Informatica

Vilma aponta exclusão dos movimentos sociais no projeto Minha Casa, Minha Vida

A vereadora Vilma Queiroz (PTC) defenderá com mais ênfase na Câmara Municipal de Manaus (CMM) o tema moradia popular. Durante a semana, Vilma abordou a problemática da falta de casas a famílias de baixa renda,na tentativa de sensibilizar os colegas e a presidente Dilma Rousseff , que esteve em Manaus.


Em discurso na Tribuna, a parlamentar defendeu que o programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, seja realmente de cunho social, voltado para atender essa classe que ganha de um a três salários mínimos.

Vilma afirma que várias entidades do movimento social têm projetos para construção de casas populares dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, mas que enfrentam grande burocracia para viabilizar esses projetos.

Ela lembra os casos do Movimento das Mulheres Orquídeas (MMO) e o Movimento Social por Moradia Digna (MDS), ambos na zona Norte de Manaus. De acordo com a vereadora, o MDS já está com o projeto aprovado no Ministério das Cidades, que garantiu a construção de 600 moradias divididas em três etapas de 200.

 “O problema agora está na contratação de uma empresa construtora que se interesse pelo projeto e a liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal. Já o MMO está com o projeto emperrado, dependendo de habilitação, que este ano não foi aberto para o Amazonas”, aponta.

Para Vilma, o programa Minha Casa, Minha Vida foi constituído para beneficiar a classe menos favorecida. “Mas, infelizmente as empresas construtoras credenciadas para executar o programa, não querem aderir aos projetos para essa faixa salarial, por não ser tão lucrativo.

 Elas estão preferindo projetos voltados para pessoas com renda superior a cinco salários mínimos”, denuncia. A vereadora ressalta que se alguém fizer uma pesquisa vai constatar que esses apartamentos vendidos em Manaus, do programa Minha Casa, Minha Vida, estão custando em torno de R$ 100 mil a R$ 150 mil, financiados com prestações altíssimas. “Como é que em um projeto social as pessoas de baixa renda vão ter um valor desse disponível?”, questiona.

A parlamentar defende que as autoridades competentes devem dar condições às pessoas que têm projetos e disponibilidade de lutar por uma boa moradia, o que resulta na melhoria de qualidade de vida. “Até porque muitas dessas pessoas moram de aluguel ou em situações precárias de risco social. Quando moramos bem temos mais disposição, menos problemas de saúde e até aptidão para educação pela família”, diz ela.

Fonte: Manoel Marques
Fotografia: Plutarco Botelho

Comentários