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Luiz Reis
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Em Manaus, população reclama de atendimento em maternidades públicas.
Acompanhantes e pacientes que precisam de atendimento nas maternidades públicas e Instituto da Mulher relatam falhas no serviço prestado nas unidades de saúde
Manaus – A qualidade do atendimento nas maternidades de Manaus tornou-se o a principal entre todas as reclamações de gestantes, mães, maridos e acompanhantes das pacientes que precisam de atendimento nas unidades públicas de saúde.
Na última terça-feira (28), o Portal D24AM esteve em quatro maternidades e no Instituto da Mulher Dona Lindu e, em todas as unidades, recebeu reclamações referentes ao atendimento.
A doméstica Maire Nilce de Lima Oliveira, 36, estava no instituto para acompanhar a irmã. Segundo ela, na noite de segunda-feira, a família levou a paciente para a Maternidade Nazira Dou, de onde foi transferida porque, segundo os médicos, no instituto, ela teria atendimento melhor.
Ela e a família não ficaram satisfeitos com serviço prestado, principalmente porque a paciente passou quase 24 horas esperando para ter uma resposta do que seria feito.
“Uma hora disseram que iam fazer cesária, mas depois iam esperar e ninguém resolve ou diz o que está acontecendo. A gravidez dela é de risco e a família ficou angustiada com essa indecisão, sem saber o que fazer”, comentou.
Desde 8h da manhã na Maternidade Balbina Mestrinho, grávida de oito meses, Ana Carolina, 19, disse ter chegado na unidade sangrando e só foi atendida após quase desmaiar.
“São 16h e estou esperando para retornar ao médico para ver o que eles vão fazer comigo. Passei em três maternidades de Manaus e em nenhuma tive um atendimento de qualidade, fui maltratada na triagem e na recepção”, contou.
De acordo com a paciente, desde a sexta-feira ela ‘peregrina’ entre as unidades de saúde sangrando.
Conforme o secretário executivo de atenção especializada da capital, Wagner William, da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), desde o ano passado, as maternidades receberam um processo de acolhimento e avaliação de riscos com o objetivo de melhorar o atendimento nas unidades. O sistema tem profissionais capacitados pelo Ministério da Saúde.
O problema, segundo ele, é que muitas pacientes, que são avaliadas em situação de não prioridade não entendem o trabalho de avaliação.
"Às vezes, algumas pacientes não tiveram a oportunidade de ter um pré-natal e não sabem o que acontece nessas horas e, por isso, entram em desespero", destacou. “Depois da avaliação, dependendo do resultado, o atendimento pode ou não ser prioritário”.
Já a situação na Moura Tapajós, segundo uma enfermeira que não quis ter o nome revelado, está relacionada à falta de obstetra.
“Temos médicos de férias, ou licença e não estão colocando ninguém para substituir”, ressaltou.
No local, os pacientes, aproveitaram a presença da reportagem para reclamar da demora no atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que o problema está se prolongando porque os médicos concursados não estão se apresentando.
Do total de 6 médicos ginecologistas chamados, apenas um se apresentou para maternidade. Uma nova chamada deve acontecer em fevereiro para suprir a necessidade.
Internada desde o nascimento, em dezembro, a filha de uma adolescente de 16 anos, que está na Maternidade Ana Braga, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), foi vítima de uma queimadura no pé no último sábado. Nas fotos feitas pela mãe, o pé da criança está totalmente roxo.
Segundo a adolescente, a queimadura se deu por conta do esquecimento de um oxímetro (um dispositivo médico que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente).
“Disseram que foi um pequeno acidente e que não era pra eu me preocupar, mas meu bebê foi queimado por um descuido. Isso não pode acontecer assim”, reclamou a jovem ao ressaltar que a criança é frágil porque nasceu com apenas seis meses de gestação.
Ainda de acordo com Wagner, o que aconteceu na maternidade Ana Braga, com a criança prematura, não foi uma queimadura, conforme relatou a família.
"O que houve foi uma lesão inflamatória que, para a mãe adolescente, pareceu como se fosse uma lesão pelo oxímetro, mas eu sou médico há bastante tempo e não existe mais lesão por oxímetro". Ele disse ainda que a família já foi informada da situação.
Wagner ressaltou ainda que qualquer sugestão ou reclamação pode ser recebida pelos telefones da ouvidoria: 3643-6328 ou 3643-6320.
