Internet falha e vira alvo de críticas em abertura de estádio da Copa no AM
Jornalistas e torcedores reclamam da falta de conexão dentro e fora da arena.Quatro empresas já oferecem redes de 4G na capital devido à Copa.
Marcos Dantas, Andrezza Lifsitch e Marina SouzaDo G1 AM
(Foto: Marina Souza/G1 AM)
O "evento teste" de inauguração da Arena da Amazônia realizado neste domingo (9), em Manaus, para a Copa deste ano evidenciou problemas de telefonia e internet registrados comumente na capital. Apesar de a cidade contar com quatros redes de banda larga de quarta geração (4G) desde dezembro do ano passado, torcedores e profissionais que trabalhavam no local dizem ter enfrentado dificuldades de comunicação e envio de dados durante o evento. Ao todo, 20 mil pessoas compareceram ao jogo de estreia.
O problema ocorreu nas conexões de internet, tanto 3G como 4G. A falta de sinal de telefonia móvel afetou vários pontos do estádio. Para um jornalista que não quis ser identificado, o primeiro evento teste da Copa do Mundo em Manaus deixou clara a fragilidade do sistema de telefonia e internet na capital do Amazonas. "Tentei me conectar por três operadoras em diferentes aparelhos, não só celular, e não consegui enviar uma foto sequer, no início, durante e depois do jogo, dentro e fora do estádio", disse ao G1.
O problema ocorreu nas conexões de internet, tanto 3G como 4G. A falta de sinal de telefonia móvel afetou vários pontos do estádio. Para um jornalista que não quis ser identificado, o primeiro evento teste da Copa do Mundo em Manaus deixou clara a fragilidade do sistema de telefonia e internet na capital do Amazonas. "Tentei me conectar por três operadoras em diferentes aparelhos, não só celular, e não consegui enviar uma foto sequer, no início, durante e depois do jogo, dentro e fora do estádio", disse ao G1.
(Foto: Arquivo Pessoal)
Apesar dos problemas de conexão, torcedor
elogiou Arena da Amazônia
elogiou Arena da Amazônia
A internet dificultou o trabalho de radialistas que tentavam comunicação com equipes fora o estádio. O radialista Thalles Ataíde afirmou que não conseguiu estabelecer conexão e fazer ligações. "Estava difícil de enviar material para a redação. Tivemos que contar com a rede de telefonia, com desempenho péssimo. O wi-fi também não funcionou", contou. "Eu não tive acesso a internet em boa parte do jogo. Tentei enviar fotos, mas foi impossível. Esse foi o maior problema estrutural da Arena, sem dúvida", comentou o repórter Gabriel Seixas.
Para a advogada Jéssica Souza, o problema atinge não só profissionais que atuavam na arena. "Por conta do esquema de segurança precisamos adaptar tudo para chegar até aqui. Sem telefone e internet não conseguimos nem avisar a família que chegamos bem, por exemplo. Tentei me comunicar com amigos também, mas não deu. Meu celular só voltou a funcionar bem depois que saí do estádio. Imagina na Copa, com gente do mundo inteiro acostumada a ter um sinal bem melhor, sem conseguir se comunicar. Prometeram melhorar e vimos que não deu certo. É preocupante", destacou.
O preparador físico Marcelo Almeida ressaltou que o problema ocorreu não só no interior do estádio. "No acesso o celular já não estava pegando. A internet ficou sem sinal. Mas apesar disso, a Arena da Amazônia está linda, foi ótimo", afirmou.
O problema ocorreu mesmo após quatros redes de banda larga de quarta geração de operadoras de telefonia serem instaladas em Manaus. Segundo as empresas, as redes 4G já estão em funcionamento na capital amazonense desde o ano passado. As operadoras Claro e Vivo foram as primeiras a lançarem o 4G no Amazonas. A TIM e a Oi ativaram as redes às vésperas do término do prazo limite para implantação do 4G nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, estipulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que encerrou no dia 31 de dezembro de 2013.
A Claro informou, por meio de nota enviada aoG1, que realiza, antes de jogos, um mapeamento da necessidade de ampliação da rede para garantir o atendimento por serviços de telefonia móvel com qualidade, principalmente nos locais de grande concentração de pessoas. No entanto, a companhia não esclareceu se houve algum registro de falha na rede durante o jogo de inauguração da Arena da Amazônia, em Manaus.
A Claro disse ainda que está investindo em uma estratégia de comunicação para a Copa. Conforme a nota, nos últimos 12 meses, a Claro investiu na tecnologia 3G com a implantação de 87 novas antenas em todo o país, e expandiu a capacidade em 705 antenas existentes, além da expansão de 44 soluções indoor (cobertura interna nos 12 estádios - com as tecnologias 2G, 3G e 4G). Para a tecnologia 4G, a Claro declarou ter investido em 21 novas antenas outdoor exclusivas para FAN fests (festas promovidas pela FIFA) em conjunto ao lançamento da rede Claro 4GMax em todos os municípios sedes e sub-sedes. Para reforçar a infraestrutura próxima aos estádios, foram inauguradas 18 novas estações móveis, além das já existentes. O total a ser investido pela empresa, até 2014, para garantir a melhor qualidade de serviços do mercado, é de R$ 6,3 bilhões, segundo a empresa.
