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Paysandu novamente na vice-lanterna

Com a derrota para Paraná o bicola foi para o 19º  lugar na classificação.
Paysandu mais uma vez em situação desesperadora

Quando se pensava que as coisas não poderiam piorar, eis que a surpresa mais uma vez decide presentear os torcedores do Paysandu com uma indigesta resposta. O futebol fraco e apático apresentado pelo Papão no estádio Durival de Britto, em Curitiba, foi responsável por mais uma derrota bicolor, desta vez para o Paraná. O placar de 3 a 1 para os paranaenses deixou os bicolores cada vez mais desesperados na tábua de classificação, 19º, novamente na vice-lanterna da Série B, com 23 pontos.

Minutos antes da partida começar, o técnico Arturzinho resolveu mudar o Paysandu, escalando Fabiano Silva para atuar como volante. Assim, Aleílson foi sacado do time e coube a Jaílton acompanhar Iarley na frente. Foi um desastre. Sem ritmo, o volante somou apenas para o mau futebol apresentado.

Aos 15 minutos, Raniere pegou a bola na intermediária e avançou pela linha de fundo, até achar o atacante Paulo Sergio na área. A cabeçada foi certeira. 1 a 0. Aos 26 minutos, após uma intensa troca de passes na área do Papão, foi a vez de Reinaldo bater no canto esquerdo de Paulo Rafael, 2 a 0. Depois disso, mais nada se produziu na primeira etapa.

Na segunda etapa, o Paysandu não teve atitude em campo e não teve esquema tático para atacar ou defender. Somente aos 20 minutos, o goleiro do Paraná foi trabalhar, e isso para cobrar um tiro de meta. Aos 38, Eduardo Ramos recuperou uma bola perdida pelo Paraná, que, por sua vez, não quis jogar futebol e se prevaleceu da deficiência adversária.

Sem alternativa, restou a Arturzinho colocar Aleílson de volta, além de Heliton, no lugar de Iarley e Pablo na vaga de Fabiano Silva. Os bicolores ainda reagiram, colocaram uma bola na trave, envolveram os paranaenses com bons passes no meio-campo, diminuíram aos 27 minutos, o primeiro gol de Aleílson com a camisa bicolor. No entanto, já era tarde, e como castigo prevaleceu o terceiro gol, num chute de Reinaldo. 3 a 1, pouco antes.

Placar se desenhou antes do jogo

Poucos resultados poderiam ser tão previsíveis como a derrota do Paysandu diante do Paraná, por 3 a 1. O placar foi desenhado antes da partida começar. Quando se imaginava que o Papão iria para cima, até mesmo alternando certa cautela, precavendo-se dos contra-ataques, eis que a mudança inesperada põe a fiel bicolor em pânico, com a entrada do pesado Fabiano Silva, compondo, ao lado de Vanderson e Zé Antônio, uma segunda linha frágil, totalmente envolvida pelo adversário.

“Levamos gols de início. Sempre estávamos falando sobre bolas na área. Infelizmente aconteceu. O time acabou sentindo, mesmo reagindo no segundo tempo. Acordamos tarde, tivemos posse de bola, mas as chances não nos favoreceram”, disse o goleiro Paulo Rafael. Já o atacante Aleílson, que marcou o primeiro gol com a camisa do Papão, lamentou a reação tardia do time.

“Demoramos muito. Não adiantou nada fazer um gol, mas não ter reação e pegar três”, considerou. “Nos cobramos muito em não pegar gol no início, mas não deu, aí fica difícil”, completa o volante Vanderson. Aliás, o atleta, que escorregou várias vezes no gramado, estava na expectativa da torcida por uma boa apresentação, mas não muito acrescentou ao time.

Assistindo o clube paraense cair pelas tabelas, novamente se pensou que as entradas de Heliton e Pablo poderiam resolver, mas nada adiantou. Apesar do crescimento relevante, as ações de ataque limitavam-se ao fraco “pinga-pinga” na área do Paraná. O lance mais próximo de um segundo gol foi a bola na trave de Eduardo Ramos, mas nada conseguiu apagar o mau futebol desta noite.

Arturzinho se explica após nova derrota

Quando resolveu trocar o meio-campo e abrir mão do atacante Aleílson, desde o início, o técnico Arturzinho acreditava que poderia ali, ter maior chance de filtrar as bolas do ataque adversário, e dar maior liberdade para Jaílton, até então utilizado apenas como meio, no auxílio de Eduardo Ramos. Contudo, o resultado foi o inverso e o time levou dois gols ainda no primeiro. Segundo o técnico, eles foram diretamente responsáveis pela derrota.

“Era Iarley e Jaílton. O problema não foram eles. Até ali, o time estava segurando a bola, mas a nossa retaguarda, em relação a posicionamento, levou dois gols e complicou as coisas”, explicou Arturzinho.

“Criamos, mas não temos o jogador decisivo. Já falei para vocês. Perdemos o Nicácio, o Careca sumiu desde que cheguei. Nós temos dois atacantes que jogam pelo lado, que não são de finalização e até uma postura central que facilite a penetração na área. Felizmente fizemos um bom segundo tempo, mas faltou eficácia”, avalia Arturzinho, confiante na reviravolta nos dois jogos a fazer dentro de casa, contra Atlético-GO, no sábado (21) e Chapecoense-SC, na terça (24).

“Claro que dá. Tem os dois jogos em casa. E até pelas dificuldades enfrentadas, acredito que dá para sair da zona de rebaixamento”, tenta tranquilizar o técnico Arturzinho.


(Diário do Pará)

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