Presidente de Associação evita acidente que vitimou 244 em seis anos
Maria do Socorro Pelaes Damasceno poderia ter se resignado com a condição que a vida lhe impôs. Nascida em Macapá, ela não se curvou à peça que o destino lhe pregou quando tinha apenas 7 anos.
Durante um trajeto de barco que fazia com os pais, o cabelo dela se enroscou no eixo que transfere a força do motor à hélice da embarcação – que gira a 1.800 rotações por minuto – e fica no meio do barco, geralmente, sem proteção alguma.
O resultado foi que ela perdeu todo o couro cabeludo, as orelhas, as sobrancelhas e parte da pele do rosto, o que deixou a visão do olho esquerdo comprometida.
Foram cerca de dez cirurgias ao longo dos anos, e ela terá que passar por nova operação. Apesar disso, ela reuniu forças para fundar a Associação de Mulheres Ribeirinhas e Vítimas de Escalpelamento da Amazônia e, aos poucos, tem conseguido dar voz a um grupo geralmente esquecido. Aos 29 anos e mãe de quatro filhos, Maria do Socorro já conseguiu uma grande vitória: em 2010 e 2011 não foram registrados acidentes como o que a vitimou.
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