A TIM informou que trabalha para atender a demanda dos clientes por serviços de voz e dados na Arena da Amazônia. A companhia esclareceu que "está dentro do cronograma para implantação da rede indoor, prevista para utilização antes do primeiro jogo da Copa do Mundo. Assim como outras operadoras, está instalando equipamentos fixos de transmissão de sinal no estádio, dentro do prazo acordado com a Anatel".
O G1 contatou as companhias telefônicas Vivo e Oi para obter um posicionamento sobre o problema relatado pelos entrevistas, e aguarda resposta das empresas.
A Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP) informou que antes do evento todas as empresas foram acionadas para que realizassem ações de melhorias que garantissem o funcionamento dos serviços. A UGP afirmou ainda que nesta segunda (10) está sendo uma avaliação do evento teste e todas as falhas serão discutidas entre os envolvidos no projeto. Ainda segundo a gestora, o serviço que será utilizado durante os jogos da Copa ainda não foi colocado em teste, por isso não foi fornecida internet para o trabalho da imprensa.
Para a advogada Jéssica Souza, o problema atinge não só profissionais que atuavam na arena. "Por conta do esquema de segurança precisamos adaptar tudo para chegar até aqui. Sem telefone e internet não conseguimos nem avisar a família que chegamos bem, por exemplo. Tentei me comunicar com amigos também, mas não deu. Meu celular só voltou a funcionar bem depois que saí do estádio. Imagina na Copa, com gente do mundo inteiro acostumada a ter um sinal bem melhor, sem conseguir se comunicar. Prometeram melhorar e vimos que não deu certo. É preocupante", destacou.
O preparador físico Marcelo Almeida ressaltou que o problema ocorreu não só no interior do estádio. "No acesso o celular já não estava pegando. A internet ficou sem sinal. Mas apesar disso, a Arena da Amazônia está linda, foi ótimo", afirmou.
O problema ocorreu mesmo após quatros redes de banda larga de quarta geração de operadoras de telefonia serem instaladas em Manaus. Segundo as empresas, as redes 4G já estão em funcionamento na capital amazonense desde o ano passado. As operadoras Claro e Vivo foram as primeiras a lançarem o 4G no Amazonas. A TIM e a Oi ativaram as redes às vésperas do término do prazo limite para implantação do 4G nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, estipulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que encerrou no dia 31 de dezembro de 2013.
A Claro informou, por meio de nota enviada aoG1, que realiza, antes de jogos, um mapeamento da necessidade de ampliação da rede para garantir o atendimento por serviços de telefonia móvel com qualidade, principalmente nos locais de grande concentração de pessoas. No entanto, a companhia não esclareceu se houve algum registro de falha na rede durante o jogo de inauguração da Arena da Amazônia, em Manaus.
A Claro disse ainda que está investindo em uma estratégia de comunicação para a Copa. Conforme a nota, nos últimos 12 meses, a Claro investiu na tecnologia 3G com a implantação de 87 novas antenas em todo o país, e expandiu a capacidade em 705 antenas existentes, além da expansão de 44 soluções indoor (cobertura interna nos 12 estádios - com as tecnologias 2G, 3G e 4G). Para a tecnologia 4G, a Claro declarou ter investido em 21 novas antenas outdoor exclusivas para FAN fests (festas promovidas pela FIFA) em conjunto ao lançamento da rede Claro 4GMax em todos os municípios sedes e sub-sedes. Para reforçar a infraestrutura próxima aos estádios, foram inauguradas 18 novas estações móveis, além das já existentes. O total a ser investido pela empresa, até 2014, para garantir a melhor qualidade de serviços do mercado, é de R$ 6,3 bilhões, segundo a empresa.
A TIM informou que trabalha para atender a demanda dos clientes por serviços de voz e dados na Arena da Amazônia. A companhia esclareceu que "está dentro do cronograma para implantação da rede indoor, prevista para utilização antes do primeiro jogo da Copa do Mundo. Assim como outras operadoras, está instalando equipamentos fixos de transmissão de sinal no estádio, dentro do prazo acordado com a Anatel".
O G1 contatou as companhias telefônicas Vivo e Oi para obter um posicionamento sobre o problema relatado pelos entrevistas, e aguarda resposta das empresas.
A Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP) informou que antes do evento todas as empresas foram acionadas para que realizassem ações de melhorias que garantissem o funcionamento dos serviços. A UGP afirmou ainda que nesta segunda (10) está sendo uma avaliação do evento teste e todas as falhas serão discutidas entre os envolvidos no projeto. Ainda segundo a gestora, o serviço que será utilizado durante os jogos da Copa ainda não foi colocado em teste, por isso não foi fornecida internet para o trabalho da imprensa.
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