Um delegado, três policiais civis e mais dois colaboradores da polícia são suspeito de integrar uma quadrilha que cometia crimes dentro do 44º Distrito de Polícia do município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus).
foto: Arthur Castro
Mário Sérgio é considerado foragido da polícia e ainda tentou um habeas corpus preventivo
Um delegado, três policiais civis e mais dois colaboradores da polícia são suspeito de integrar uma quadrilha que cometia crimes dentro do 44º Distrito de Polícia do município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus).
Dentre as acusações estão tortura, abuso de autoridade, lesão corporal gravíssima, homicídio e até estupro para obter informações de presos.
A Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (Correg) instaurou inquérito policial, também, contra os policiais militares da cidade. A comarca do município de Maués registrou mais de 35 denúncias contra os militares.
Os acusados estavam sendo investigados há pouco mais de 10 meses. A polícia suspeita que a denúncia tenha cunho político, uma vez que os acusados eram envolvidos com políticos da cidade.
O corregedor-geral adjunto do Sistema de Segurança Pública, Júlio César Pereira Queiroz, informou que o delegado Mário Sérgio Leite de Melo, o escrivão Francisco Sullivan Régis Marinho, os investigadores Fabrício Negreiros do Couto Martins, Jacob dos Santos Moraes, e os colaboradores Kedinilson de Oliveira Barbosa e José Carlos Saunier Barbosa são considerados foragidos da Justiça, uma vez que abandonaram seus empregos após saberem que iriam ser presos.
“Quem tiver informações sobre os acusados pode ligar para o 181 (disque denúncia) e 190, linha direta da polícia ou da Correg (3652-0761), que sua identidade será mantida em sigilo”, disse.
Eles estão sendo procurados desde que foi deflagrada a operação Gestapo Maués, em pouco mais de uma semana, e solicitado a prisão preventiva dos acusados. A Secretaria Adjunta de Inteligência, em parceria com a Polícia Federal, está empenhada para encontrar e prender os suspeitos.
Dentre os crimes ocorridos dentro da delegacia, Júlio César faz questão de ressaltar que para obter informações sobre traficantes e presos do município, os acusados usavam máquinas de choque, saco para asfixiar os presos e até um pênis seco de boi.
O delegado Mário Sérgio Leite de Melo impetrou um habeas corpus preventivo, mas teve o pedido negado pela justiça do Amazonas.
Presídio lotado
Na cadeia pública do município, a Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (Correg) constatou várias prisões de forma ilegal oriundas do grupo liderado pelo delegado Mário Sérgio Leite de Melo.
“O juiz da comarca de Maués, Jorsenildo Dourado, teve de relaxar algumas prisões que não condiziam com os flagrantes dos presos, que muitas vezes eram apenas usuários de drogas e tiveram flagrante como traficantes”, disse o corregedor Júlio César.
Jornal AGORA
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