O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-primeiro-ministro francês Dominique de Villepin propuseram que as discussões sobre meio ambiente sejam incorporadas às campanhas eleitorais.
FHC e Villepin discursaram no segundo dia do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que termina neste sábado na cidade de Manaus.
"A juventude está preocupada com a questão ambiental, mas os partidos políticos não estão muito interessados em levar esse assunto para uma campanha eleitoral", afirmou FHC durante seu discurso.
Segundo o ex-presidente, que governou o Brasil durante dois mandatos consecutivos entre 1995 e 2002, colocar em discussão o tema ambiental durante as campanhas eleitorais "passa por um desafio moral".
"Quando digo moral é político, pois depois do Protocolo de Kioto (assinado em 1997 e em vigência desde 2005) não conseguimos convencer a democracia brasileira sobre a importância de manter a floresta amazônica de pé", lembrou o ex-governante e sociólogo.
FHC citou também o ex-presidente americano Bill Clinton, que "também queria mais" com relação ao Protocolo de Kioto sobre mudanças climáticas, "mas também não pôde avançar na esfera política dos Estados Unidos".
"Com vontade, no Brasil há todas as condições para que se avance nesse assunto", disse o ex-presidente.
Nesse mesmo sentido, Villepin lamentou que o tema do desenvolvimento sustentável não tenha sido levado para a maioria das eleições na Europa.
"As eleições na Europa não tiveram o desenvolvimento sustentável no debate. Não foi assim na França nem na Espanha e não deverá ser na Alemanha no ano que vem", ressaltou.
Para Villepin, que foi primeiro-ministro entre 2005 e 2007, o melhor caminho para forçar os Governos a dar uma maior atenção ao tema do meio ambiente é "exercer a pressão popular sobre os líderes por meio do voto".
Em sua conferência, FHC se referiu aos "desafios" do desenvolvimento sustentável e asseverou que o principal deles para o Brasil é a Amazônia.
"Nosso problema maior é o desafio de como lidar com a situação das selvas, porque ainda acho que é possível que haja ao mesmo tempo desenvolvimento e respeito ao meio ambiente, com possibilidades para que as pessoas possam conviver com a floresta sem destruí-la", disse o ex-presidente.
FHC considerou o assunto como "urgente", mas advertiu que "o sentido de urgência não está na vida brasileira e isso tem que ser reafirmado já, não para amanhã".
Os dois expressaram também suas opiniões sobre a crise mundial que aflige especialmente a Europa.
FHC afirmou que o planeta vai precisar de novas tecnologias e que a saída do "ciclo depressivo" só se conseguirá com um "novo ciclo de investimentos", mas sem buscar apenas taxas de crescimento altas, pois o avanço econômico "muitas vezes" não se reflete nos lucros sociais.
"A economia verde pode abrir o caminho para a saída da crise", concluiu FHC, que em seu discurso se opôs à construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia, e à usina nuclear de Angra III, no Rio de Janeiro.
Villepin sugeriu "acompanhar de perto" o processo de "economia verde" em países como Estados Unidos e China, apontados como grandes poluidores ambientais, e em outras nações tidas como bom exemplo nesse aspecto, entre elas França, Alemanha e Brasil.
FHC e Villepin discursaram no segundo dia do Terceiro Fórum Mundial de Desenvolvimento Sustentável, que termina neste sábado na cidade de Manaus.
"A juventude está preocupada com a questão ambiental, mas os partidos políticos não estão muito interessados em levar esse assunto para uma campanha eleitoral", afirmou FHC durante seu discurso.
Segundo o ex-presidente, que governou o Brasil durante dois mandatos consecutivos entre 1995 e 2002, colocar em discussão o tema ambiental durante as campanhas eleitorais "passa por um desafio moral".
"Quando digo moral é político, pois depois do Protocolo de Kioto (assinado em 1997 e em vigência desde 2005) não conseguimos convencer a democracia brasileira sobre a importância de manter a floresta amazônica de pé", lembrou o ex-governante e sociólogo.
FHC citou também o ex-presidente americano Bill Clinton, que "também queria mais" com relação ao Protocolo de Kioto sobre mudanças climáticas, "mas também não pôde avançar na esfera política dos Estados Unidos".
"Com vontade, no Brasil há todas as condições para que se avance nesse assunto", disse o ex-presidente.
Nesse mesmo sentido, Villepin lamentou que o tema do desenvolvimento sustentável não tenha sido levado para a maioria das eleições na Europa.
"As eleições na Europa não tiveram o desenvolvimento sustentável no debate. Não foi assim na França nem na Espanha e não deverá ser na Alemanha no ano que vem", ressaltou.
Para Villepin, que foi primeiro-ministro entre 2005 e 2007, o melhor caminho para forçar os Governos a dar uma maior atenção ao tema do meio ambiente é "exercer a pressão popular sobre os líderes por meio do voto".
Em sua conferência, FHC se referiu aos "desafios" do desenvolvimento sustentável e asseverou que o principal deles para o Brasil é a Amazônia.
"Nosso problema maior é o desafio de como lidar com a situação das selvas, porque ainda acho que é possível que haja ao mesmo tempo desenvolvimento e respeito ao meio ambiente, com possibilidades para que as pessoas possam conviver com a floresta sem destruí-la", disse o ex-presidente.
FHC considerou o assunto como "urgente", mas advertiu que "o sentido de urgência não está na vida brasileira e isso tem que ser reafirmado já, não para amanhã".
Os dois expressaram também suas opiniões sobre a crise mundial que aflige especialmente a Europa.
FHC afirmou que o planeta vai precisar de novas tecnologias e que a saída do "ciclo depressivo" só se conseguirá com um "novo ciclo de investimentos", mas sem buscar apenas taxas de crescimento altas, pois o avanço econômico "muitas vezes" não se reflete nos lucros sociais.
"A economia verde pode abrir o caminho para a saída da crise", concluiu FHC, que em seu discurso se opôs à construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, na Amazônia, e à usina nuclear de Angra III, no Rio de Janeiro.
Villepin sugeriu "acompanhar de perto" o processo de "economia verde" em países como Estados Unidos e China, apontados como grandes poluidores ambientais, e em outras nações tidas como bom exemplo nesse aspecto, entre elas França, Alemanha e Brasil.
O político francês se referiu também à Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que será realizada em junho próximo no Rio de Janeiro, reunião na qual se enfrentarão "muitas dificuldades" no meio de uma forte crise financeira.
"Precisamos chegar a ações que concretizem nosso compromisso na Rio+20, pois não podemos perder o impulso sem tomar uma decisão", asseverou Villepin, para quem o Produto Interno Bruto (PIB) como um fator de desenvolvimento sustentável precisa incorporar a economia verde, a felicidade e outros índices.
"A humanidade pode pagar um preço muito caro se não tomar as decisões corretas", especificou.
"Precisamos chegar a ações que concretizem nosso compromisso na Rio+20, pois não podemos perder o impulso sem tomar uma decisão", asseverou Villepin, para quem o Produto Interno Bruto (PIB) como um fator de desenvolvimento sustentável precisa incorporar a economia verde, a felicidade e outros índices.
"A humanidade pode pagar um preço muito caro se não tomar as decisões corretas", especificou.
EFE Waldheim García Montoya.
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