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Santarém tem o pior sistema de saneamento básico

Santarém, no Pará, não investiu nem R$ 1 no serviço. 
                                          Foto: awinformaticastm.blogspot.com.br/

Cidades da Amazônia lideram ranking de pior saneamento básico do Brasil

Das dez últimas colocadas entre os 100 maiores municípios do País, sete estão na região amazônica; entre eles aparecem quatro capitais



Foto: Divulgação/Agência Brasil


MANAUS – O novo ranking do saneamento básico do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (29), lista quatro capitais da Amazônia entre as piores do Brasil em acesso ao serviço. A publicação avalia séries históricas de água e esgoto dos 100 maiores municípios do Brasil entre os anos de 2009 e 2013. Neste período, enquanto as cidades mais bem colocadas estão no eixo Sul-Sudeste, o estudo aponta que localidades como Várzea Grande, no Mato Grosso, e Santarém, no Pará, não investiram nem R$ 1 no serviço.

A capital do Mato Grosso, Cuiabá, e São Luís, no Maranhão, são as cidades da região com o melhor índice de saneamento básico. Ainda assim, ocupam as 70ª e 78ª colocações, respectivamente. Em situação ainda mais grave aparecem as capitais do Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. Manaus é a 92ª do ranking, seguida de Belém, 93ª e Macapá, 96ª. No fim da lista está Porto Velho, na 100ª posição da lista.

De acordo com informações do Trata Brasil, caso Manaus, Macapá, Belém e Porto Velho mantivessem os níveis de avanços de 2009 a 2013, nenhuma das cidades atingiria a universalização dos serviços até 2033.


Mesmo entre as 10 piores em saneamento básico do País em 2013, Manaus foi a cidade da região que mais investiu no serviço, R$ 79,35 milhões no ano. Em seguida aparecem Cuiabá, com R$ 78,07 milhões, e Belém, com R$ 45,43 milhões.

As 10 cidades com melhor acesso ao saneamento básico no Brasil são: Franca (São Paulo), Maringá (Paraná), Limeira (São Paulo), Londrina (Paraná), Curitiba (Paraná), Niterói (Rio de Janeiro), Santos (São Paulo), Ponta Grossa (Paraná), Uberlândia (Minas Gerais) e Taubaté (São Paulo).



Coleta de esgoto

As piores cidades da Amazônia em coleta de esgoto são Ananindeua e Santarém, no Pará, que não dispõe do serviço para os seus 782.438 habitantes. Os municípios figuram na 100ª e 99ª colocações, respectivamente. Porto Velho (98º) oferece coleta de esgoto a apenas 2,7% dos 484.992 moradores, seguida por Macapá (97º), que coleta 6% do esgoto dos seus 437.256 habitantes.

Já Várzea Grande (93º) atende 16,7% dos seus 262.880 habitantes; Manaus (94º), no Amazonas, atende 8,8% de uma população de 1.982.177 habitantes; e Belém (95º), no Pará, atende 7,1% dos 1.425.922 moradores da cidade.


Belo Horizonte, em Minas Gerais, Franca e Limeira, em São Paulo, são as três primeiras colocadas no ranking. Estas cidades são as únicas do País que atendem 100% dos seus moradores com coleta de esgoto.


Água tratada

Em relação a água tratada, as piores cidades da Amazônia são Belém (92º), com 73,33% da população atendida; Rio Branco (96º), no Acre, com 48,97%; Santarém (97%), com 45,66%; Macapá (98º), com 38,82%; Porto Velho (99º), com 30,77%; e Ananindeua, a última colocada, que oferece o serviço a 26,91% dos moradores da cidade.


Nas 20 cidades mais bem colocadas no ranking, 100% dos habitantes têm acesso à água tratada. As três primeiras são Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre (Rio Grande do Sul).

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