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30 anos após naufrágio o Barco Sobral Santos continua na ativa

A viagem final do Sobral Santos 2

GERSON SEVERO DANTAS

Com 54 anos de vida e 30 anos após naufrágio, barco continua na ativa
Com 54 anos de vida e 30 anos após naufrágio, barco continua na ativa (Alexandre Fonseca)


A hidrovia Solimões-Amazonas, cuja abrangência vai de Tabatinga a Belém (PA), é palco para o transporte de 5 milhões de passageiros mensalmente e de aproximadamente 7 mil toneladas de carga anual. Pelos rios dela, contudo, circulam verdadeiras arapucas fluviais que afundam a ciclos regulares e repetem uma história que nesta segunda-feira completa 30 anos envolta em mistério e impunidade. É o naufrágio do Barco Motor Sobral Santos 2, que foi a pique no porto do município de Óbidos, no Oeste do Pará, quando cumpria a linha Santarém-Manaus.

No acidente morreram entre 250 e 300 passageiros, mas a tragédia não bastou para evitar os riscos que até hoje correm os que se aventuram por este meio de transporte na rota entre Manaus e Belém, a mais concorrida da hidrovia.

A viagem final do Sobral Santos 2, um barco motor construído em 1957, começou por volta de 19 horas do dia 18 de setembro de 1981 no chamado caiszinho de Santarém, e a dois quilômetros do porto da cidade, de onde ele partira uma hora antes autorizado pela Delegacia Fluvial de Santarém.

Ao longo do dia ele recebeu aproximadamente 300 toneladas de carga, 200 limitadas pela sua capacidade e mais 100 que estavam no barco motor Emérson. O excesso, contudo, não era suficiente e, ao chegar no caiszinho, o Sobral Santos embarcou mais 100 toneladas do barco Miranda Dias, também em pane, e outros 100 passageiros, cujos nomes não constaram na relação dos 430 registrados inicialmente.

Leia mais em : Naufrágio do Barco Sobral Santos completa 30 anos

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