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Dilma já conseguiu dois dos seis votos para barrar impeachment, diz Vanessa Grazziotin

Dilma já conseguiu dois dos seis votos para barrar impeachment, diz Vanessa Grazziotin Senadora Vanessa Grazziotin afirma que dos seis votos para impedir o impeachment da presidente dois já foram conquistados.
  (Foto: Clóvis Miranda)



Janaína Andrade Manaus
Acritica


A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) afirmou que a bancada pró-Dilma Rousseff já conseguiu dois dos seis votos necessários para barrar o processo de impeachment no Senado. Ela disse contar com 24 votos dos 28 necessários para impedir a destituição definitiva da petista.

“Nós somos um grupo de 22 parlamentares, a qual se agregaram mais dois, que estão trabalhando. Estamos reunindo entre nós, debatendo a situação política e buscando saídas. Temos que ter claro que o que está acontecendo no Brasil não é um processo de impeachment, porque não houve crime”, declarou.


O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) mudou de lado após a divulgação das conversas do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com expoentes do PMDB, como Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney, Cristovam disse que “quem votou pelo afastamento de Dilma nem imaginava coisas como estas que se viu nas gravações”. O outro senador a mudar de lado foi o líder da Rede Sustentabilidade, Randolfe Rodrigues (AP), que declarou não concordar em conduzir o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) ao poder.

Segundo a senadora, o time de defesa de Dilma tem a consciência de que o problema dela (Dilma) é a falta de governabilidade. “Ela perdeu essas condições, e sabemos que um mero retorno dela não resolveria o problema. Primeiro porque nós podemos trazer ela de volta tirando 28 votos deles. Não é que nós precisamos ter 28 votos, eles é que não podem ter 54. Isso é possível? É plausível? Muito. Mas porque que a gente iria fazer isso se a gente sabe que se ela voltar ela não vai ter condições de governar? Então, já estamos dialogando com ela há bastante tempo, estamos construindo uma carta a muitas mãos”, disse a parlamentar.

Compromisso

A carta, de acordo com a senadora, está sendo confeccionada pelos senadores e senadoras, e contém os compromissos de Dilma Rousseff “com a nação e o povo brasileiro”, caso retorne ao poder. “E ela vai ter que se manifestar assumindo os compromissos que nós senadores e senadoras colocarmos na carta. E parte central desta carta diz sobre a realização de um plebiscito para antecipação das eleições. Mas até que isso aconteça, como que vai ser o governo? A gente também vai colocar isso na carta. Queremos um governo amplo, claro, com ela presidente, mas com as decisões bem colegiadas. É isso que estamos dialogando com ela”, afirmou.

No dia 2 de agosto será realizada uma reunião entre Dilma Rousseff e a base de senadores. “Logo em seguida fazemos o lançamento desta carta. Nós sabemos que ela perdeu o apoio no Congresso e também perante a opinião pública. Ela não tem a maioria ao lado dela, mas o Michel Temer também não tem. Pelos nossos cálculos, no roll dos quatro parlamentares que precisamos, trabalhamos com 12 senadores”, garantiu.


Saiba mais - Votação

O Senado deve decidir no plenário, em 2 de agosto, se a denúncia de crime de responsabilidade contra a petista vai a julgamento final. O Senado aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no dia 12 de maio por 55 votos a 22. Na votação final, Dilma só será afastada se os adversários da petista conseguirem 54 votos.

Três perguntas para - Senadora Vanessa Grazziotin

1)Quem tem mais eleitorado para encabeçar a chapa PT/PCdoB, Eron Bezerra ou José Ricardo?
A gente teve conversando essa semana, e a nossa ideia é daqui para a próxima semana fazermos uma pesquisa. Mas quem vai definir são as duas direções (PT e PCdoB). O mais importante é que já tomamos a decisão de sair juntos e agregando outros partidos.

2)Se tivesse sido eleita em 2012, o que faria diferente do Artur Neto?
Ah, tudo. Primeiro eu não enganaria a população dizendo que faria 100 creches. Ele construiu 12. O meu programa não contemplava propostas que eu não pudesse cumprir, enquanto ele, na ânsia pelo poder, não teve nenhuma vergonha de chegar e mentir para a população.

3)Por que a senhora acha que o Artur Neto não deve ser reeleito?
Porque eu acredito que foi uma administração que deixou muito a desejar. Um prefeito é bom quando ele sabe administrar a cidade, quando ele sabe responder as pessoas e, principalmente, cumprir aquilo que prometeu.

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