EDITORIAL
O Brasil foi às ruas, encheu-as aos milhares e milhões de pessoas que já proclamaram sua indignação contra corrupções letais. Sim, porque a corrupção mata quando corruptos subtraem, em proveito próprio, verbas que poderiam equipar melhor os hospitais para salvar vidas.
Por que o Brasil não vai às ruas, não as enche aos milhares e milhões, em repulsa à hediondez e bestialidade humanas que ceifam vidas?
Por que o Brasil não vai às ruas, não as enche aos milhares e milhões, diante dessa hediondez e brutalidade inconcebíveis, em que 33 selvagens, rebotalhos da espécie humana, praticamente ceifaram a vida de uma jovem de apenas 17 anos, brutalmente estuprada numa comunidade da Zona Oeste do Rio, há uma semana?
Ela sobreviveu ao estupro. Mas é fato que teve ceifadas a sua dignidade e suas crenças de que a espécie humana é marcada pela racionalidade. E, a julgar por ocorrências do gênero, dificilmente terá condições psicológicas de se recuperar das atrocidades que sofreu.
A adolescente contou à polícia que foi até a casa de um rapaz com quem se relacionava havia três anos. Estava a sós com ele na casa. Mas acordou, no dia seguinte, em outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela destacou que estava dopada e nua.
Os familiares só souberam do estupro quatro dias depois, quando fotos e vídeos exibindo a adolescente nua, desacordada e ferida estavam sendo compartilhados na internet pelos agressores selvagens, que ironizavam o próprio crime.
Na última quinta-feira, a adolescente foi ao médico e tomou um coquetel para evitar doenças sexualmente transmissíveis. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que ela vai ter acompanhamento psicológico.
Ela usou as redes sociais para fazer um desabafo: “Não, não dói o útero, e sim a alma, por existirem pessoas cruéis sendo impunes!”, confessou a garota. Exato: dói a alma, dói a impunidade, dói a sensação de que todos estamos expostos a selvagerias assim, dói a passividade com que boa parte da sociedade brasileira reage a coisas horrorosas como as que vão marcar essa mulher pelo resto de sua vida.
É bem-vindo, de qualquer forma, o anúncio feito pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, de criar um departamento na Polícia Federal para coordenar o combate a crimes contra a mulher.
“Vamos criar um departamento na Polícia Federal tal como fiz com a delegacia da mulher na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ela vai agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo o País”, disse o presidente em exercício, em meio às repercussões do estupro coletivo ocorrido no Rio. Menos mal que seja assim!
Por: O Liberal
O Brasil foi às ruas, encheu-as aos milhares e milhões de pessoas que já proclamaram sua indignação contra corrupções letais. Sim, porque a corrupção mata quando corruptos subtraem, em proveito próprio, verbas que poderiam equipar melhor os hospitais para salvar vidas.
Por que o Brasil não vai às ruas, não as enche aos milhares e milhões, em repulsa à hediondez e bestialidade humanas que ceifam vidas?
Por que o Brasil não vai às ruas, não as enche aos milhares e milhões, diante dessa hediondez e brutalidade inconcebíveis, em que 33 selvagens, rebotalhos da espécie humana, praticamente ceifaram a vida de uma jovem de apenas 17 anos, brutalmente estuprada numa comunidade da Zona Oeste do Rio, há uma semana?
Ela sobreviveu ao estupro. Mas é fato que teve ceifadas a sua dignidade e suas crenças de que a espécie humana é marcada pela racionalidade. E, a julgar por ocorrências do gênero, dificilmente terá condições psicológicas de se recuperar das atrocidades que sofreu.
A adolescente contou à polícia que foi até a casa de um rapaz com quem se relacionava havia três anos. Estava a sós com ele na casa. Mas acordou, no dia seguinte, em outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas. Ela destacou que estava dopada e nua.
Os familiares só souberam do estupro quatro dias depois, quando fotos e vídeos exibindo a adolescente nua, desacordada e ferida estavam sendo compartilhados na internet pelos agressores selvagens, que ironizavam o próprio crime.
Na última quinta-feira, a adolescente foi ao médico e tomou um coquetel para evitar doenças sexualmente transmissíveis. A Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que ela vai ter acompanhamento psicológico.
Ela usou as redes sociais para fazer um desabafo: “Não, não dói o útero, e sim a alma, por existirem pessoas cruéis sendo impunes!”, confessou a garota. Exato: dói a alma, dói a impunidade, dói a sensação de que todos estamos expostos a selvagerias assim, dói a passividade com que boa parte da sociedade brasileira reage a coisas horrorosas como as que vão marcar essa mulher pelo resto de sua vida.
É bem-vindo, de qualquer forma, o anúncio feito pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, de criar um departamento na Polícia Federal para coordenar o combate a crimes contra a mulher.
“Vamos criar um departamento na Polícia Federal tal como fiz com a delegacia da mulher na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ela vai agrupar informações estaduais e coordenar ações em todo o País”, disse o presidente em exercício, em meio às repercussões do estupro coletivo ocorrido no Rio. Menos mal que seja assim!
Por: O Liberal
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