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Policiais sequestradores são presos quando recebiam R$ 35 mil das mãos da esposa da vitima.

Outros três policiais militares estão envolvidos em sequestro; buscas pelo cativeiro prosseguem


Na manhã desta terça (16), dois PMs foram presos em flagrante no momento em que recebiam R$ 35 mil das mãos da esposa da vítima. Informação Acritica.  
  Vítima continua desaparecida (Divulgação)

A Polícia Civil está tentando localizar o cativeiro do técnico em refrigeração Marinaldo Franco de Araújo Filho, 42, e trabalha com a hipótese de que ele ainda esteja vivo, embora até o fechamento desta matéria, na tarde desta terça-feira (16), não haja nenhuma garantia para tal.

Marinaldo está sequestrado há 27 dias. A autoria do seqüestro é atribuída a uma quadrilha formada por policias militares que exigiram R$ 175 mil, pelo resgate. Inicialmente os policiais confessaram apenas envolvimento no recebimento do dinheiro.


Mais cedo, investigadores da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) prenderam em flagrante os praças, Watson Nascimento e Cleber Lima, no momento em que recebiam parte do dinheiro, R$ 35 mil, das mãos da esposa de Marinaldo. O dinheiro foi apreendido pela polícia e foi conseguido com a venda de um imóvel da vítima.



O dinheiro que seria entregue aos sequestradores


De acordo com o delegado da DEHS, Luis Rocha, ao menos mais três estão foragidos, entre eles um cabo identificado como “Melo”. “Acreditamos que no máximo são cinco militares que estão envolvidos no caso”, disse o delegado.

Lotados em Batalhão

De acordo com o tenente-coronel Nero Marinho dos Santos, dois dos suspeitos estão lotados no Batalhão de Trânsito (Batran) e um na Companhia de Guarda, local onde ficam presos policias militares envolvidos em crimes, no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte. Nero disse que a Polícia militar vai buscar provas e se ficar comprovado o envolvimento dos militares com o seqüestro eles serão submetidos a procedimentos que poderá resultar em exoneração.



Os dois presos nesta terça-feira (16)

Eles foram levados para a DEHS onde foram ouvidos durante a tarde. O teor dos depoimentos não foi revelado. O advogado de Cleber, Orlando Patrício disse que conversou rapidamente com ele e que este confessou o envolvimento, mas que foi contratado por um colega para fazer a segurança de um dinheiro que ele ia receber no Amazonas Shopping. “O meu cliente desconhecia que tratava-se de dinheiro do resgate de uma pessoa sequestrada”, disse Patrício.

Inquérito

O comandante da Polícia Militar coronel James Frota disse que assim que tomou conhecimento da prisão dos soldados, determinou a abertura de Inquérito Policial Militar (IMP) e também já vai dar inicio a procedimento disciplinar para avaliar a permanência ou não dos suspeitos na corporação.

Segundo Frota, Cleber e Watson tem ficha funcional limpa e nunca apresentaram desvio de conduta. A Polícia Militar está tentando identificar os outros envolvidos no caso. “Estamos trabalhando junto com a Polícia Civil para identificar e prendes os demais envolvidos nesse crime. “Até o momento os suspeitos estão preferindo ficar calados”, disse o comandante.

Prisão

Os cabos da Polícia Militar Cleber Silva e Watson Nascimento foram presos por volta das 11h30 desta terça-feira no posto de gasolina na avenida Darcy Vargas, nas proximidades do Amazonas Shopping no momento que recebiam R$ 35 mil de uma mulher que teve o nome preservado como pagamento do resgate do marido dela, o técnico de refrigeração Marinaldo Franco.



Suspeitos foram levados à delegacia (Foto: Érica Melo)


O delegado Luiz Rocha disse que os negociadores marcaram encontro com a mulher no shopping, mas depois mandaram para que ela fosse para o posto de gasolina. O local foi cercado pela polícia. Watson e Cleber chegaram ao local em uma motocicleta e quando recebiam o dinheiro foram abordados e receberam voz de prisão.



Esposa da vítima também esteve na delegacia especializada (Foto: Érica Melo)
Os suspeitos ainda chegaram a se identificar como policias militares, mas acabaram sendo presos em flagrante pelos crimes de extorsão e seqüestros. Enquanto acontecia a prisão, um terceiro envolvido ligava para o celular dos que estavam presos exigindo a parte dele.

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