Para o advogado do parlamentar, Antônio Carlos de Almeida Castro, não foi respeitado o direito a ampla defesa do seu cliente.
"Vou conversar com o senador se vamos recorrer ou não ao Supremo Tribunal Federal", disse Castro ao final da sessão do Conselho de Ética.
Ele explicou que pode ingressar com mandado de segurança no Supremo para pedir a reabertura do prazo de defesa preliminar. Contudo, admitiu que a estratégia pode não surtir efeito.
"Aqui o processo é político e não jurídico", disse.
Cachoeira, que está preso desde fevereiro acusado de chefiar uma quadrilha que explorava jogos ilegais, foi listado como testemunha de defesa e de acusação no Conselho de Ética.
O relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), disse que pretende ouvir o empresário no dia 17, dois dias depois de ele ser ouvido pela CPI mista, que investiga das relações com agentes públicos e privados de Cachoeira.
Segundo denúncias publicadas na imprensa e baseadas em interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, Demóstenes teria repassado a Cachoeira informações sobre reuniões reservadas que manteve com autoridades.
O senador, que deixou o DEM após o partido abrir processo de expulsão contra ele por conta das acusações, também teria pedido ao empresário que pagasse despesas com táxi aéreo no valor de 3 mil reais.
Costa disse que não há um prazo estabelecido no regimento do Senado para a conclusão do processo de cassação, mas pretende encerrar o trabalho "até o final de junho".
O processo aberto nesta terça pode resultar na cassação do mandato de Demóstenes e torná-lo inelegível nos termos da Lei da Ficha Limpa.
Caso o Conselho de Ética decida pela cassação do parlamentar, a decisão terá de ser ratificada pelo plenário do Senado, em uma votação secreta.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
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