do Governo. A mobilização, que iniciou por volta das 15h, contou com um carro de som, onde lideranças expuseram críticas a Michel Temer e argumentos de defesa a Dilma.
“Nós lutamos pela democracia e estamos contra o golpe. Acreditamos que o que está ocorrendo neste País é um golpe de estado, não militar, mas jurídico, e não acreditamos e validamos o governo de Temer”, declarou a coordenadora do Comitê Unificado Pela Democracia do Amazonas, Eglê Wanzeler.
Segundo ela, o comitê foi o responsável pela mobilização desta terça, o qual integrou todos os outros movimentos contrários ao governo Temer. “O que nós temos em comum é que todos vieram pra cá lutando contra o golpe. Esse movimento reúne várias entidades que desejam algo em comum”, explicou ela.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação e não registrou ocorrências.
Plebiscito
Em entrevistas recentes, Dilma Rousseff tem avançado no debate sobre a realização de um plebiscito para novas eleições presidenciais caso seja reempossada. Para a EBC, Dilma afirmou no dia 9 de junho que "será necessário consultar a população para remontar um 'pacto' que vinha desde a Constituição de 1988 e foi rompido com o processo de impeachment".
Para Wanzeler, a proposta gera opiniões contrárias. “Eu não posso opinar por todos os movimentos. Há aqueles que são a favor do plebiscito. Há aqueles que são contra e querem o retorno da presidenta, que é o meu caso. Achamos que o plebiscito também é uma forma de golpear a democracia, no entanto, o movimento é formado por uma série de entidades que pensam de uma forma diferente”, disse ela.
Para o presidente do Comitê das Humanidades da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maick Soares, a realização de um plebiscito é necessária. “Se diversos movimentos surgem e defendem a opinião do povo, é preciso saber de fato o que essa maioria da população pensa. Um plebiscito dá oportunidade consultar o povo e saber qual o opinião dele”.
Fotos: Oswaldo Neto
Mais de 200 integrantes de diversos movimentos realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (12) no Largo São Sebastião, Centro. Os manifestantes defendem a saída do presidente interino Michel Temer (PMDB) e o retorno da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) ao poder. O ato foi pacífico e não registrou ocorrências.
O protesto faz referência aos dois meses de afastamento de Dilma do governo, aprovado no Senado Federal no dia 12 de maio. O afastamento teve 55 votos a favor e 22 contra. Desde lá, Michel Temer tem ocupado o cargo de presidente.
No Largo São Sebatião, mais de 20 movimentos estudantis, LGBT, sociais, de moradia, sindicatos e partidos de esquerda defenderam a saída de Temer do Governo. A mobilização, que iniciou por volta das 15h, contou com um carro de som, onde lideranças expuseram críticas a Michel Temer e argumentos de defesa a Dilma.
“Nós lutamos pela democracia e estamos contra o golpe. Acreditamos que o que está ocorrendo neste País é um golpe de estado, não militar, mas jurídico, e não acreditamos e validamos o governo de Temer”, declarou a coordenadora do Comitê Unificado Pela Democracia do Amazonas, Eglê Wanzeler.
Segundo ela, o comitê foi o responsável pela mobilização desta terça, o qual integrou todos os outros movimentos contrários ao governo Temer. “O que nós temos em comum é que todos vieram pra cá lutando contra o golpe. Esse movimento reúne várias entidades que desejam algo em comum”, explicou ela.
A Polícia Militar acompanhou a manifestação e não registrou ocorrências.
Plebiscito
Em entrevistas recentes, Dilma Rousseff tem avançado no debate sobre a realização de um plebiscito para novas eleições presidenciais caso seja reempossada. Para a EBC, Dilma afirmou no dia 9 de junho que "será necessário consultar a população para remontar um 'pacto' que vinha desde a Constituição de 1988 e foi rompido com o processo de impeachment".
Para Wanzeler, a proposta gera opiniões contrárias. “Eu não posso opinar por todos os movimentos. Há aqueles que são a favor do plebiscito. Há aqueles que são contra e querem o retorno da presidenta, que é o meu caso. Achamos que o plebiscito também é uma forma de golpear a democracia, no entanto, o movimento é formado por uma série de entidades que pensam de uma forma diferente”, disse ela.
Para o presidente do Comitê das Humanidades da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Maick Soares, a realização de um plebiscito é necessária. “Se diversos movimentos surgem e defendem a opinião do povo, é preciso saber de fato o que essa maioria da população pensa. Um plebiscito dá oportunidade consultar o povo e saber qual o opinião dele”.
Fotos: Oswaldo Neto
Informação Acritica.
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