Terrenos a venda em Manaus, sem construção, tem o menor preço a R$20 o metro quadrado (m²), mas podem chegar a R$1.500, conforme informação de imobiliárias na cidade. Os valores desencontram o da média municipal que calcula o preço máximo para a metragem de imóvel pronto a R$287,12 em dois bairros da zona Sul. Ainda há condomínios de terrenos disponíveis na cidade, como o Reserva do Parque (onde 360m² são vendidos a R$100 mil), aponta o diretor da Nova Casa Imóveis, Hélio Alexandre. Para terrenos maiores, o diretor cita o Alphaville (500m² a R$210 mil) e Praia dos Passarinhos (800m² por R$250 mil). “O mercado está aquecido. As pessoas compram para construir casas próprias ou para vender casas prontas”, avalia a procura Alexandre. Entre os terrenos vendidos a custos maiores, o diretor da MCI Imóveis, Roberto Fiacadori, cita o Jardim das Américas, na Ponta Negra. Na localidade, um terreno de 800m² chega a ser avaliado para venda na imobiliária a R$1,2 milhão, o equivalente a R$1.500 o m². Os terrenos tiveram valorização nos últimos anos, segundo Fiacadori, “há cerca de 10 anos atrás um terreno na área custava R$45 mil”. Com valor elitista o diretor ainda aponta terrenos no condomínio Ephigênio Salles (zona Centro-Sul). Um lote de 800m² custa R$650mil, portanto, o preço do metro quadrado chega a ser negociado a R$800. Segundo o diretor, “no Tarumã, a localidade não é boa para a construção vertical [prédio] e por isso estão sendo investidas construções horizontais na região. Ao passo que em outras localidades inexistem áreas disponíveis, como é o caso do Centro [zona Sul da cidade]”. Terrenos a menores custos Ainda há bairros e localidades com terrenos a custos menos elevados e comercializados em metragens menores. É o caso do terreno de 40m² no bairro Santa Etelvina vendido a R$20 o metro quadrado, conforme apresenta a corretora de imóveis da GP Serviços imobiliários, Glaucia Porto. Outra opção está no Parque das Laranjeiras (Flores), onde 300m² são vendidos a R$150 mil. A maior parte dos terrenos fica na Avenida das Torres, em Flores e na Cidade Nova, disse a corretora ponderando ainda haver disponibilidades no Parque Dez de Novembro e em regiões afastadas da cidade, como nas proximidades do quilômetro dois da BR174. “Ao todo são seis os condomínios de lote para construção de casas regularizados dentro do perímetro urbano”, disse Glaucia, complementando com os nomes do Kizen, e o Elegance (localizado próximo a rotatória da Compensa). Lidando diretamente com o cliente, a corretora identifica o tipo de público que investe no pedaço de chão em Manaus. “As pessoas que vem atrás de terreno tem o interesse de comprar com financiamento para construir a própria casa. Poucas pessoas fazem a compra para investimento, como revenda no futuro”, afirma Gláucia Porto. Sobre a escolha pelo tipo de terreno a corretora disse que pesa muito os custos na hora de fechar negócio. “Eles chegam aqui pedindo por um bairro, mas quando digo o valor acham caro. Além do que, não há lotes disponíveis em todas as áreas da cidade. E às vezes, a pessoa não tem nem o valor para entrada”. A corretora ainda avalia a decisão dos clientes de classes mais baixas. “Os clientes mais comuns não conseguem comprar uma casa, então, procuram um lote. Nos terrenos eles conseguem pagar R$30 mil ou R$40 mil, enquanto o apartamento de menor custo sai a R$89 mil”, compara. A prefeitura disponibiliza no site uma tabela com uma média de valores do metro quadrado por bairro, de acordo com os valores de compra e venda de imóveis na cidade. A tabela serve de referência para avaliadores e corretores de imóveis. Os maiores valores por região é liderado pela zona Sul, a R$287,12 na Cachoeirinha e Praça 14 de Janeiro. Seguem o ranking a R$251,20 em Nossa Senhora das Graças, na zona Centro-Sul, e o mesmo para São Geraldo, na zona centro-Oeste. Na zona Oeste toma a frente à Ponta Negra, por R$ 179,64. O preço médio mais elevado na zona Leste chega a R$63,20 no Coroado. O maior preço de imóvel em metro quadrado da cidade esta na avenida Djalma Batista, por R$412,98. Custos do financiamento e juros Na avaliação do economista conselheiro do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia), Mourão Júnior, dependendo da habilidade de negociação do comprador, o lote pode sair mais em conta que a compra do imóvel pronto. “No imóvel pronto vem embutidos os custos como a carga tributária e os lucros da construtora. Na compra do terreno, a pessoa pode negociar o menor custo com materiais e mão de obra comportando dentro do orçamento disponível mês a mês para evitar os juros”, avalia. O economista alerta para o período de juros altos e inflação também em alta, e por isso, aconselha evitar o financiamento de longo prazo já que os juros entram a cada parcela do financiamento. Outra economista do Corecon-Am, Alessandra Cadamuro, faz o mesmo alerta para o grande número de parcelas no financiamento. “Os juros é o mesmo, mas a diferença dos prazos vai representar no valor total do bem, pois quanto maior o prazo, maior a incidência de juros sobre o saldo devedor”, explica. Tal como imóveis, os terrenos também podem ser financiados. Segundo a superintendente da habitação da Caixa Econômica Federal em Manaus, Luiza Picanço, a taxa de juros para o financiamento para a compra de terreno é igual a de imóvel construído. “A taxa varia de acordo com o pacote de relacionamentos com a Caixa. Alguns clientes tem débito direto na conta, assim a taxa fica reduzida”, comenta Picanço sobre as taxas que variam de 8 a 12% ao ano.
Fonte Jornal do Comércio
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