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Manaus Ameaçada

Passado dois meses sem manifestações de grandes proporções, cobradores e motoristas de ônibus podem voltar a cruzar os braços em protesto no início de novembro. Na próxima quarta-feira (30), representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) realizam assembleia para definir a data da próxima paralisação.

 Redação do Jornal Em Tempo.



 foto: Alberto César Araújo
Caso não haja negociação na quarta-feira, apenas 30% da frota será oferecida à população

A ameaça de greve foi anunciada pelo vice presidente do sindicato, Josildo Oliveira, que justificou a ação nas diversas demissões por justa causa que tem tido conhecimento, em oito das dez empresas de transporte coletivo. “Há casos de funcionários com 10 anos de trabalho que pegaram justa causa, sem explicação. Nos últimos meses isso tem sido uma prática constante. A verdade é que os empresários não querem pagar a multa do FGTS e resolvem dar justa causa”, denunciou Oliveira.

Além das demissões “sem explicação”, o vice-presidente reclamou que as empresas não têm depositado o pagamento da hora extra e a Participação nos Lucros e Resultado (PLR). Além de uma delas permanecer sem realizar o repasse da verba do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos funcionários. “Não queremos fazer greve, muito menos prejudicar o trabalhador. Mas, se for preciso parar o sistema para resolver, vamos agir. O prefeito não está resolvendo o problema”, afirmou.

Definição da greve

A reunião será realizada na próxima quarta-feira em dois horários, pela manhã às 9h e de tarde às 15h. A manifestação deve contar com o apoio de todos os 8,5 mil rodoviários.

“Vamos definir a greve, queremos fazer tudo dentro da lei. Sabemos que as empresas de ônibus estão nas mãos de um grupo muito influente politicamente. Só queremos o justo para o trabalhador”, disse.

Caso não haja negociação durante a reunião, Oliveira anunciou que somente 30% dos veículos serão disponibilizados à população.

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