Acompanhantes e pacientes que precisam de atendimento nas maternidades públicas e Instituto da Mulher relatam falhas no serviço prestado nas unidades de saúde
Manaus – A qualidade do atendimento nas maternidades de Manaus tornou-se o a principal entre todas as reclamações de gestantes, mães, maridos e acompanhantes das pacientes que precisam de atendimento nas unidades públicas de saúde.
Na última terça-feira (28), o Portal D24AM esteve em quatro maternidades e no Instituto da Mulher Dona Lindu e, em todas as unidades, recebeu reclamações referentes ao atendimento.
A doméstica Maire Nilce de Lima Oliveira, 36, estava no instituto para acompanhar a irmã. Segundo ela, na noite de segunda-feira, a família levou a paciente para a Maternidade Nazira Dou, de onde foi transferida porque, segundo os médicos, no instituto, ela teria atendimento melhor.
Ela e a família não ficaram satisfeitos com serviço prestado, principalmente porque a paciente passou quase 24 horas esperando para ter uma resposta do que seria feito.
“Uma hora disseram que iam fazer cesária, mas depois iam esperar e ninguém resolve ou diz o que está acontecendo. A gravidez dela é de risco e a família ficou angustiada com essa indecisão, sem saber o que fazer”, comentou.
Desde 8h da manhã na Maternidade Balbina Mestrinho, grávida de oito meses, Ana Carolina, 19, disse ter chegado na unidade sangrando e só foi atendida após quase desmaiar.
“São 16h e estou esperando para retornar ao médico para ver o que eles vão fazer comigo. Passei em três maternidades de Manaus e em nenhuma tive um atendimento de qualidade, fui maltratada na triagem e na recepção”, contou.
De acordo com a paciente, desde a sexta-feira ela ‘peregrina’ entre as unidades de saúde sangrando.
Conforme o secretário executivo de atenção especializada da capital, Wagner William, da Secretaria de Estado da Saúde (Susam), desde o ano passado, as maternidades receberam um processo de acolhimento e avaliação de riscos com o objetivo de melhorar o atendimento nas unidades. O sistema tem profissionais capacitados pelo Ministério da Saúde.
O problema, segundo ele, é que muitas pacientes, que são avaliadas em situação de não prioridade não entendem o trabalho de avaliação.
"Às vezes, algumas pacientes não tiveram a oportunidade de ter um pré-natal e não sabem o que acontece nessas horas e, por isso, entram em desespero", destacou. “Depois da avaliação, dependendo do resultado, o atendimento pode ou não ser prioritário”.
Já a situação na Moura Tapajós, segundo uma enfermeira que não quis ter o nome revelado, está relacionada à falta de obstetra.
“Temos médicos de férias, ou licença e não estão colocando ninguém para substituir”, ressaltou.
No local, os pacientes, aproveitaram a presença da reportagem para reclamar da demora no atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informou que o problema está se prolongando porque os médicos concursados não estão se apresentando.
Do total de 6 médicos ginecologistas chamados, apenas um se apresentou para maternidade. Uma nova chamada deve acontecer em fevereiro para suprir a necessidade.
Internada desde o nascimento, em dezembro, a filha de uma adolescente de 16 anos, que está na Maternidade Ana Braga, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), foi vítima de uma queimadura no pé no último sábado. Nas fotos feitas pela mãe, o pé da criança está totalmente roxo.
Segundo a adolescente, a queimadura se deu por conta do esquecimento de um oxímetro (um dispositivo médico que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue de um paciente).
“Disseram que foi um pequeno acidente e que não era pra eu me preocupar, mas meu bebê foi queimado por um descuido. Isso não pode acontecer assim”, reclamou a jovem ao ressaltar que a criança é frágil porque nasceu com apenas seis meses de gestação.
Ainda de acordo com Wagner, o que aconteceu na maternidade Ana Braga, com a criança prematura, não foi uma queimadura, conforme relatou a família.
"O que houve foi uma lesão inflamatória que, para a mãe adolescente, pareceu como se fosse uma lesão pelo oxímetro, mas eu sou médico há bastante tempo e não existe mais lesão por oxímetro". Ele disse ainda que a família já foi informada da situação.
Wagner ressaltou ainda que qualquer sugestão ou reclamação pode ser recebida pelos telefones da ouvidoria: 3643-6328 ou 3643-6320.
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