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Presidente da OAB pede renùncia de Demóstenes

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília                                
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO) (Foto: José Cruz/ABr)O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres
(GO) (Foto: José Cruz/ABr)


O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) informou nesta segunda-feira (2) ao presidente do DEM, Agripino Maia (RN), que “está pronto” a prestar esclarecimentos ao partido. De acordo com a assessoria de Maia, as explicações serão dadas em reunião a partir das 18h, quando chega a Brasília o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA).

Além de Agripino, que assumiu a liderança do partido no Senado, e ACM Neto, também deve participar da reunião o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Ainda não foi definido o local do encontro, mas possivelmente será na residência de um dos quatro parlamentares
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Demóstenes falará sobre gravações telefônicas que apontam tentativas de beneficiar o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal.

No fim de semana, ACM Neto afirmou que o DEM deu prazo até esta noite para que Demóstenes se explique sob pena de abertura de processo de expulsão.

"Nós demos ao senador Demóstenes o prazo de segunda-feira à noite, para que ele traga explicações contundentes e consistentes ao partido. O que nós achamos que é muito difícil ele fazer. Caso ele não consiga trazer uma defesa contundente ao partido, o caminho será abertura de processo de expulsão do senador."

Parlamentares do DEM, principalmente deputados, defendem que Demóstenes se afaste da legenda voluntariamente, para evitar desgastes. A avaliação é de que o senador dificilmente conseguirá dar explicações convincentes.
Neste domngo (1º), o presidente da Ordem dos

Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu a renúncia de Demóstenes, mas o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que ele não renunciará. Para o presidente da OAB, as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e divulgadas pela imprensa nos últimos dias mostram de maneira “contundente” que Demóstenes usava o cargo para defender interesses de Cachoeira.

Conforme a Lei da Ficha Limpa, integrantes do Congresso que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por quebra de decoro ficam inelegíveis "durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subsequentes ao término da legislatura".

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